quinta-feira, 19 de novembro de 2020

A majestade do Corona, por Frederico Otávio

 
    Como pode um ser tão pequeno causar tanto pânico e modificar a rotina do mundo inteiro?
    Como explicar o fenômeno corona vírus? Um ser microscópico, que se espalhou pelo mundo.
    A vida, assim como a conhecemos, é formada por contrastes. Noite, dia; frio, calor; grande, pequeno; mórbido, saudável, etc . . . Essa constante dicotomia nos faz compreender a amplitude da realidade que nos cerca. A necessidade em comparar um e outro nos faz compreender as razões da mãe Natureza, colocando em nosso caminho o auxílio da dor. Essa vilã que sempre flagelou a humanidade, ao lado do prazer, são os principais responsáveis pela manutenção da vida. Não fosse a dor, como estaríamos hoje? Pelo prazer, o ser se alimenta e se reproduz; pela dor, ele se protege.
    Até onde se sabe, a humanidade, desde seu início, convive com agressores provenientes do ambiente. O organismo do ser vivo, seja ele qual for, desenvolve proteções eficazes que garantem a manutenção da vida. São mecanismos que vão evoluindo aos poucos. As coisas vão acontecendo gradativamente porque, sabemos, a Natureza não dá saltos. Por outro lado, ela é sábia. A história mostra que toda convulsão social resulta em progresso coletivo. Não foi assim com as guerras, com os grandes cataclismos?
    Num momento grave pelo qual passa a humanidade, os pássaros continuam pousando nos galhos, trazendo alimento a seus filhotes, sem qualquer afetação. As flores continuam se abrindo, com o sorriso característico de sua generosidade.
Somente o ser humano está sendo atingido. O pânico e a incerteza tomam conta da humanidade. Haverá um motivo para tanto?
    Os contrastes humanos estão sendo exacerbados. Os solidários estão encontrando campo para exteriorizarem seus sentimentos, idealizando formas originais para ajudar o próximo; ao passo que os egoístas levam suas tendências ao máximo, mediante o esgotamento de recursos médicos de que não necessitam.
Certamente, no futuro, conheceremos atitudes heroicas que salvaram vidas, ao mesmo tempo em que golpes foram aplicados, explorando a fragilidade alheia. É como se uma lente viesse do mais Alto, ampliando as diferenças, separando o joio do trigo.
    Difícil imaginar um momento como este. Certamente ficará na história. Os dias em que o mundo se recolheu em suas casas. As famílias voltaram a conviver e a se conhecer; ou se descobrir. Radicais mudanças de hábito. Disciplina em todos os sentidos. Os idosos passaram a receber atenção e cuidados especiais, jamais antes vistos. Surgiram necessidades que dinheiro nenhum pode comprar. Ricos e pobres, poderosos e humildes, todos na mesma canoa. A máquina da economia desenfreada cedeu espaço ao recolhimento e à introspecção. Uma boa hora para a humanidade repensar seus procedimentos e valores.
    A sociedade recebeu um forte solavanco que a retirou de sua zona de conforto.
Não somente na ciência, que procura freneticamente por uma vacina contra o COVID-19, conceitos estão sendo revistos e postos à prova em todas as áreas do conhecimento. Sob certos aspectos, a Natureza que vem sendo frequentemente, imprudentemente, impunemente agredida, aplica alguns golpes em resposta. Até a fé está sendo testada. Em muitos, já está abalada. Todavia, não é o fim do mundo.
    Sinceramente acredito que, a despeito de todos os prognósticos tormentosos, o ser humano, filho de Deus, contraria o curso dos fatos e, desafiando o perigo, ainda que cauteloso, prossegue em seu caminho, sobrevivendo e aprendendo. Quando esse tormento passar, restarão dores e ensinamentos. A sociedade não será a mesma. A competição do século passado cederá a vez para outros comportamentos, tais como o compartilhamento, a tolerância, o respeito e a solidariedade. Uma nova era se descortina.
    Pudesse eu escolher, não haveria vírus. No entanto, não sou sábio e sequer tenho esse poder. Visto ser fato consumado, que os flagelados pela dor e pelo óbito me perdoem, mas no fim das contas, o saldo a favor do ser humano será muito positivo. Só me resta reconhecer a majestosa grandeza desse minúsculo organismo, que se multiplicou para trazer novas lições àqueles que se intitulam humanos e senhores do planeta, mas que tratam a Natureza e seus semelhantes com tão pouca humanidade. Obrigado corona vírus, pelo bem que está fazendo ao mundo!
Frederico, o Otávio.*

Publicado originalmente no FaceBook do autor, em 20 de março de 2020.

* oficial do Exército, da reserva, cientista da eletrônica valvular e ensaísta político. 

quarta-feira, 15 de julho de 2020

REPORTAGEM FALSA E TENDENCIOSA, por Major-brigadeiro Jaime Rodrigues Sanchez



No programa “Novo dia, de hoje, 15 de julho o comentarista Igor Gadelha e o apresentador Rafael Colombo, ao comentarem a reportagem que afirmava ser “o aumento dos gastos com as FFAA acima das pastas da saúde, educação, e agricultura”, forneceram várias informações equivocadas e tendenciosas que, conscientes ou não, trazem constrangimento e induzem ao entendimento de conceitos inverídicos sobre a reestruturação das FFAA aprovada pelo Congresso.
Os erros listados a seguir demonstram a falta de conhecimento ou de pesquisa dos repórteres e editores sobre a notícia que está sendo veiculada:
1 - Disse o apresentador: “O raciocínio lógico é que o Presidente da República, por ser egresso das Forças Armadas, e por esse ser um governo recheado de militares, privilegia essa área em detrimento de outras.
RESPOSTA: A afirmativa do apresentador faz entender que esse é o entendimento do editor da matéria e, consequentemente da CNN. Ela é tendenciosa e falsa.
Em seguida, o apresentador propõe uma justificativa alternativa, mais próxima da realidade das FFAA, dizendo que “há quem faça um outro tipo de defesa” depreciando essa versão e atribuindo a terceiros.
2 - Comentarista Igor Gadelha: “O presidente Jair Bolsonaro tem as forças armadas e principalmente o exército como uma das suas principais bases de sustentação”
RESPOSTA: A base de sustentação do Presidente não está na presença de militares no governo, mas na aprovação do povo que o elegeu, já que, mesmo p pesquisas tendenciosas como as da Datafolha, superam sempre os 30%.
3 - Comentarista Igor Gadelha: “As Forças Armadas, ao emprestar os seus generais, mesmos da reserva, ajuda o governo a manter essa credibilidade perante o Congresso e a sociedade”.
RESPOSTA: O Presidente Jair Bolsonaro não levou militares para participar do seu governo em busca de credibilidade junto à sociedade, mas pela confiabilidade, competência e honestidade no desempenho das tarefas que lhe são confiadas.
4 - Comentarista Igor Gadelha: “Recentemente o Congresso aprovou uma reforma da previdência para os militares... foi aprovado ali o aumento do salário dos generais... Recentemente nós noticiamos também aqui na CNN, que o governo passou a pagar aos oficiais das forças armadas e principalmente do Exército, uma nova gratificação por especialização”.
RESPOSTA: A reestruturação não resultou em aumento de salário imediato e não foi para os generais, nem principalmente para o exército, como afirmou o comentarista.
Ela atingiu a todos os militares e, é importante que se diga, houve uma redução de vencimentos em janeiro de 2020, devido ao aumento nas contribuições para a pensão militar, que teve que ser compensada com um abono a ser restituído quando os salários voltarem ao nível anterior ao da sua aprovação, o que não ocorreu até o presente momento. Essa reestruturação vem sendo anunciada e sempre adiada, desde 2001.
A defasagem salarial dos militares com as demais carreiras do mesmo nível era jocosamente noticiada na imprensa com a comparação entre os salários do piloto de F-5 da FAB e do ascensorista do Congresso Nacional.
Os reajustes de soldo sempre foram escalonados em 4 anos, de forma a ser consumido pela inflação.
Durante a gestão de Raul Jungmann à frente do Ministério da Defesa foi reforçada a intenção de reestruturação e, como sempre, postergada por carência de recursos.
Houve grande expectativa de que a vinda da CNN para o Brasil pudesse trazer seriedade e imparcialidade aos noticiários, em contraponto com o jornalismo rasteiro e subsidiado com verbas públicas da Rede Globo.
Reportagens como essa de hoje e algumas outras que estão sendo veiculadas por  essa rede de renome internacional poderão jogar por terra a credibilidade da emissora, que passará a ser apenas mais uma no esgoto de informações ao povo brasileiro que se tornou a mídia nacional.
Essa crítica que dirijo aos senhores, com indignação pela sua inveracidade e intenções tendenciosas, será transmitida a todos os grupos de militares e civis ao meu alcance.
Major-brigadeiro Jaime Rodrigues Sanchez
Recebida no WhatsUp

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Não tenho mais filhos, tenho stakeholders - por Herve




sábado, 16 de maio de 2020


Não tenho mais filhos, tenho stakeholders. E agora?

Há algum tempo publiquei um texto sobre a nova realidade do Home Office. Como o assunto é inesgotável, aqui vai o segundo de uma série que pode ser bem grande.
A mudança irreversível para o home Office traz embutida uma questão na qual pouca gente prestou atenção até agora; você não vai mais ao trabalho, o trabalho invadiu sua casa. E toda aquela organização que você tinha no seu trabalho, terá que ter em casa. E aí é que o bicho pega.
Pode ser mera má vontade minha, mas vejo uma característica em muitos pais da atual geração que sempre me preocupou; é a história do “eu me mato trabalhando prá dar tudo para os meus filhos”. A frase é até interessante mas, muitas vezes, significa; “eu me mato no trabalho prá ganhar dinheiro suficiente para pagar escola, inglês, judô, fonoaudióloga, enfim tudo para não ter que educar meus filhos”. Porque educar significa, muitas vezes, confrontar, enfrentar o conflito. E isto eu não quero fazer em casa, porque chego morto de cansado.
Posso estar até sendo injusto, e peço, desde já, desculpas por isto. Mas o que mais vejo hoje são pais que se cedem totalmente a qualquer pressão dos pequenos ditadores. E preferem brigar com os professores do que ter que explicar para os filhotes que eles estão errados. O resultado final disto é uma sociedade mal educada, grosseira, e incapaz de negociar.
É claro que tudo isto foi colocado de forma propositalmente simplificada, mas não deixa de ser verdadeiro. Citando o velho e bom Raul Seixas, se alguém me provar que estou mentindo, eu tiro o meu chapéu.
Só que agora... papai, mamãe e filhotes vão ter que aprender a conviver. Porque a casa virou escritório e sala de aula, e todo mundo vai ter que ter seu momento de privacidade. Mais; horários de refeições e até o uso de banheiros terão que ser negociados. Tudo aquilo que papai e mamãe viram em cursos de relações humanas, mas nunca ligaram muito, terá que ser exercido dentro de casa. Com stakeholders implacáveis.
O que vai sair disto? Otimista que sou, acredito que teremos mais diálogo, otimização do trabalho e, principalmente, melhor formação de cidadãos, dentro e fora de casa. Mas vai ser complicado...

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sábado, 25 de abril de 2020

Internacionalismo em tempos de pandemia, por Eduardo Diniz-81

O internacionalismo como corrente política apresenta distintos entendimentos, de acordo com a orientação ideológica daquele que o defende. Na sua visão mais branda ele prega uma maior cooperação econômica e política entre as nações em prol de um benefício mútuo. Sem diretamente atacar o nacionalismo, retira dele o foco, defendendo um olhar de maior amplitude e menos individualista. Este pensamento ganhou força na Europa nos últimos tempos, influenciando grande parte do ocidente. A sua materialização pode se ver na edificação da União Européia. O internacionalismo também tem a sua face no Movimento humanista que vê na concepção de uma Nação Humanista Universal como resultado de uma convergência na diversidade, tudo orientado pelas idéias dos direitos humanos, da real democracia e do pacifismo. De certa forma traduz uma agenda que se alinha à visão anterior, num tom mais idealista e menos pragmático. Outra vertente do internacionalismo é a encontrada no pensamento socialista de que a a classe operária é única no mundo todo e a sua luta contra o sistema capitalista deve se dar sem a observância das fronteiras. O pensamento de Marx e Engels reverberou e se materializou na Internacional Socialista e no Movimento Comunista Internacional e viria a perder força com a derrocada da União Soviética e a Queda do Muro de Berlim. O sopro desse ideal vimos mais recentemente aqui nas Américas com a criação do Foro de São Paulo, congregando todos os governos de esquerda existentes. Considerando-se os diferentes enfoques, o nacionalismo é diminuído e em outros casos é rejeitado, tudo voltado para uma visão mais ampla de universo. A Nação Estado é pensada dentro de um espectro maior em que não contam apenas os interesses que são só seus, mas aqueles que atenderão a todo um conjunto de nações. Como ideal podemos pensar que seria aquilo que se deveria buscar. Este ano de 2020, no entanto, veio colocar a prova esse passo que se tenta dar em busca de um mundo mais justo. Sem que ninguém pudesse prever, a humanidade é surpreendida pela pandemia do Corona Vírus COVID-19. Diante do perigo eminente, fecham-se fronteiras, proíbem-se exportações, os mais fortes impõe suas vontades e interesses e os Estados sentem o problema da dependência externa. Frente ao idealismo, impõe-se a realidade daquilo que é inerente ao homem a sua natureza. A natureza humana em momentos de crise, em que o que está em jogo é a própria sobrevivência, se impõe e os ideais se tornam frágeis diante da sua suprema e prioritária necessidade. Isso nos faz refletir e aprender que, os passos dados na direção da ampla cooperação e entendimento com outras nações, deve ser sempre acompanhado de grande parcela de cautela, quando se trata de colocar em segundo plano os nossos próprios interesses. O dia de amanhã poderá nos surpreender.
Eduardo Diniz Um Cidadão Brasileiro
Publicado no Facebook dele em

quarta-feira, 15 de abril de 2020

EFEITOS COLATERAIS, por Renata Silbert no WhatsUp


Vou desenhar para quem não esta entendendo:

Lojas fechadas? Comercio não vende.
Se ninguém vende, a produção vai cair.
Primeiro as lojas fecham. Depois as industrias param de produzir. Milhões de pessoas demitidas no comercio. Milhões de pessoas demitidas nas fabricas.

Mas tudo bem, né? O importante eh salvar vidas, então o governo vai bancar.

Só estão esquecendo que o dinheiro do governo vem da arrecadação. Se não arrecada, não tem como bancar nada. Não tem salário de servidor, não tem pensão, não tem dinheiro para comprar equipamentos médicos, nem medicamentos.

Fora isso, o ciclo de produção e consumo esta sendo destruído.

 Portanto, daqui a pouco vai faltar TUDO. Desde comida, insumos agrícolas, materiais de todos os tipos.

Ah, mais isso não eh problema! Deixa o governo imprimir dinheiro. Ok. O resultado eh a inflação, que vai correr solta. Os preços enlouquecem. Tudo perde valor.

Mas ok, a turma que defende o lockout tem poupança. Tem donde tirar nos momentos de crise. Porque tudo vai passar, né?
Errado. Aquele seu fundo de renda fixa super conservador esta cheio de papeis de empresas privadas que vão fechar e vão dar default. Ou seja, vão quebrar, e o seu dinheiro que esta aplicado em fundos vai cair. Não pouco. Muito.

Acoes vão continuar a despencar.  Todos os ativos idem. Os preços relativos da economia se desequilibram completamente. Não ha dinheiro. Ha falta de liquidez.

Quem vive de alugueis deixa de receber. Salários e pensões são reduzidos ou cortados. Estas milhões de pessoas sem renda não tem como pagar suas dividas. As empresas não tem como pagar suas dividas.  Os bancos deixam de receber os empréstimos.

Mas não eh hora de se preocupar com isso. O importante eh salvar vidas para o vírus!

Ok, mas vai que vc esta no supermercado e os pobres miseráveis sem dinheiro, nos quais vc não esta pensando agora, resolvem invadir para pegar a comida para alimentar seus filhos. A violência vai crescer exponencialmente. E ela vai te atingir.

Mas ok, tudo isso não importa, porque o que importa são as pessoas que vão pegar o vírus e morrer. Porque qualquer um que não esteja gritando histericamente agora “fique em casa” eh alguém desumano que não pensa nas pobres pessoas doentes nos hospitais.

Gente, será que eh possível compreender que a destruição da economia eh algo muitas vezes mais perigoso que este vírus?
Que se esta quarentena for mantida por muito mais tempo, não tem caminho de volta?

Que eh preciso AGORA um plano que retomada da economia, e que esta quarentena total eh uma verdadeira insanidade???

POR FAVOR, ENTENDAM!

autoria da Renata Silbert

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Tempo e espaço, desconhecido autor

O que me preocupa nesta quarentena forçada é que ela não tem data ou um fato objetivo que determine o seu fim. Este vírus pode ser nosso companheiro para sempre, como a malária, a tuberculose, sífilis e tantas outras doenças para as quais existe cura e remédios, assim como o covid, mas que nunca desapareceram.
Sim, haver um remédio para o covid não é um fato que determine o fim do isolamento, já que o contágio segue em ritmo maior do que os outros vírus.
Uma vacina é improvável, já que as pessoas que contraíram a doença voltam a testar positivo, não criam imunidade. Afinal pode não existir o momento em que seja absolutamente seguro suspender a quarentena, já que os fatos que a motivam continuarão a existir. Um grande número de profissões ou atividades podem simplesmente desaparecer. Imagino que amigos que trabalham com eventos, buffet, músicos, donos de academias, estejam tentando acreditar que esta quarentena vá acabar logo, mas a verdade é que este momento não parece existir no horizonte. Isto pode significar o simples fim absoluto destas atividades.
Falência absoluta e irreversível. Imagine as igrejas imensas, que empregam milhares. Quando será seguro agrupar centenas ou milhares de crentes gritando ao deus? Talvez nunca mais. Quando será seguro dizer que este vírus não se irá espalhar num ambiente assim? Navios de cruzeiro, hotéis, convenções, boates, restaurantes. quando poderão operar sem que o famigerado vírus assombre com a possibilidade de alastrar-se pelo povo como naqueles modelos matemáticos de bolinhas vermelhas que usaram para nos convencer do confinamento? As pessoas simplesmente não estão conseguindo alcançar o tamanho do tsunami que está se formando. Acham que podem vencer o vírus ficando em casa fazendo origami, aprendendo a pintar ou tocando violão até que o covid se canse de esperar.
Existe uma possibilidade bastante real e concreta de termos que incorporar este vírus ao nosso já amplo cardápio de doenças para sempre, com a desvantagem do potencial inédito de contágio. O que está no plano das certezas é que o impacto deste isolamento será brutal, atingindo de forma desigual as diversas profissões ou camadas sociais e resultando num desastre muito maior do que o próprio bichinho coroado pode causar.
Governadores e prefeitos temem o possível caos com mortos insepultos e hospitais lotados, mas não conseguem ver um gigante ainda maior que se aproxima com a falência de suas cidades trazendo a reboque fome, desemprego e desespero, com uma população de zumbis famintos e desempregados perambulando pelas ruas.
O maior problema é que as pessoas e governantes parecem não estar vendo que pode não existir uma porta de saída para esta quarentena, e quando virem isso, pode ser tarde demais para muitos.

domingo, 5 de abril de 2020

Globo manda às favas a ética jornalística e parte para o ataque a Bolsonaro disposta a derrubá-lo - José Aparecido Ribeiro


Por: José Aparecido Ribeiro – Jornalista / Licenciado em Filosofia – BH-MG

Globo manda às favas a ética jornalística e parte para o ataque a Bolsonaro, esquecendo-se da sua responsabilidade social, de que não é dona da verdade e nem da concessão que usufrui.

A Rede Globo de televisão deixou a ética jornalística de lado e parte para o ativismo político determinada a derrubar o Presidente Jair Bolsonaro. Colocou todo o seu arsenal tecnológico e humano a serviço de um massacre jamais visto na história de qualquer pais civilizado do ocidente. Tem a seu favor o Coronavírus e um confinamento obrigatório de uma população desprotegida intelectualmente, com baixos níveis educacionais, incapaz de fazer juízo crítico do que consome na frente da TV.

A guerra a Bolsonaro já não é mais velada, tornou-se escancarada e desproporcional, levando a uma inversão de papéis que atenta contra a democracia brasileira. A Globo não é dona dos destinos do país e nem da verdade, precisa de limites, URGENTE. Na condição de jornalista não posso me furtar a manifestar repúdio a colegas que se prestam a fazer o jogo sujo da emissora em um momento de aflição e vulnerabilidade do povo e do próprio governo. Os profissionais que produzem o conteúdo da emissora perderam a noção de ética e razoabilidade, se acham donos da verdade absoluta, ficaram cegos e alienados.

Notícias manipuladas, tiradas do contextos com montagens

As noticias manipuladas e contextualizadas de acordo com os interesses da direção da Globo passam pelas mãos de jornalistas sujeitos à códigos subliminares, a um juramento que precisa ser lembrado e honrado. Por ordem de superiores não deviam tripudiar de um presidente eleito democraticamente seja ele quem for. Não tenho procuração para defender Bolsonaro, acho que ele também precisa de limites, precisa ouvir os profissionais que ele confia, especialmente os da comunicação, porém o que estão fazendo é um desrespeito não só a ele, mas ao povo brasileiro.

A população vem sendo submetida a uma lavagem cerebral em um momento que a televisão desempenha papel estratégico de informação e de segurança nacional. Por acidente, acompanhei o Jornal Nacional desta quarta feira (25) e o que assisti me chocou, como a milhões de brasileiros. Um espetáculo de sordidez inaceitável contra a imagem de um chefe de estado, sem direito ao contraditório.

Recurso áudio-visuais servindo para descontextualizar a fala do presidente, caso de polícia

Do inicio ao fim por uma hora e meia Bolsonaro foi alvo de ilações, acusações, montagens e manipulação de informações que receberam recursos áudio visuais distorcendo a verdade para massacrar o presidente sem que ele pudesse se defender. Devo lembrar que a emissora entra na casa de 92% da população e que esta briga começou antes mesmo da posse, motivada pelos cortes em verbas publicitárias portentosas que a Globo sempre usufruiu em governos anteriores, com pouco ou nenhum esforço, como se fosse um direito e não uma concessão com regras.

Porém, o resultado desse desentendimento ganha outros contornos na medida em que a veracidade do jornalismo na maior emissora do pais é corrompida. A Globo tem concessão pública e o dever de falar a verdade, sem manipulação ou artifícios no seu conteúdo jornalístico com propósitos descabidos. Se a Globo deixou de produzir noticias e passou a agir como um partido político, sua concessão precisa ser cassada imediatamente.

Jornalismo sem ética, a serviço dos interesses da emissora

No rastro da canalhice produzida por profissionais do jornalismo, governadores mal intencionados como João Dória e Witzel estão se aproveitando, da mesma forma que políticos que nunca fizeram nada pelo país, como o garoto mimado David Alcolumbre e Rodrigo Maia, vulgo “bota-fogo”, ambos sinônimos de oportunismo. A classe jornalística não pode se submeter a este papel.

As manifestações de Bolsonaro não são libelos, estão recheadas de oportunidades para seus adversários, mas não podem ser distorcidas ao bel prazer dos inimigos políticos e nem de editores interessados em chantagear o presidente e seus ministros. Com efeito, Bolsonaro tem defeitos, é humano, mas não se curva a chantagens de empresários da comunicação acostumados a usar e abusar do dinheiro público.

Bolsonaro não está propondo o fim do confinamento, mas um retorno gradual ao trabalho afim de evitar uma tragédia maior

A ciência já mostrou que o vírus representa maior risco para pessoas com morbidades e idosos, mostrou também que COVID 19 não é ameaça para população economicamente ativa, e que se os cuidados de higiene forem tomados, a população não precisa deixar de trabalhar, pode retornar lentamente aos seus postos evitando uma catástrofe ainda maior.

Para a Globo não é a saúde do povo brasileiro que importa, e sim a destruição do chefe da nação e dos sonhos de quem acredita nele apesar dos seus defeitos. Chega de CANALHICE, o Brasil é maior do que os interesses de uma emissora de televisão, tá na hora de um basta nessa perseguição covarde. Se você chegou até aqui e concorda com este artigo, replique para a sua lista e vamos reagir a esse espetáculo de INSENSATEZ da maior emissora do país.

jaribeirobh@gmail.com – 31-99953-7945 WhastApp



terça-feira, 17 de março de 2020

Prof Claudio Senna no LinkedIn


Finalmente, o Brasil acordou para o COVID-19. Se ocorrer aqui o mesmo padrão de contágio-reação que estamos vendo em outros países, teremos um período de redução drástica na atividade econômica.

O risco de uma empresa não sobreviver ao COVID-19 é grande. Para aumentar as chances das empresas, algumas medidas são necessárias:

1 – Continue operando – implemente mudanças no seu modelo e garanta a segurança de seus clientes, empregados e fornecedores e continue com seus negócios. Adotar medidas como home office e promover vendas online ou por telefone (Zap) são essenciais nesse momento.

2 – Economize – reduza despesas, adie investimentos e preserve suas reservas financeiras para utilizá-las se necessário. As vendas podem cair ou ser interrompidas, então as reservas são para isso: emergências.

3 – Renegocie pagamentos – aproveite as medidas do governo em relação a redução de impostos e adiamento de tributos. Tente distender os prazos para pagamento de fornecedores e tente obter descontos. Reduzir despesas vai te ajudar a limitar os prejuízos.

4 – Ajude os demais – seja ético: não aumente seus preços para se beneficiar da crise, ajude no que for possível seus parceiros e clientes a superar a crise. A crise vai passar, mas a sua reputação ficará bem mais tempo.

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Discurso de Marcos Degaut, Secretário Produtos de Defesa, Brasília (DF), 20 de Fevereiro de 2020.

Publicação na DEFESANET 20 de Fevereiro, 2020 - 19:20 ( Brasília )Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro;
Senhor Ministro de Estado da Defesa, General de Exército Fernando Azevedo e Silva;
Senhor Presidente, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Gustavo Montezano; em cujos nomes saúdo todas as demais autoridades, Ministros de Estado, oficiais das Forças Armadas, senhores e senhoras aqui presentes, que prestigiam e abrilhantam esse evento.

A assinatura deste Protocolo de Intenções reveste-se de caráter histórico por alinhar duas instituições irmanadas no propósito de avançarem rumo ao futuro juntas, de forma a gerar, em menor espaço de tempo, com responsabilidade social e sentido de urgência, maior riqueza e bem-estar para nossa sociedade e mais oportunidades para nossos homens de negócios e nossas indústrias de defesa.

Este é, na verdade, o sentido mais profundo desta cooperação, que tem enorme potencial para viabilizar ecossistema ajustado ao desenvolvimento e sustentabilidade da nossa Base Industrial de Defesa, sob a ótica do aumento de sua competitividade regional e global
O governo do Presidente Jair Bolsonaro tem formulado marcos referenciais e iniciativas de cunho estratégico no tocante a políticas efetivas voltadas para o desenvolvimento permanente da nossa Base Industrial de Defesa, para que esta possa atender às necessidades permanentes de preparo, prontidão, aparelhamento e modernização de nossas Forças Armadas, a fim de que estas disponham dos instrumentos necessários para o cumprimento de sua missão precípua: a defesa da Pátria, fundamento básico para que o Estado possa, não apenas perseguir objetivos de crescimento econômico e promoção da justiça social, mas também assegurar os direitos inerentes ao pleno gozo das liberdades individuais.

Esses marcos referenciais visam, ainda, à identificação de riscos e de ameaças à consecução desse objetivo e aos interesses nacionais, bem como à prospecção de oportunidades que possam fomentar ações positivas em prol da sociedade e do futuro do País, particularmente no que diz respeito ao imperativo de desenvolvimento tecnológico e no setor de economia da Defesa.
O próprio Presidente Jair Bolsonaro tem se empenhado pessoalmente na ampliação do acesso a mercados para nossos produtos de defesa e na atração de investimentos para o setor, como visto nas recentes missões ao Oriente Médio e à Índia.

Efetivamente, em todos os países desenvolvidos e em grande parte dos em desenvolvimento, uma economia de defesa robusta, diversificada, dinâmica, inovadora, autossustentávele que se oriente permanentemente no sentido da busca da autonomia tecnológica assume o caráter de componente fundamental de qualquer política pública voltada para o segmento de defesa.

É essa indústria que proporciona, em grande parte, os meios para se preservar e aprimorar as capacidades necessárias à prontidão e ao emprego do aparato militar, de forma a assegurar a integridade do território, do patrimônio, dos recursos naturais, da população, das infraestruturas críticas e das instituições nacionais, bem como a salvaguarda de nossa soberania e de nossos interesses e objetivos estratégicos.

Em Defesa, não há espaço para improviso. Baseada na constatação de que não se pode ser pacífico sem ser forte, a permanente capacitação da indústria nacional deve figurar como um dos pilares centrais das políticas e estratégias nacionais de defesa do Brasil.

A cooperação nesse segmento possui importância basilar para o fortalecimento, adensamento e integração de nossas cadeias produtivas, com o benefício adicional de gerar externalidades positivas para todos os setores da sociedade e da economia.

Ademais, a BID se inscreve no contexto mais amplo da “economia da defesa”, setor de extrema relevância para o crescimento econômico de qualquer país, em vista de seu elevado efeito multiplicador e de sua capacidade de geração de empregos, renda, royalties, receitas diversas, exportações e divisas, além de representar poderoso instrumento de gestão anticíclica à disposição dos formuladores de políticas econômicas.

Da mesma forma, como se trata de um segmento que atua na fronteira do conhecimento científico e tecnológico, representa, de uma perspectiva histórica incontestável, um grande indutor da produtividade, da modernização da estrutura produtiva da economia e do desenvolvimento tecnológico nacional, com aplicações práticas de caráter dual e desdobramentos positivos para todo o conjunto da sociedade

Os produtos e serviços desenvolvidos por nossa indústria de defesa, bem como os projetos estratégicos desenvolvidos por nossas Forças Armadas são, e devem ser, motivos de orgulho para nosso País.

Trabalhar por seu fortalecimento deve ser, portanto, uma de nossas grandes prioridades.

Este protocolo permitirá, ademais, desenhar, de maneira inédita, uma política de fomento às exportações da BID, a qual colocará todos os atores relevantes intervenientes no processo de produção, exportação e financiamento de PRODE dentro de uma mesma moldura estratégica, eliminando gargalos e burocracias indesejáveis e tornando nossos produtos e empresas mais competitivos nos mercados externos.

Em resumo, em muito boa hora a assinatura deste Protocolo de Intenções, muito alvissareiro para nossa BID, porque nossos avanços tecnológicos, nossas conquistas no plano social, nossa prosperidade econômica e, mesmo, nosso lugar no mundo serão respaldados pelos necessários investimentos para equiparar nossa capacidade de dissuasão com nossas aspirações políticas, econômicas, estratégicas e sociais e pelo fortalecimento de nossas capacidades de projeção de poder. Todavia, não existe defesa autônoma e independente sem uma BID autóctone e tecnologicamente avançada para suportá-la.

Muito Obrigado!

Marcos Degaut
SEPROD