terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Sistemática de planejamento da defesa nacional antes da END
Melhores práticas em gestão estratégica no âmbito do Exército, por AAC no CPEAEx
Gestão Estratégica
INTRODUÇÃO
Gerenciar é controlar processos. Para se ter o controle eficaz, há que se aperfeiçoar o processamento do dado, tornando-o na informação útil e na inteligência acionável que servirá de apoio ao processo decisório e ao monitoramento dos indicadores de desempenho da organização. A criação do Programa de Excelência Gerencial do Exército, PEG-EB, serviu para diagnosticar a situação em que se encontrava a gestão da Força, levantar os processos, os pontos fortes e as oportunidades de melhoria, e ainda, incentivar os comandos na criação de projetos que proporcionassem desempenho superior no seu nível de operacionalidade, economizando recursos de suas tarefas administrativas, estreitando o relacionamento com o seu público externo e atendendo aos anseios da família militar. Essas práticas, certamente, fortaleceram a imagem da Instituição junto à opinião pública, com reflexo direto no aperfeiçoamento da segurança nacional oferecida à sociedade. Vão-se destacar práticas gerenciais que eu implementaria para tornar mais eficiente a gestão estratégica no âmbito do Exército, particularmente para assegurar qualidade ao seu produto principal - a defesa nacional.DESENVOLVIMENTO
A segurança é a condição em que o Estado, a sociedade ou os indivíduos não se sintam expostos a riscos ou ameaças; enquanto que defesa é ação efetiva para se obter ou manter o grau de segurança desejado, hoje tão ameaçado pelo terrorismo étnico/religioso. As ações previstas no Sistema de Planejamento do Exército (SIPLEx) e no Sistema de Planejamento Administrativo do Exército (SIPAEx), conjugadas à Política e Estratégias do Comando do Exército para o período 2003/2006 estariam, portanto, correspondendo àquelas ações efetivas de manutenção e obtenção da segurança que viessem a atender às expectativas da Força, do Estado e da sociedade, consequentemente. A sua efetivação deve acontecer por meio das Melhores Práticas em curso nos exércitos que empregam metodologias científicas modernas e do estabelecimento de Redes de Relacionamento entre as pessoas.a. Melhores Práticas
1) Melhoria dos Processos essenciais:O trabalho sob o conceito de processos permite a análise mais acurada dos problemas, ocasionando uma visão mais integrada e abrangente da gestão necessária, em meio a situações desafiadoras criadas pelo ambiente em constante mutação. Seu objetivo é possibilitar o desdobramento das metas do negócio; embasar a análise crítica dos resultados e do processo de tomada de decisão; e, ainda, contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais. A metodologia do SIPLEX foi aprovada em 1985 e, desde então, é a grande ferramenta de apoio à decisão do Comando do Exército. Desde a sua formulação, o sistema recebeu modificações, com a introdução de novos dados e, por vezes, alterações metodológicas. Atualmente, com a visão da necessidade de melhor alinhar o planejamento estratégico com o planejamento administrativo, foi decidido pelo Comando do Exército que se procedesse à revisão do SIPLEx e do SIPAEx a fim de estabelecer um modelo integrado de planejamento estratégico e administrativo. Então, as alterações nos Planos Básicos advindas da criação do DCT influirão diretamente nos projetos do Programa de Reaparelhamento e Adequação do Exército (PRAEB) constantes do Livro 1 do Plano Diretor do Exército (PDE) e seus anexos. Em síntese, quanto à gestão por processos, urge fazer-se a revisão do SIPLEX, a integração do SIPLEx-SIPAEx e sempre buscando coerência entre eles e as diretrizes do comandante do EB.
2) Operacionalizar a Excelência Gerencial:
A avaliação da eficácia permite corrigir os rumos dos projetos e processos corporativos, recebendo importância destacada no EB. A visão de excelência foi implementada com os manuais de Qualidade do EME de 1995, que previam os passos necessários para definir, utilizar e monitorar Itens de Controle de Qualidade (ICQ). Com a adoção do Sistema de Medição de Desempenho organizacional Balanced Escorecard (BSC) como parte da gestão estratégica do Exército, fez-se também necessária a sua integração com o SIPLEx, de forma a obter plena harmonia entre planejamento estratégico e gestão estratégica. Importa, então, monitorar os ICQ e observar os indicadores do BSC se estão funcionando na realimentação e avaliação do mesmo, permitindo que os projetos descritos nos Planos Básicos sejam aquinhoados com recursos compatíveis no livro 1 do PDE.
3) Gerenciar por Projetos:
Projetos visam obter um determinado benefício e se desenvolvem por um período de tempo específico. Podem ser de inovação ou de melhoria. Deve-se criar escritórios de projetos para centralizar os esforços de planejamento estratégico e a facilitar a comunicação das iniciativas.
4) Produzir Marqueting Institucinal:
O marketing institucional visa tornar uma organização reconhecida e aceita por outros públicos. A idoneidade, honestidade e credibilidade são valores relevantes para formação da imagem da instituição e das ideias que difunde. O Exército tem buscado contribuir com os esforços do Governo para a projeção do BRASIL no concerto das nações e suas relações com países e organismos internacionais. Para isso deve-se manter seus representantes junto aos órgãos da ONU que planejem e supervisionem operações de paz e ações de natureza humanitária que possam ter consequências para a Força Terrestre.
5) Usar Inteligência Competitiva:
Deve-se fazer a correta gestão da informação propiciando adequada avaliação da conjuntura e o levantamento minucioso das ameaças, em cenários prospectivos. Não basta aperfeiçoar os processos gerenciais. É necessário atingir o homem, para que ele se comprometa. No “acumpliciamento” dos militares à nova realidade é fundamental o envolvimento dos comandos mais elevados e a conscientização, de todos militares, dos altos custos dispendidos no preparo e no emprego da Força. Daí os fundamentos do PEG-EB precisarem ser difundidos a todos níveis, a fim de provocarem, inconscientemente, desejo de apreender, de crescer, e motivação dos quadros para a educação continuada.
b. Redes de Relacionamento
Apesar de a maioria dos ambientes corporativos modernos falarem da importância do trabalho da equipe, em times de produtividade e em parcerias estratégicas, como se a filosofia do coletivo, do bem-estar comum, permeasse as relações Inter profissionais, na prática, o que prevalece nas organizações empresariais é a competição funcional. Nas militares não diferem muito. A disputa mais comum não é com os rivais externos, mas com o próprio colega de trabalho no quartel, pelo medo de ser ultrapassado, segundo a mediocridade do individualismo. Diante de uma cultura de conflito e desconfiança entre os pares, que prejudica a comunicação e inviabiliza o fluxo interno de informações, a produção do conhecimento fica comprometida e a função de Inteligência não opera plenamente. A sonegação de informações dentro desse sistema caracteriza um verdadeiro ponto fraco nas organizações que dependam do conhecimento. As redes humanas de relacionamento só serão eficazes se os seus integrantes puderem atuar de forma colaborativa, sincera, estando todos orientados nas direções táticas e estratégicas propostas, uma vez que a Atividade de Inteligência atua, principalmente, por meio delas. A nova organização dos QO/QCP, estruturada com base no trânsito compartilhado do conhecimento, exige dos seus profissionais uma atitude de disciplina intelectual geradora de sinergias, permitindo a concentração de forças na missão e na visão de futuro da OM. Daí a importância do "apreender". Apreendendo conteúdos adequados, os subordinados são estimulados a se integrarem e a buscar novas habilidades, atitudes, competências, expectativas e percepções, bem como, as informações externas desejadas pela OM e os relacionamentos que as ajudem a ter sucesso. Com isso, as organizações devem se tornar comunidades voltadas para o aprendizado, mercê do Programa de Instrução Militar do COTER objetivando intensificar a plenitude e a diversidade das capacidades humanas, que lhes permitirão criar e usufruir o bem mais valorizado ao qual possam aspirar no momento: o conhecimento.As pessoas querem obter do seu trabalho respeito, confiança, oportunidades profissionais, interações com os irmãos de armas, tratamento justo, chance de conquistar uma vida melhor, orgulho do que realizam, a possibilidade de continuar aprendendo e competindo de maneira salutar. Elas também querem saber quais são os planos da Força para elas próprias e como isso pode afetá-las no dia-a-dia. Pessoas que estão sempre correndo atrás de novos desafios profissionais, desde que a organização apresente condições para o seu próprio crescimento. A importância da atitude colaborativa e dos talentos humanos nas organizações do conhecimento, enfatiza a necessidade sistêmica do trabalho em rede e da implementação das Tecnologias da Informação e das Comunicações (TIC) para potencializar a “performance” de Inteligência Competitiva (IC) como ferramenta essencial para a sobrevivência das empresas no mercado globalizado.(Cardoso Júnior, 2005).
1)priorizar o desenvolvimento da mentalidade de trabalho em equipe, o espírito de cooperação, a responsabilidade individual e a vontade de apresentar um trabalho com 100% de perfeição na primeira tentativa;
2)estimular a consolidação do espírito de corpo entre as diferentes SU da OM, por meio do estabelecimento de metas comuns e ações conjuntas, especificadas nas Diretrizes de Comando; 3)proporcionar a cada militar a noção exata da importância de sua atuação dentro de cada processo no qual tenha papel relevante;
4)estabelecer sistemas de controles eficientes que possibilitem aumento de produtividade e racionalização de custos;
5)delegar competências, atribuir responsabilidades, estabelecer prazos e prioridades, facilitando o controle sobre o andamento de diversos processos, seus pontos críticos, necessidades adicionais e dificuldades encontradas, gerando conhecimento a fim de fundamentar as tomadas de decisão futuras (retroalimentação);
6)melhorar a divisão do trabalho entre os membros da OM, por uma questão de justiça, proporcionando ao comando maior número de oportunidades de observação e critérios objetivos para a avaliação do desempenho do pessoal; e
7)aumentar a segurança orgânica da OM. A arregimentação do potencial humano está essencialmente calcada na liderança exercida pelo comandante e pela liderança dos diversos níveis de comando da OM no cumprimento da missão, por que toda mudança de mentalidade requer grande esforço e perseverança.
CONCLUSÃO
A participação eficiente do Exército na defesa nacional será reconhecida pela sociedade quando houver alinhamento dos projetos de inovação e melhoria das OM (nível tático) com os objetivos estratégicos da Força, e desde que os recursos descentralizados pelo SIPAEx sejam mínimos e suficientes ao suprimento das necessidades básicas da tropa, além de serem empregados parcimoniosamente nos locais e com a oportunidade sugeridos pelo BSC. Para isto, há que se buscar o comprometimento de todos, pois Gestão da Qualidade no Exército é uma filosofia gerencial que tem como objetivo atender às necessidades das pessoas, ou até mesmo superar suas expectativas, numa relação em todas as dimensões da qualidade, em particular, na realização profissional dos seus quadros.ALAIRTO ALMEIDA CALLAI – Cel Com aluno do CPAEx/EAD – 7, Turma - 2006
Refr: -Política e Planejamento Estratégico do Exército-ECEME
O comprometimento da atividade logística nacional
Para quê um assento permanente no CS da ONU? Por AAC para o CPEAEx
CS da ONU
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
a. São vantagens Geopolíticas:
Psicossociais: - desfrutará das benesses dos organismos internacionais de saúde, dos direitos humanos, etc que promovem ações saneadoras e atraem investimentos no social.
Militares: - propiciará a participação em operações militares interaliadas, com a possibilidade de o soldado brasileiro angariar respeito e admiração, por meio da competência e disciplina, das forças desdobradas em área operacional internacional; - favorecerá a participação em operações de Paz com as salvaguardas que protegem seus militares, porventura denunciados por crimes de guerra, os quais deveriam ser julgados pelo tribunal internacional.
Tecnológicas: - possibilitará o acesso a equipamentos e sistemas de armas e de defesa mais modernos, pela aproximação aos centros tecnológicos aliados das diversas convenções e tratados multinacionais, hoje considerados sensíveis e proibidos de importação.