sábado, 31 de janeiro de 2015

O CONTEÚDO CURRICULAR DAS ESCOLAS MILITARES NA PREPARAÇÃO DE OFICIAIS TUTORES NUM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM.

As   ameaças   que   a  Internet  pode   trazer   para   os   recursos   de   Tecnologia   da Informação (TI) de uma instituição sempre dizem respeito aos seus ativos, quais sejam, dados, equipamentos, conhecimentos e pessoas. Mesmo que a rede da instituição de ensino seja administrada por técnicos bem treinados, o elo mais fraco para segurança continuará sendo as pessoas, e o único modo de mitigar este risco é ministrarem-­se ensinamentos para a conscientização dos recursos humanos.
 As ameaças   podem   ser   caracterizadas   por   aplicações   mal   projetadas,   mal implementadas,   mal   configuradas   ou   usuários   mal   treinados,   de   modo   que   a eliminação das vulnerabilidades passa pelo preparo do pessoal técnico da área de TI e pelo treinamento de usuários. Verificar até que ponto a tecnologia de softwares livres pode interferir (positiva ou negativamente) na Segurança da Informação que circula pelas redes internas das Instituições Militares de Ensino Superior (IMES) e quais   as   dificuldades   que   o   aluno   destas   instituições   poderá   encontrar,  após formado, para TUTORIAR um curso de Ensino a Distância (EAD), no tocante às ferramentas   de   Tecnologia   da   Informação   e   Comunicações   (TIC)   usadas   no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) é o objetivo do estudo.  O EAD significa a aprendizagem descentralizada em relação ao tempo e ao local, além de sugerir uma nova pedagogia. Esta se apóia no compartilhamento do conhecimento, através de bases   de   dados   a   que   todos   precisam   ter   acesso.   O   caminho   para   o desenvolvimento do EAD passa pela  internet. A interação tutor-­aluno se dará na rede interna das Instituições que deve-­se deixar acessar pela  internet, de forma segura   e  com   100%   de   disponibilidade.   A   interação   homem-­máquina   exige   um conhecimento   mínimo   de   informática   que   precisa   fazer   parte   do   currículo   dos discentes, voltado, principalmente, para a acessibilidade. Estes alunos, em breve, tornar-­se­-ão   professores   das   diversas   escolas   militares   e   devem   demonstrar competências relativas à gestão da informação. O elevado custo de implantação e manutenção de web­sites, navegadores e ferramentas de autoria tem conduzido os administradores das IMES a empregarem, cada vez mais, os softwares livres, como o MOODLE. Estes softwares são interativos e práticos, facilitando o trabalho dos gerentes de redes na disponibilização dos serviços aos professores/tutores, porém, isso requer uma análise de risco no tocante à segurança da informação, que está diretamente   ligada   ao   nível   de   conhecimento   informacional   deste   docente.   A metodologia empregada baseou-se em pesquisas bibliográfica, documental, e de campo, por meio de questionário à Divisão de Ensino das IMES. 
Neste   trabalho,   vai-se   estudar   a  capacidade  dos   docentes   das   IMES interagirem eficazmente com o computador, sem colocar em risco a segurança dos bancos de dados; vai-­se mostrar as ameaças e vulnerabilidades que a internet pode trazer para a rede interna das instituições de ensino; apontar competências técnicas que devem possuir os alunos dos IMES, para se tornarem professores eficientes  do Ensino à Distancia.
Há, também, a pretensão de identificarem-­se  as ferramentas de softwares livres   empregadas   no   EAD;   apontar-­se  as   características   do   EAD   que   tornam específicos o estudo das tecnologias e a forma de interação professor-­aluno pela assimetria de tempo e de ponto­-estação (site); estudar-­se como se pode fazer uma eficaz gestão do conhecimento nas IMES e o emprego das redes de relacionamento para a difusão deste conhecimento; caracterizarem-­se as redes de dados internas
das   IMES   e   sugerir   mecanismos   para   o   eficiente   controle   da   segurança   da informação; compreender-­se o papel da Tecnologia da Informação na estratégia de ensino das IMES; além de criticarem-­se os planos de disciplinas dos currículos das IMES em relação ao ensino das tecnologias empregadas no EAD; identificarem-­se as abordagens teóricas adotadas pelas escolas de formação (EN, AMAN e AFA, IME  e  ITA)  que  podem  implementar  nos  seus  currículos  o  EAD  para  o  ensino continuado; e distinguir-­se  os conteúdos trabalhados nas disciplinas técnicas dos cursos.
Buscar-­se-­á levantar as principais  dificuldades  que os professores do EAD têm   encontrado   em   sua   rotina   diária   para   usar   as   ferramentas   disponíveis   e investigar-­se   a   verdade   de   que   o   ambiente   virtual   vem   potencializando   estas dificuldades.
O  caminho  para assegurar a integridade dos dados das IMES, pela correta gestão da informação, e a forma de motivar o futuro docente do EAD, exercer suas funções com o nível de excelência do “estado da arte”, constituir-­se-­á no fulcro trabalho.
Há matérias do ramo da informática que devam ser incluídas no currículo da graduação destes discentes, que sejam instrumentais e arcabouço para consolidar, eficazmente,   a   gestão   do   conhecimento   gerado   nas   IMES.   Ou,   talvez,   estas matérias   fossem   melhor   aplicadas   na   pós­graduação,   especialização,   ou   no aperfeiçoamento de oficiais.
Vai-­se estudar a inclusão da matéria: Gestão Estratégica da Informação, nos currículos de todos os discentes do ensino superior e levantar os benefícios que esta medida   pode   trazer  para   o  alinhamento   dos  planos,   projetos   e  maturidade   dos processos nas IMES.
Por fim, vai-­se propor uma governança de TI para as IMES que proporcione a máxima  disponibilidade   de   serviços,  segundo  os  critérios   das   melhores   práticas consagradas internacionalmente, mediante ações práticas que envolvam a cultura da  segurança da informação e motivem os discentes  para ingresso no sistema militar de ensino continuado.
A   metodologia   a   ser   aplicada   à   pesquisa   visará   dar   cunho   científico   à investigação, de modo a amparar a contribuição do autor sobre a modelagem do ensino militar, presente no  EAD-­UCB/CEP  (do Exército) e sua possível aplicação nas Forças Armadas e no Ministério da Defesa, para a difusão da cultura no meio militar por meio do EAD, como modalidade de ensino continuado, após a formação e antes do aperfeiçoamento de oficiais, e a racionalização dos recursos para redução
do   período   presencial   em   cursos   específicos   das   três   Forças,   como   as especializações em Comunicações, Material Bélico do Exército e todos os demais, que tal processo se aplicar.
Em suma, vai-­se verificar: até que ponto a tecnologia de softwares livres pode interferir (positiva ou negativamente) na SI – segurança da informação – que circula pelas redes internas das IMES; quais as dificuldades que o aluno das IMES poderá encontrar para ser “tutor” em um curso de EAD, no AVA; e qual a possibilidade das Escolas das Forças Singulares implantarem a sistemática do EAD em seus cursos de especialização e/ou aperfeiçoamento?
Portanto,   urge   conhecer   as   ferramentas.   Terceirizar   sua   manutenção   e empregá-las na plenitude de suas capacidades, para a otimização do tempo e para aproveitar-­se o “valor agregado” às informações organizacionais.
O que falta aos alunos, na realidade, é o conhecimento das potencialidades da utilização dessas ferramentas na educação e a compreensão de como podem ser inter-relacionados  os fundamentos  tecnológicos  aos  pedagógicos, em uma nova prática educativa militar.
Daí correlacionarem-­se sinergicamente, o valor da  informação  na produção do  conhecimento;   a   eficaz  gestão  deste   conhecimento   para   agregar   valor   às informações  organizacionais;   a   maturidade   da   sistemática   e   a   qualidade   dos serviços prestados aos discentes no ensino a distância; a eficiência dos meios de comunicações  e os artifícios técnicos que permitem as trocas informacionais com segurança; os web-­services e as ontologias constituindo-se no domínio comum, não apenas de técnicos e analistas de sistemas mas, principalmente, para o os alunos empregarem os softwares  de código aberto nas Instituições Militares de Ensino Superior, de modo que todas estas considerações venham a impactar os conteúdos das  disciplinas  instrumentais   (tecnologia   da   informação   e   comunicações) componentes dos currículos dos cursos militares de formação de oficiais das Forças Armadas.
  
Palavras-­chave:   Exército. Sistema de Ensino e Cultura. Tecnologia da Informação.
INTRODUÇÃO do Trabalho de Conclusão de Curso-TCC de Pós­-Graduação em Docência do Ensino Superior apresentado à Universidade Castelo Branco-UCB/RJ por ALAIRTO A CALLAI. Veja o trabalho completo em:
 http://www.bookess.com/read/4953-a-tutoria-de-ensino-a-distancia-ead-no-ava-militar/


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