terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Macroeconomia II
Exercício 1 (do pedido ATVECONOMIA7ªTURMA2006)
Quais são os instrumentos de controle de política monetária? E como eles afetam a atividade econômica?
R: 1) Incentivo/Restrição ao Crédito; 2) Compra/Venda de Títulos Públicos; 3) Depósitos Compulsórios; 4) Taxa do Redesconto; 5) Taxa de Juros.
Como? 1) Se o governo deseja expandir a ovinocultura, p.ex., cria incentivos para a concessão de créditos aos produtores rurais de determinada região. Caso deseje restringir o consumo de bens duráveis, p.ex., cria instrumentos que restrinjam o acesso ao crédito para compra desses produtos.
2) Ao comprar títulos do público, o Banco Central promove política monetária expansionista, pois entrega dinheiro em troca dos títulos. Ao contrário, para enxugar a liquidez do sistema, pode vender títulos de sua carteira própria, entregando papéis e recebendo dinheiro, que é tirado de circulação. Através da compra, injeta dinheiro. Pela venda, retira dinheiro de circulação.
3) Esse instrumento tem o objetivo de diminuir o poder que os bancos possuem de multiplicar o dinheiro em circulação, através dos empréstimos, possibilitando ao Banco Central manter o controle da quantidade de dinheiro em circulação.
4) Se a taxa é baixa e o prazo é longo, os bancos podem se expor a riscos maiores, aumentando os empréstimos e, por conseqüência, a quantidade de dinheiro em circulação.
5) A taxa de juros tem efeito direto sobre a poupança, influenciando a remuneração do capital, e sobre os investimentos, influenciando o custo do capital.
Para estimular o consumo e os investimentos, as taxas de juros devem ser mais baixas.
Exercício 2
Um saldo superavitário em transações correntes causa impacto sobre a quantidade de moeda (R$) em circulação no país? De que forma?
R: Sim, porque ao obter superávit, o Brasil passa ao mercado global sinais de que terá dólares suficientes para honrar sua dívida externa. Mais dólares na economia provocará uma pressão pela valorização cambial da moeda nacional, propiciando o aumento das importações e a tendência de equilíbrio na balança de pagamentos. Mas, com o aumento das exportações e da receita, cresce a necessidade de mão-de-obra e, conseqüentemente, poderá haver reflexos positivos em relação aos empregos e ao consumo de bens e serviços no mercado interno.
Exercício 3
Quais seriam as conseqüências para a economia real, caso o governo e o Banco Central adotassem políticas fiscais e monetárias de natureza expansionista? Explique.
R: Provavelmente ocorreria crescimento econômico com maior endividamento da população e a inflação subiria.
Tal tipo de política fiscal visa ao aumento da renda por meio do aumento dos gastos públicos, pela redução da carga tributária ou pela redução da taxa de juros e depreciação cambial.
A quantidade de dinheiro em circulação é aumentada, aquecendo o consumo e incentivando o crescimento.
Uma política monetária expansionista aumenta o volume de recursos à disposição do sistema bancário. A expansão monetária também melhoraria a situação patrimonial das empresas, tornando-as capazes de prolongar suas cobranças, para compras no crédito direto ao consumidor, alavancando suas decisões de investimento, constituindo-se em acelerador financeiro.
Exercício 4
As taxas reais de juros elevadas sempre favorecem aos bancos? Conceitue “juros reais” e spread bancário. Explique.
R: Normalmente, sim. Os bancos repassam todos custos aos tomadores de empréstimos e subtraem seus lucros antes de remunerarem os aplicadores. Mesmo ocorrendo a diminuição da quantidade de dinheiro em circulação, eles ganham, quando o governo estimula a poupança e ao eleva os custos dos investimentos.
Os juros reais são o resultado do desconto, na taxa atual, das projeções futuras ou dos dados correntes de inflação. De maneira simplista: é o valor que supera a desvalorização monetária em um determinado período de tempo. Spread bancário é a diferença entre as taxas de juros básicas (captação) e as taxas finais (custo do tomador). Esse spread é constituído basicamente por: impostos, custo administrativo do banco, taxa de risco e o lucro dos bancos.
Exercício 5
No Brasil, os economistas são considerados “liberais” ou “desenvolvimentistas”. Os primeiros acreditam no mercado como instituição eficaz para maximizar o crescimento econômico. Os segundos acreditam que o Estado é mais eficaz e, portanto, deve intervir diretamente na formação dos preços, câmbio e juros. Qual é a sua opinião? Aponte três conseqüências para a economia, se as decisões econômicas forem liberais ou desenvolvimentistas.
R: Os dois ramos podem ter seus princípios aplicados na condução da economia brasileira.
O Estado só deveria intervir na economia para coibir os monopólios que impedissem a livre circulação das mercadorias. Já uma política desenvolvimentista prevê uma intervenção do Estado: na produção, na distribuição da riqueza, medidas protecionistas e a existência de monopólios.
Conseqüências, se as decisões econômicas forem liberais:
– cortes de impostos, de encargos trabalhistas e de gastos públicos;
– abertura do país em termos comerciais, financeiros e tecnológicos ao exterior;
– atração da poupança estrangeira para ajudar no desenvolvimento do país;
– aumento das reservas internacionais;
– maiores liberdades de comércio e de produção;e
– redução da interferência do Estado.
Conseqüências se as decisões econômicas forem desenvolvimentistas:
– redução da taxa de juros;
– maior controle de capitais;
– programa de dispêndio público a partir da redução do superávit primário; e
– maior participação do Estado, na Economia.
Exercício 1 (do livro da professora)
Quais são os impactos sobre o nível de atividade econômica e sobre o nível geral de preços (inflação) quando o Banco Central decide por alterar alguns dos instrumentos de política monetária? Comente e exemplifique.
R: A relação “dívida pública/ PIB” não declinou de 2005 para 2006, devido a manutenção das altas taxas de juros (Selic) durante todo o ano. Chegaram a 18% ao ano (aa), em dezembro de 2005 e fecharão dezembro de 2006, pouco acima de 13% aa. Isso acaba aumentando o endividamento do setor público (R$ 1.002,5 bilhões em 2005 - ante R$ 957 bilhões em 2004), e vem inibindo o crescimento da economia. Por outro lado, as mesmas taxas de juros têm restringido o consumo e consequentemente, mantido baixa a inflação (5,69% em 2005), mesmo com o afrouxamento dos compulsórios bancários. Espera-se aumento da inflação para 2007, se nosso presidente quiser cumprir meta de crescimento de 5%. Só o fato dele prometer isso já assusta os encarregados (do Min Planejamento, da Fazenda e do BC) por zelarem pela política econômica, como exemplo.
ALAIRTO ALMEIDA CALLAI – Cel
CPAEx/EAD – 7, Turma - 2006
Refr: Roxo Matesco, Virene. Economia. Rio de Janeiro: FGV – Nov/2006.
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