sábado, 17 de novembro de 2018

Preparação do BESCOM para Gestão por Competências em 2003, por AAC


BATALHÃO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES

(1ªCia Trans/1ªDIE/1943)

BATALHÃO BARÃO DE CAPANEMA


DIRETRIZ   DE   COMANDO

DC/A4-01/03



APROVO:

Gen ____________
Cmt GUEs/9ªBdaInfMtz

1.  ASSUNTO
     Preparação do BESCOM para Gestão por Competências, ou gestão por processos, e o incentivo ao comprometimento dos quadros  com o PEG-EB.

2.  COMPETÊNCIA DA OM QUE ABRANGE O ASSUNTO
    Manter a estrutura organizacional e a rotina burocrática atualizadas com as inovações tecnológicas adotadas pela Força e com os encargos que, certamente, os requisitos de gestão pela qualidade, irão atribuir às OM  

3. REFERÊNCIAS
Decreto nº 2.910, de 29 de dezembro de 1998, que estabelece normas para salvaguarda de documentos, materiais, áreas, comunicações e sistemas de informação de natureza sigilosa, e dá outras providências[1].
Decreto N° 3.505, de 13 de junho de 2000, que institui a Política de Segurança da Informação nos órgãos e entidades da Administração Pública Federal[2].
    Programa de qualidade no serviço público (PQSP) -http//qualidade.planejamento.gov.br
IG 10-51 Instruções Gerais para a Salvaguarda de Assuntos Sigilosos, publicadas no BE n° 04 de 26 de janeiro de 2001.
IG 20-19 Instruções Gerais de Segurança da Informação para o Exército Brasileiro, publicadas no BE n° 39 de 28 de setembro de 2001.
Portaria n° 462, de 13 de setembro de 2001, que aprova a Diretriz Estratégica de Comunicações e Informática;
Portarias n° 463, de 13 de setembro de 2001, que aprova a Diretriz Estratégica de Comando e Controle.
Diretriz da STI e Plano de Tecnologia da Informação 2003-2005;
Plano de Modernização e Integração do Sistema de C2 da Força Terrestre;
Diretriz de Experimentação Doutrinária do Módulo de Telemática para o Sistema de Comando e Controle da Força Terrestre;
Programa de Excelência Gerencial Exército Brasileiro (PEG-EB).

4. ÁREA E SUB-ÁREA DE ATUAÇÃO
A- Reestruturação e funcionamento do BESCOM;
4- Dos métodos e processos.

5. NÍVEL DE ATIVIDADE
 Atividade-meio ( x )
 Atividade-fim   ( x )

6. PROBLEMA EXISTENTE
           Existem vários obstáculos que impedem o aprimoramento da gestão organizacional no Batalhão Barão de Capanema:
·Ausência de foco no cliente e dificuldade de determinarem-se o cliente e o usuário final;
·Inexistência de objetivos claros, bem definidos e disseminados até os mais baixos escalões;
·Processos e atividades não documentados e otimizados;
·Profissionais e seções não conhecem bem suas atribuições;
·Militares não conhecem o papel da OM, a missão;
·Oficiais e praças não estão capacitados para executar todas as suas atividades;
·Subordinados não participam nos  processos, ações e soluções dos problemas;
·Inexistência de formas de medir e avaliar constantemente processos para poder melhorá-los continuamente;
·Decisões e ações não são constantemente avaliados e, por isso, não realimentam correções, tampouco apuram-se responsabilidades pelos insucessos;
·Informações não circulam de maneira rápida e correta entre setores e os encarregados;
·Inexistência de uma preocupação constante com a inovação e a mudança para melhor.

7. OBJETIVOS
            a. Estabelecer  contratos de gestão, para constituírem-se em indicadores de desempenho da OM, que permitirão:
1)     priorizar o desenvolvimento da mentalidade de trabalho em equipe, o espírito de  cooperação, a responsabilidade individual e a vontade de apresentar um trabalho com 100% de perfeição na primeira tentativa;
2)     estimular a consolidação do espírito de corpo entre as diferentes Seç/SU do BESCOM, por meio do estabelecimento de metas comuns e ações conjuntas;
3)     fornecer a cada militar  a noção exata da importância de sua atuação dentro de cada  processo no qual tenha papel relevante; 
4)     estabelecer sistemas de controles eficientes que possibilitem aumento de produtividade e racionalização de custos;
5)     delegar competências, atribuir responsabilidades, estabelecer prazos e prioridades, facilitando o controle sobre o andamento de diversos processos, seus pontos críticos, necessidades adicionais e dificuldades encontradas, gerando conhecimento a fim de fundamentar as decisões futuras;
6)     melhorar a divisão do trabalho entre os membros do Batalhão, proporcionando ao comando maior número de oportunidades de observação e critérios objetivos para a avaliaçaõ do desempenho do pessoal;
7)     aumentar a segurança orgânica da OM;
8)     propiciar a inscrição da OM no programa de qualidade do governo federal.
      b. Fazer do BESCOM a OM protótipo da 9ªBda Inf Mtz para gerir os processos e no emprego da inteligência competitiva para gestão do conhecimento, fornecendo subsídios ao EME para validar o Programa de Desenvolvimento da Doutrina da FT biênio 2003/4.
c. Implantar a forma de expressar a intenção do comandante usando diretrizes de comando (como esta), que serão expedidas segundo a necessidade de criarem-se projetos, ou alterarem-se rotinas (atividades), tendo em vista a seguinte filosofia de trabalho: 1) pensar grande; 2) começar pequeno; 3) crescer rápido.
d. Facilitar a perseguição do objetivo, incansável azimute dos procedimentos individuais, pois a vontade do homem em cumprir sua missão deve ser prevalente aos meios alocados e disponíveis.

8. ASSUNTOS INTERDEPENDENTES
Informatização do BESCOM;
Recebimento do PAMO;  e
Experimentação doutrinária do Módulo de Telemática do SC2FTer-Bda/DE.

9. SEÇÕES DA OM ENVOLVIDAS
    a. A gestão por processos deverá ser implementada neste batalhão com a participação de todas Seções/SU para sua efetiva consolidação e consequentes benefícios, e somente será alcançada por meio do comprometimento individual do militar e a perfeita compreensão de todos da importância dos respectivos papéis no contexto de cada processo no qual estejam envolvidos. A arregimentação do potencial humano (envolvimento de todos) está essencialmente calçada na liderança exercida pelo comandante e pelos diversos níveis de comando da OM, por que toda a mudança de mentalidade requer grande esforço e perseverança no cumprimento da missão.
b. A gerência desta implantação caberá ao Sr Major Rogério Reis, subcomandante, estando este oficial autorizado a decidir os assuntos atinentes à citada implantação, pois ela exige mudança de mentalidade que deve começar pelo comando e pelo estado maior da OM, que passarão a ser facilitadores dos processos.

10. ÓRGÃOS EXTERNOS COM INGERÊNCIA NO ASSUNTO
       A consolidação do modelo administrativo de gerência de processos no âmbito do BESCOM terá como reflexo o aumento da eficiência no relacionamento com os diferentes órgãos externos com os quais o Batalhão tem ligações, quais sejam:
CML – na assessoria de Comunicações e Guerra Eletrônica;
1ª DE – na assessoria de Comunicações e Guerra Eletrônica;
GUEs/9ªBda Inf Mtz – escalão superior imediato, orienta e controla a instrução e o emprego da OM, e na assessoria de Comunicações e MPE para as demais OM orgânicas, além de conduzir as experimentações doutrinárias determinadas pelo EME;
Secretaria de Tecnologia da Informação – órgão de direção setorial que usa a OM na experimentação doutrinária do programa C2 em Combate, e provê os meios de informática para administração da OM;
CIGE - na aplicação da metodologia do ciclo de vida do software de C2;
3a SCh\EME - na pesquisa e formulação de doutrina de emprego da Força, relativa às comunicações, atualizando seu QCP e sua estrutura organizacional;
2º CTA e CAEx- promovendo a assessoria técnica nos critérios de avaliação dos equipamentos e subssistemas;
COTer – no emprego da OM e acompanhando os exercícios,  proporcionando os meios para a participação do BESCOM neles;
DMCEI – na gestão do material de Com/ Elt/ Infor da OM;
CTEx- controlando os trabalhos do IPD;
IPD/SCT – na orientação técnica para conclusão do projeto PAMO e no teste operacional do módulo de telemática do projeto SC2FTer-Bda/DE;
EsCom - colaborando com o BESCOM na consolidação do PAMO e na experimentação do MT;
Universidade Estácio de Sá – no desenvolvimento de projetos de interesse das comunicações que possam vir a constituírem-se em convênios;
ANATEL - nas atividades de administração do espectro de radiofrequências.
  
11. GRAU DE PRECEDÊNCIA
            As ações definidas nesta Diretriz de Comando devem apresentar grau de precedência “URGENTE” em virtude da necessidade de melhoria na gestão dos processos administrativos e operacionais em andamento neste Batalhão e com a finalidade de, no curto prazo, serem atingidos níveis de qualidade e controle compatíveis com os recursos humanos muito qualificados e materiais de alta tecnologia que serão alocados nesta Unidade.
            a. O planejamento está calcado no Livro 1 do PDE onde criam-se expectativas para o BESCOM:
No Programa de Reaparelhamento e Adequação do Exército (PRAEB), constam:
   -as metas do SISTAC  na ação “COMANDO E CONTROLE”:

“a. SISTAC GU/U “com a prioridade 1, por meio do C2 em COMBATE, o Batalhão recebe esta missão no teste doutrinário do Módulo de Telemática;
“b. Telefonia Automática de Campanha “com prioridade 2, adquirindo-se um par de Centrais Au para emprego no PAMO, o Batalhão fica em condições de desdobrar sistema fio no PC e no PCR; e
“c. PAMO “na prioridade 3, a fim de implantá-lo nas OM de combate do GUEs/9ªBda Inf Mtz (veja a 3ª fase do projeto no Lv 1 do PDE), por meio da aquisição de uma mini DSLAN e um concentrador (PCR) e para fazer o recebimento formal do projeto.
   -as metas do SEC (Comunicações estratégicas) na ação “COMANDO E CONTROLE”, nas quais a Unidade pode ser atendida:

“a. Implantação de Centrais Telefônicas de OM “(Prio 4) porque a OM tem carência desse equipamento, e o 2° CTA tem a capacitação técnica para instalar e instruir; e
“b. nas metas de interesse comum” com o projeto de Comunicações por Satélites (Prio3), porque a OM possui uma ETT do SISCOMIS-MD com dois módulos inoperantes.
   -as metas na ação “INFORMÁTICA” o BESCOM gostaria de ser aquinhoado:

“a. pelo projeto de Rede Corporativa Privativa do Exército (EBNET) “que tem a prioridade 1, ficando em condições de receber o cabo óptico da rede metropolitana da Vila Militar que já chegou na EsAO, e de desempenhar o papel de rota alternativa ao 2° CTA, para fins de SIAFI; e
“b.   no projeto para implantação do Sistema de Comando e Controle (Prio 5)”, implementando um servidor de ProtWeb e de correio eletrônico na OM, que ainda não os possui.
Obs: todas as metas visam contemplar com recursos as Unidades de Comunicações para obtenção daqueles meios, dentre as quais, o BESCOM, na prioridade  correspondente à posição ocupada na lista constante do Lv 1 PDE.

b. Plano de Modernização e Integração do SC2/FTer:
                        Conclusão do desenvolvimento do PAMO: 10 mil reais em 2003 e 10 mil em 2004.
c. Projetos 3139 e 3141 (C2 e Informatização do EB)
                        As ações a cargo do BESCOM com os recursos já previstos nestes projetos a cargo da STI  constantes do PIT/STI.
12. CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO
             - Implantar no BESCOM a seguinte visão para o futuro:  
“Tornar-se uma organização militar de referência para instalar, explorar e manter a estrutura de comunicações que dê suporte às necessidades dos sistemas operacionais do Comando Militar do Leste, da 1ª Divisão de Exército e do GUEs/9ªBda Inf Mtz, realizando a integração de meios e processos indispensáveis ao pleno funcionamento do sistema de Comando e Controle.”
            - Contribuir na inserção da Força na “Era da Informação Digital” por meio da implementação do sistema de comando e controle do Exército, ficando em condições de receber o material de comunicações, a ser adquirido com os recursos previstos no projeto 5375, e realizar a experimentação doutrinária com base nas diretivas do Plano de Tecnologia da Informação (TI) e Plano de Modernização e Integração do Sistema de Comando e Controle da FT, onde constam a:
• criação de um módulo de ação rápida de comunicações para mobiliar uma SU do BESCOM;
• aquisição de material de comunicações, eletrônica e informática para completar o QDMP da OM;
implementação da segurança da informação pelo uso de placa cripto para rádio HF, na certificação digital para as OM e  na EBNET;
participar de eventual integração do SISCOMIS ao SIPAM, por meio da antena móvel do MD, sob responsabilidade da OM;
• modernização e integração dos sistemas tático e estratégico de comunicações, sob orientação da DMCEI.

a. Metas a serem atingidas
    1) Nos processos gerais:
a)   a consolidação da sistemática de Diretrizes de Comando como forma inicial de implementação de processos e de projetos da OM;
b)   criação de uma célula de inteligência competitiva (CIC) constituída por até dois oficiais em tempo integral e colaboradores eventuais em cada setor da OM para a gestão interna do conhecimento;
c)   o aumento gradual do escopo da gestão por processos até atingir a todas as ações desenvolvidas no BESCOM, caracterizadas como processos ou sub-processos;
d)   a enumeração de todas as atribuições correspondentes às funções previstas no QCP e a identificação dos processos que participam, por meio do preenchimento das Fichas de Procedimentos Operacionais Padrão (FPOP);
e)   a capacitação para avaliar a eficácia das Seções e Subunidades da OM; e
f)    inscrição da OM no programa de gestão pela qualidade do governo federal.
  
2) Nos processos de informatização:
  - a implantação de sistema de protocolo eletrônico (Lotus Notes ou Prot Web) que possibilite:
·substituir arquivos físicos por arquivos eletrônicos;
·substituir procedimentos convencionais por rotinas apoiadas em máquinas;
·criar condições de acesso fácil a qualquer informação;
·criar condições de transferir, eletronicamente, a informação;
·criar processos de aculturação do pessoal interno sobre segurança da informação, de forma a aumentar a segurança orgânica.
A Unidade necessita de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG) a ser implementado em 2003, visando dar capacidade de resposta às questões da atividade-fim, inicialmente na 2ª Seção da OM e na Cia Es Com/Bda, que viabilize a gestão por processos e utilize-se:
1) do banco de dados relacionais (Datawarehouse) existente para dados pessoais chamado Módulo E1;
2) do ProtWeb distribuído pelo DGP já funcionando muito bem em várias OM para despachos rotineiros, ou do Lotus Notes empregado pela 1ª DE;
3) do fórum de discussões a ser criado na intranet da OM para assuntos de Com, Elt; e GE; e do grupo Barão de Capanema do Yahoogroups em funcionamento na Internet desde 2002; 
4) do correio eletrônico disponível e em uso desde 2002, por onde tramitam os documentos-propostas, e rascunhos; e
5) do chat (sala de conversação) de disseminação de informações on-line, pela internet, para acesso de casa, e aproveitamento do tempo sem expediente para agregar valor ao conhecimento profissional dos quadros, ainda em estudo.

b. Faseamento possível
1) Apresentação do Projeto aos militares do BESCOM e reunião gerencial, a cargo do gerente de implantação da gestão por processos, versando sobre a aludida sistemática, com a participação dos oficiais que desempenham funções de Cmdo/chefia, a fim de acumpliciá-los com a mesma;
2) Palestras de motivação;
3) Palestras de preparação: gestão por processos; análise e melhoria dos processos; PEG-EB;
4) Definição das equipes: designação de um gerente de projeto; criação da Célula de Inteligência Competitiva (CIC), assessoria já instituída pelo comando da OM com base na chefia do Estado Maior existente, a qual será responsável pela implantação e controle da gestão por processos, além das seguintes missões:

a) considerar esta DC como a operacionalização do plano de mudanças e base do plano de comprometimento;
b) buscar eficiente controle (propor indicadores de desempenho);
c) avaliar o desempenho das equipes e acompanhar os fatores críticos de sucesso do projeto;
d) fazer executar as medidas do Manual de Implantação;
e) revisar o QCP do BESCOM e confeccionar o QDMP nos prazos previstos;
f) produzir inteligência acionável e eficaz ao comando da OM/GUEs, planejando, executando, coordenando, supervisionando e controlando:
(1) as ações de salvaguarda de assuntos sensíveis;
(2) a produção de inteligência humana;
(3) as atividades de pesquisa para obtenção e análise de dados e para a  segurança da informação;
(4) o desenvolvimento de recursos humanos  para Atv Intlg;
g) desenvolver e operar sistemas e equipamentos de Com e telemática. 
5) Elaboração do manual de implantação da Qualidade;
6) Estudo dos processos, levantamento de subsistemas (considerando o Sistema BESCOM),  processos e sub-processos existentes em cada uma das Seç/SU, com a definição precisa de responsabilidades de todos os militares envolvidos, seguindo a programação do PEG-EB;
7) Registro dos processos, fazendo a enumeração das atribuições de cada função prevista no QCP, apoiadas nas FPOP, de modo a tornar objetiva e perfeitamente adequada à tabela de avaliação de oficiais e praças ao que "realmente" cada um executa, além de muito facilitar as eventuais substituições;
8) Promoção de ajustes estruturais e funcionais, por meio de reuniões de avaliação periódicas a fim de serem verificados os níveis atingidos e praticar possíveis correções de rumos;
9) Elaboração de proposta de alteração do QCP(BCom-tipo), do C 11-62, O BComDiv e das Normas Gerais de Ação do BESCOM;
10) Treinamento prático da execução dos procedimentos dos processos;
11) Implantação do sistema de análise crítica e revisão do sistema de gestão por processos, segundo o cronograma do PEG-EB.

c. Prazos
1)   Reunião gerencial – 06 Mai 03;
2)   aprovação da DC/A4-01/03 – até 16 Mai 03;
3)   designação da Célula de Inteligência Competitiva (CIC) e início dos trabalhos – até 31 Mai 03;
4)   instrução de conscientização aos quadros– até 10 Jun 03;
5)   freqüência aos cursos de gestão pelo pessoal selecionado – até 20 Jul 03;
6)   auto-avaliação do PEG-EB – a critério do coordenador, até 20 Jul 03;
7)   elaboração do manual de implantação – 30 Jun 03
8)   estudo dos processos, preenchimento das FPOP – 31 Jul 03
9)   treinamento prático dos processos – 15 Ago 03
10)   primeiro ajuste estrutural e funcional, alteração das NGA – 30 Ago 03
11)  proposta de alteração do QCP e do anteprojeto C 11-62, O BComDiv – 31 Set
12)  inscrição na OM no concurso de qualidade total do governo federal –  2004.

d. Custos envolvidos
A implantação da sistemática de gerenciamento por processos não acarreta, em si, qualquer custo financeiro. A necessidade de expansão do sistema computacional do BESCOM e  possíveis investimentos em especialização de recursos humanos são atividades já previstas para o Batalhão e subsidiadas com os recursos disponíveis no COTer/CML, acrescidos dos valores alocados no programa de informatização do EB e C2 (comando e controle) pelo escalão superior. O Plano Básico de Comunicações e Informática dimensiona as necessidades de recursos no médio prazo, o Livro 1 do PDE sinaliza para as prioridades nos próximos quatro anos, e o PIT/STI-2003 é o documento que distribui, realmente, os valores repassados pelo EME para o ano em curso.

e. Providências administrativas
   Os gerentes de operações (chefes/Cmt de Seç/SU) desempenharão um papel mais desafiador e importante na organização, muito embora algumas de suas atividades sejam repassadas ao computador.
         São fatores críticos para o sucesso, que devem ser acompanhados pela Célula de Inteligência:
              programas de instrução atualizáveis e interativos, que atendam ao PIM e às diretrizes dos escalões enquadrantes;
            • cursos (CFC e CFST) alinhados com a missão da Unidade e os respectivos PP.
            • programas individuais e coletivos de estudos continuados (CPCAS, CPrepESAO e CprepECEME);
            • utilização de recursos eficazes para o ensino a distância via Internet (Telensino);
            • sistema de acompanhamento do desenvolvimento do programa de ensino continuado para os quadros e dos alunos dos cursos de preparação com gestão de tutoria pelos oficiais encarregados usando a internet (EAD);
            • investimento escalável em tecnologia: amplia-se progressivamente, junto com a demanda (e o recebimento dos equipamentos do MT do SC2FTer-Bda/DE);
  • obtenção de um nível mínimo de segurança e privacidade na intranet (para chat, fórum e mensagens administrativas) por software "fire-wall";
  • legalização de todos sistemas operacionais Windows e do mínimo de MS Office necessários a responder aos vários sistemas informatizados da Força;
  • alinhamento de seus esforços no ambiente digital com a estratégia geral do EME, constantes do Programa de Desenvolvimento da Doutrina;
  • estímulo à cooperação, ao invés da concorrência interna, pela transparência das avaliações;
  •  testes de equipamentos baseados em metodologia científica e desenvolvidos em ambiente operacional bem próximos à realidade do combate;
  • benchmarking com os demais BCOM congêneres da Força (3° e 4°BCOMEx e 1° e 6°BCOMDiv).

            f. Método de trabalho da Célula de Inteligência Competitiva:
-
-Acompanhamento do ambiente de trabalho na OM, nas SU e nas seções;
-Contato pessoal com os interessados e colaboradores para atender pedidos ad-hoc do comando;
-Auxílio ao SCmt na formulação da árvore para avaliação semestral dos oficiais e praças pelo SIAvMEx;
-Uso intensivo dos diversos sistemas informatizados do EB: SISPAG, SISCOMEX, SIAFI, SISLEG, SIAvMEx, SIAPPES, QO-QCP, SiRF, SIMATEX, AVALOM etc;
-Consulta ao almanaque on-line e à EBNet;
-Reuniões semanais da assessoria com o comandante e subcomandante;
-Controle de projetos da STI, EEID e EEI dos escalões que enquadram o BESCOM;
-Avaliação de documentos, de desempenho individual e coletivo, dos processos, e remessa de dados aos Elm indicados.


g. Os Macroprocessos  identificados no CMSE e adaptados à OM:
            1) finalísticos
            preparação do combatente básico NQ para o HCmp
            formação do combatente de comunicações
            formação do Sgt Temporário
            emprego das Cia Es Com em operações      
            2) apoio operacional
            comando e controle
            logística operacional
            inteligência
            preparação de RH
            mobilização
            comunicação social
            3) processo administrativo
            logística organizacional
            administração de instalações
            gestão de pessoal, documental, TI, legislação e  recursos financeiros
            cerimonial militar
            registro de atos e fatos Adm
            4) processo gerencial
            comando
            gestão



Quartel na Vila Militar, 7 de Maio de 2003.


_____________
AAC – Ten Cel
      Comandante do BESCOM



[1] Art 38. As tecnologias empregadas na segurança dos sistemas de informação governamentais são reconhecidas como sigilosas. 
Art 39. Os aplicativos  de criptografia são considerados de uso civil e militar. A sua comercialização e o seu uso pelos órgãos do Governo Federal sujeitar-se-ão às normas gerais baixadas pela Secretaria-Geral do Conselho de Defesa Nacional. 
Art 40. O uso e a comercialização no País de produtos voltados para a segurança das comunicações e dos sistemas de informação que se utilizem recursos criptográficos, quando destinados aos órgãos do Governo Federal, estão condicionados a certificação de conformidade da Secretaria-Geral do Conselho de Defesa Nacional.
[2]V do Art 1°- criação, desenvolvimento e manutenção de mentalidade de segurança da informação; 
IV do Art 4°- estabelecer normas relativas à implementação da Política Nacional de Telecomunicações, ...para assegurar, de modo alternativo, a permanente disponibilização dos dados e das informações de interesse para a defesa nacional.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

As mazelas vão durar muitos anos, por JMB*


Sávio Pereira Carvalho compartilhou uma publicação no Facebook em 12/11/18

As mazelas vão durar muitos anos, infelizmente...


O Brasil foi aparelhado para o socialismo - comunista baseado em pilares sustentáveis, como seja:

1- doutrinação nas universidades;

2 - distribuição ajudas ao mais pobre, em vez de dar emprego e dignidade;

3 - imprensa com verbas;

4 - dinheiro da corrupção para eles e o Partido.

"Ganhamos, acabamos com o PT!"
... Não...

Tire esse pensamento da cabeça agora!

O PT está caído, sim, mas está muito longe de deixar de ser uma ameaça.

Já se perguntou porque o pior candidato de um partido envolvido até o pescoço em corrupção, cujos principais líderes estão todos na cadeia, recebeu 44 milhões de votos?


A resposta é simples. Conquistamos a presidência, mas o PT e suas variáveis ainda dominam tudo que leva até lá.

A esquerda ainda detém enorme influência e poder. Jamais subestimem um grupo que ganhou 4 eleições, passou 13 anos com acesso a reservas quase infinitas de dinheiro e colocou seu pessoal em absolutamente TODAS as engrenagens da máquina estatal.

A esquerda ainda domina: meio acadêmico, meio artístico, meio cultural, movimentos sociais a grande parte do meio político.

A influência deles é tão grande, que me fizeram , praticamente o culpado da facada que levei.

Fizeram de uma matéria esdrúxula de jornal, sem provas, uma acusação que foi parar no TSE e ficou uma semana em destaque. Fizeram meus apoiadores se passarem por bárbaros descontrolados noticiando ataques claramente forjados.

Acham mesmo que eles perderam esse poder só por que não chegaram à Presidência?


Se não tivessem esse poder, teríamos ganho com 80% dos votos.
O povo sabia que não queria o PT, mas a destruição da minha imagem foi colocada em prática por todo o sistema.

Perdeu-se milhões de votos por conta de calúnias divulgadas pela esquerda com tamanha intensidade que faria Goebbels se sentir um estagiário na xerox do DCE.

Ganhei a eleição para Presidente, mas a máquina está toda podre e comprometida. Não irá deixar-me governar e fazer as reformas que o País precisa, sem apoio de vcs.

Irão sabotar-me desde o primeiro dia.

Todas as mudanças na área econômica serão anunciadas pelo sistema como uma tentativa de prejudicar os pobres e retirar direitos do trabalhador.

Todas as mudanças na área social serão anunciadas como uma tentativa de assassinar ... LGBTs - Mulheres - Negros - Pobres - Nordestinos.

É assim que a esquerda joga.

Estou recebendo o Brasil no pior estado que um Presidente já recebeu, serei criticado pelos seus acertos e massacrado pelos seus erros. Tentarei não errar.

O primeiro ano será bem difícil.

É preciso tomar o poder de influência da esquerda e devolvê-lo ao povo.

O povo tem que se informar por fatos e não por narrativas cuidadosamente construídas por intelectuais em universidades.

Voltarei ao assunto sobre onde estão instalados os inimigos e como desentocá-los.

Não há como acabar com a divisão no País, se não acabarmos com quem está nos dividindo.

Comemoremos a vitória, foi gigantesca. Mas não percamos a noção da realidade. Estamos só no começo.

JMB *Jair Messias Bolsonaro* presidente eleito da República Federativa do Brasil.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

10 tendências de Business Intelligence para 2019, segundo a Tableou


Elas apontam as prioridades estratégicas que ajudarão sua força de trabalho a fazer mais com os dados

Da Redação http://cio.com.br/tecnologia/2018/11/02/10-tendencias-de-business-intelligence-para-2019-segundo-a-tableou/
Publicada em 02 de novembro de 2018 às 12h18


A convergência de pessoas, processos e tecnologias está entre os traços mais marcantes das 10 tendências de Business Intelligence, de acordo com relatório recém lançado pela Tableou. 

Avanços na inteligência artificial estão tornando mais fácil para os desenvolvedores de software corporativo tomarem a linguagem natural - seja falada ou digitada - e inferir as intenções dos usuários, em vez de obrigar os usuários a aprender comandos específicos ou manipular objetos na tela para atingir seus objetivos. A IA tem sido cada vez mais empregada nas principais ferramentas de BI, na esperança de “democratizar” a análise e a ciência de dados.

Além disso, o gerenciamento de dados está convergindo com as plataformas de BI para contextualizar informações. Ao mesmo tempo, a análise acionável está combinando informações e ações para encurtar o tempo e o esforço entre a análise de dados e a tomada de decisões. 

Confira abaixo as 10 tendências apontadas pela Tableou, com base em entrevistas com usuários e especialistas na área.

1 - A ascensão da IA explicável

As empresas adotaram o valor da inteligência artificial e do aprendizado de máquina. Mas para gerar um impacto transformador nas organizações, a IA precisa ser confiável. O mecanismo deve justificar suas conclusões de forma inteligível, com o máximo possível de simplicidade, e responder dinamicamente a todas as novas perguntas para ajudar o ser humano a entender melhor seus dados.

2 - A linguagem natural humaniza os dados 

Com o avanço dos sistemas de NLP, todas as pessoas podem ter interações naturais com os dados. A linguagem natural representa uma mudança de paradigma no modo como as pessoas elaboram perguntas sobre os dados. A possibilidade de interagir com visualizações da mesma forma que interagem com pessoas faz com que os usuários conheçam áreas do pipeline de análise antes dedicadas apenas a cientistas de dados e a analistas experientes. Os usuários não ficam limitados por suas próprias habilidades de análise; o que define essa limitação é a complexidade das perguntas. Com isso, usuários avançados também podem responder perguntas mais detalhadas em menos tempo e apresentar recursos de painel mais interessantes para outras pessoas. Conforme amadurece no setor de BI, a linguagem natural vai superar as barreiras à adoção de análises nas organizações e vai inserir ainda mais dados na essência da cultura do mercado de trabalho.

3 - A análise acionável contextualiza os dados 

As plataformas de BI evoluem para que os dados ajudem as pessoas a realizar ações concretas. A convergência entre análise e ação vai reduzir o tempo e o esforço entre as informações e a tomada de decisões. Além disso, ela vai disponibilizar os dados de maneira mais abrangente nos fluxos de trabalho, estimulando cada vez mais pessoas a incorporarem dados em decisões cotidianas.

4 - O uso colaborativo dos dados promove um impacto positivo na sociedade

Esforços direcionados de organizações dos setores público e privado fortalecem o movimento “dados para o bem”. Embora os desafios sejam os mesmos em projetos colaborativos de grande escala, o movimento “dados do bem” comprova o potencial altruísta do compartilhamento de dados. Juntos, os avanços na tecnologia, o desenvolvimento da capacitação em dados e o foco na colaboração criam um ambiente fértil para resolver alguns dos problemas mais difíceis do mundo.

5 - Os códigos de ética chegam aos dados 

Diante de regulamentos como o GDPR, líderes avaliam o futuro das práticas de dados pelo viés da ética. Vale ressaltar que a ética dos dados não se limita apenas à coleta ou à governança. Ela também se aplica à interpretação e ao uso dos dados. As plataformas de BI modernas disseminaram largamente a análise de dados, e cada vez mais funções terão a responsabilidade de seguir os princípios da ética de dados. Bridget Winds Cogley, consultora sênior da Teknion Data Solutions, sugere que qualquer pessoa que analise dados ou informações de comunicação deve “considerar tendências e verificar se os fatos são apresentados claramente”, bem como se “os limites dos dados são entendidos e adequados à pergunta”. À medida que mais profissionais trabalham ativamente com dados, essa ética se tornará parte integrante dos esforços de capacitação em dados, influenciando a forma de manipular as informações em contextos pessoais e profissionais

6 - Convergência entre gerenciamento de dados e plataformas de BI modernas 

A curadoria de dados faz a ponte entre os dados e os negócios. Por mais que os catálogos de dados sejam necessários, não resta dúvida de que a oportunidade é ainda maior na área de governança semântica, além da governança de metadados. A semântica ajuda não apenas a conectar o contexto dos dados, mas a identificar a intenção das ações da análise. Por exemplo, ela pode mapear sinônimos para conectar comandos como “tamanho do pedido” e “quantidade”. Assim, outras modalidades em toda a escala de profissionais podem interagir com os dados e revelar novas informações em menos tempo. Uma forma de fazer isso é pelas interações de linguagem natural, em que uma plataforma de BI entende os níveis em torno de várias consultas, como “destaque os índices mais alto, mediano e mais baixo”. 

Conforme essas tecnologias e processos continuam convergindo, a semântica e a curadoria de dados vão servir como base sólida para o restante da experiência analítica. Essa convergência vai unificar componentes mais distintos do ecossistema de dados (por exemplo, organização e análise de consequências posteriores) e vai resultar em resultados mais relevantes gerados por máquina para tabelas, uniões e modelos de dados. Com os avanços da curadoria de dados, suas equipes não farão perguntas apenas sobre os dados, mas sim sobre os negócios.

7 - Contar histórias com dados é a nova linguagem das corporações 

Descobrir e compartilhar informações extraídas dos dados passou a ser uma tarefa coletiva. Cada vez mais organizações criam equipes e fluxos de trabalho com foco na colaboração analítica. Essa abordagem está estruturando a forma como as organizações usam os dados para envolver, informar e testar ideias. Quanto mais pessoas souberem interpretar dados e explicar seus processos de análise, maior será o potencial de impacto nos negócios.

8 - Empresas abordam a adoção de análises com mais inteligência 

O que acontece quando líderes dão mais destaque ao envolvimento e menos enfoque à adoção? Muitas iniciativas de Business Intelligence têm datas bem definidas de início e fim, e não é incomum que sejam consideradas “concluídas” após o lançamento para os usuários. No entanto, o conceito de adoção não envolve apenas dar acesso a soluções de BI. Diretores de dados estão reavaliando de que maneira a adoção do BI integra uma mudança estratégica rumo à modernização, já que o valor real não é medido pela solução implantada, mas sim pelo uso que a força de trabalho faz da solução para impactar a empresa.

9 - A democratização dos dados dá destaque ao cientista de dados

Cientistas de dados desenvolvem habilidades interpessoais para impulsionar a mudança organizacional. Os resultados de algoritmos e modelos só são eficazes se ajudarem a resolver o problema no contexto certo. Ou seja, é preciso trabalhar lado a lado com as partes interessadas para identificar e refinar a definição do problema e a hipótese no início do processo, mantendo esse envolvimento em todo o fluxo de trabalho. Depois, no fim do fluxo de trabalho3 , é necessário saber comunicar os resultados aos parceiros de negócios de maneira relevante e acionável. 

10 - A migração acelerada dos dados para a nuvem intensifica a adoção do BI moderno 

A migração acelerada e sem precedentes dos dados para a nuvem leva as organizações a repensarem sua estratégia. Modernizar a estratégia de dados muitas vezes significa repensar o local de armazenamento dos dados. Cada vez mais empresas reconhecem as vantagens de migrar os dados para a nuvem, inclusive pelo aumento de flexibilidade e escalabilidade a um custo total de propriedade mais baixo. preparadas para migrar todos os dados para a nuvem, muitas estão testando soluções híbridas a fim de aproveitar os benefícios de ter várias fontes de dados. Como resultado, as empresas avaliam se as plataformas de BI moderno conseguem ou não oferecer suporte a uma transição futura e definitiva para a análise na nuvem.

domingo, 4 de novembro de 2018

A guerra de Bolsonaro pelo Brasil, por Antonio Fernando Pinheiro Pedro


Publicado em 31/10/2018 12:59 e atualizado em 02/11/2018 17:16
https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/politica-economia/224268-a-guerra-de-bolsonaro-pelo-brasil-por-antonio-fernando-pinheiro-pedro.html#.W971OZOO9PY


Os próximos passos

Parte 1: O inimigo, o Teatro de Operações, a Frente da Organização do Estado e o Primeiro Alvo - o Presidencialismo de Coalização


A eleição de Jair Bolsonaro representa a primeira vitória de uma longa série de batalhas, na assimétrica e multifacetada guerra que travará contra o establishment.

No teatro de operações brasileiro, a vitória pelo voto autorizou o embarque da tropa escolhida pelo povo. Essa tropa de escolhidos comandada pelo eleito deverá se organizar, navegar nas brumas da articulação, do planejamento, e desembarcar no Palácio do Planalto, quando da posse, sempre sob o fogo intenso e cerrado dos parasitas da pátria.

O objetivo deste artigo, e de outros que se seguirão nos próximos dias, neste Blog, é compreender a natureza e a extensão das frentes de batalha que se avizinham. Abordaremos o que demandará atenção nos primeiros momentos da formação da "cabeça de ponte" de Jair Bolsonaro, para consolidar a posição obtida nas urnas, na cidadela de Brasília tomada ao inimigo.

O inimigo: o establishment

Jair Bolsonaro venceu a primeira batalha de uma longa guerra que ainda terá que travar contra o establishment que domina o Brasil.
O establishment brasileiro não guarda compromissos com a Nação. Porém, a teme. Teme o povo e a democracia. Antevendo a perda de posições desde o final da década passada, após a quebra de mercado de 2008 (a "marolinha" do Lula, que nos banha até hoje), o establishment tratou de permanecer também entranhado no "deep state" - o Estado Profundo, de onde emite sinais trocados para não ser desalojado. Enquanto isso, cedeu boa parte de seu capital político e financeiro aos interesses internacionais, evadiu divisas enquanto desindustrializava e descapitalizava o Brasil, acobertado por uma jusburocracia invasiva e deletéria para a economia nacional - que gera conflitos ao invés de resolvê-los.

As eleições revelaram um país perigosamente dividido. Mais que isso... sitiado! Estado e sociedade tornaram-se reféns de criaturas instaladas nos meandros de nosso organismo social. Rentistas e globalistas, populistas e oportunistas, corruptos privilegiados e criminosos comuns, ativistas, desagregadores e liberticidas culturais, infestaram nosso cotidiano.
A parasitagem não é circunstancial. Contaminou cientificamente os meios culturais, escolas e universidades. Inoculada nas minorias rancorosas, a desagregação segrega e estimula o ódio. Destrói a secular miscigenação que forjou a generosidade de nosso caráter. O objetivo do establishment é destruir a comunhão nacional.

O Teatro de Operações
Diante da encruzilhada, entre a mesmice e a renovação, impõe-se uma escolha de caminho firme e definitiva.
Bolsonaro não foi eleito para trilhar a direção da mesmice. Necessariamente deverá seguir a via da renovação. Com isso, irá enfrentar uma guerra assimétrica desenvolvida em várias frentes, contra inimigos disformes e dissimulados.

No lodaçal produzido pelo establishment, encontra-se a República e, com ela, instituições que deveriam expressar a soberania popular e conferir legitimidade ao Poder Público.
A expressão da soberania popular, subjugada por regras mal feitas, emendadas e interpretadas casuisticamente por um Poder Público sem qualquer legitimidade, suplantou as amarras e determinou a renovação.

Jair Bolsonaro é um corolário objetivo de um processo político de perda de legitimidade do Estado, que antecede sua candidatura.

A perda da legitimidade do Poder Público tornou-se inconteste em 2013, quando explodiram gigantescas manifestações assertivas, que revelaram o descrédito popular nas autoridades constituídas. Ficou evidente o profundo descontentamento do cidadão com o funcionamento, a representação e a organização do sistema político.

O quadro, desde então, só piorou, evidenciando o parasitismo do Estado em relação à população que o sustenta, massacrada por uma enorme concentração econômica.

O desastre econômico do governo de Dilma Rousseff agravou ainda mais a situação, jogando milhões de brasileiros na vala comum da desesperança. O que torna o teatro de operações ainda mais dramático para o presidente eleito.

A primeira frente a ser enfrentada, assim, é a da própria organização do Estado.

A Frente da Organização do Estado

A arma principal nesta frente de batalha é a soberania popular, representada pelo Congresso Nacional.
O novo Congresso, sufragado nas eleições de 2018, tem plenas condições para apoiar as mudanças necessárias. Para tanto é necessário suplantar o diálogo limitado às lideranças dos partidos. Uma boa estratégia é dialogar com as frentes parlamentares temáticas, já existentes no Congresso Nacional.

A adoção dessa providência é sanitária. A Operação Lava-Jato evidenciou a relação promíscua dos partidos com os fornecedores de bens e serviços ao Estado. Denunciada esta relação como fonte geradora de corrupção pela sociedade e seus organismos de controle, os partidos abandonaram o financiamento privado das campanhas para adotarem o financiamento público. A ideia, no entanto, era usar a verba extraída do contribuinte, para que tudo permanecesse na mesma, sem investir na renovação.

O povo brasileiro soube, porém, identificar a articulação em prol da mesmice, de tal forma que votou em peso pela renovação do parlamento em 2018, aposentando líderes que se julgavam imovíveis e exterminando a carreira política de famílias tradicionais no meio. O povo fragilizou, assim, as lideranças partidárias.

O novo parlamento é fruto dessa dura mudança e portador do duro recado das urnas. Terá, portanto, a obrigação de implementar uma profunda reforma política. Também deverá apoiar as ações do governo Bolsonaro contra as várias frentes que contra ele já se erguem.

A tetraplegia da Administração Pública, ocasionada pela judicialização que ameaça seus atos e quadros, é outra preocupação.

O núcleo de parasitas inoculados no deep state, por óbvio não está disposto a "largar o osso". Após ser obrigado a reformar a economia em 1995, o grupamento esquerdizóide inoculado no establishment e alinhado com o projeto da Nova Ordem Mundial, tratou de implementar um processo de perda gradativa das liberdades civis e de controle burocrático das relações econômicas, comprometido com a relativização da soberania.

Não por outro motivo, hoje, a jusburocracia estatal "diverte-se" criminalizando condutas do cidadão e judicializando a Administração Pública, enquanto busca controlar as atividades econômicas relacionadas ao Estado, elegendo três ou mais organismos de controle para cada um de execução.

A jusburocracia é a face dura do establishment e precisa ter sua funcionalidade resgatada para o Estado. O Congresso Nacional será, portanto, decisivo para as mudanças que virão.


a) O primeiro alvo: o presidencialismo de coalização


Desde logo, mesmo antes da posse, será preciso fazer a lição de casa para decidir como eliminar o nefasto presidencialismo de coalização.
As lideranças que sobreviveram à onda de renovação, passado o primeiro turno das eleições, já trabalham para extrair do próximo governo o mesmo arco de alianças incrustado no Estado desde o advento da Nova República. O mesmo arco de alianças que escolheu José Sarney, sofreu um revés com Collor, recuperou-se com Itamar, elegeu FHC, Lula e Dilma, e recompôs-se com Temer.

O presidencialismo de coalização desfigurou a democracia. Entronizou o crime organizado da estrutura de poder, pulverizou mensalinhos parlamentares que extrapolaram o Congresso Nacional, instalando-se em praticamente todas as câmaras municipais e assembleias. O PC distorceu contratações de bens e serviços na Administração Pública, judicializou a gestão pública, reduziu a capacidade de investimento do Estado e drenou os cofres públicos para pagamento de pessoal,

O presidencialismo de coalização, camuflou o projeto hegemônico Gramscista, a formação do bloco histórico encetado pelo arco de alianças esquerdo-populista, liderado pelos dois lados da mesma moeda: PSDB e PT, e seus satélites partidários. Esse arco de alianças teria sufocado o Estado Democrático de Direito, não fosse o abalo sofrido com as manifestações populares a partir de 2013, o impeachment de Dilma Rousseff e o avanço das investigações policiais no combate à corrupção, originadas a partir da Operação Lava-Jato.

A nova bancada do Congresso Nacional não pode tolerar essa mesmice, muito menos se intimidar. Deverá combater o presidencialismo de coalização, e a grande arma para tal será a verdade e a transparência.

Alterar o diálogo buscando concentrá-lo temática e proativamente nas frentes parlamentares poderá reduzir o papel de figuras lamentáveis, como o dito "centrão", deslocando-o para um protagonismo secundário no campo das articulações pelas reformas de estado, em especial no momento da verdadeira reforma política. 

Os próximos passos II

Parte 2: As primeiras medidas para enxugar e racionalizar o topo da administração. Os principais alvos a serem atingidos na frente da guerra contra a criminalidade


A eleição de Jair Bolsonaro representa a primeira vitória de uma longa série de batalhas, na assimétrica e multifacetada guerra que travará contra o establishment.

O objetivo deste artigo, o segundo da série*, e de outros que se seguirão nos próximos dias, neste Blog, é compreender a natureza e a extensão das frentes de batalha que se avizinham. Abordaremos o que demandará atenção nos primeiros momentos da formação da "cabeça de ponte" de Jair Bolsonaro, para consolidar a posição obtida nas urnas, na cidadela de Brasília tomada ao inimigo.

A Frente da Organização do Estado
No artigo anterior, falamos do primeiro alvo a ser atingido na Frente de Organização do Estado: o Presidencialismo de Coalização.

A forma de negociação com base no "toma lá - dá cá", pode e deve ser substituída pelo diálogo aberto com as frentes parlamentares temáticas, por segmento e assuntos de interesse comum, tornando o congresso um fiscal da excelência da atividade do executivo, não um sócio das verbas operadas por ministérios e empresas estatais, comandados por indicados pelos partidos.

A arma principal nesta frente de batalha é a soberania popular, representada pelo Congresso Nacional. É no Congresso que as reformas deverão ser decididas, e deverão ocorrer com rapidez.

Resolvido o primeiro alvo - o presidencialismo de coalização, por meio da mudança de comportamento no lidar com os blocos partidários, deve-se partir para a introdução de mudanças organizacionais na Administração Pública.

b) o segundo alvo: Enxugar e Racionalizar o comando


Parafraseando Maquiavel, mudanças devem ocorrer rápida e eficazmente. Caso contrário não ocorrerão...

É consenso na doutrina organizacional que, neste século, definitivamente, a busca pela estabilidade foi substituída pela busca da fluidez.

Qualquer ciclo, seja de um produto ou de um sistema, independente da sua durabilidade, será sempre considerado temporário ou sujeito a mudanças - nada mais é definitivo.

Assim, quanto mais estável e sedimentada a organização, mais difícil será a introdução de mudanças. Isto porque qualquer processo de mudança sofre resistência para ser implementado devido, principalmente, aos riscos inerentes a ela, como desestabilização do estado existente e ruptura.

Se a organização é estável, mais difícil torna-se a motivação para a mudança, que deve ser feita apesar dos riscos envolvidos, pois estes riscos serão maiores caso ela não ocorra.

O establishment, incrustado no Estado Profundo e protegido pela jusburocracia, o grande inimigo da pátria, aposta na mesmice.

Assim, se Bolsonaro aprendeu algo de importante na sua vida militar, sabe que não empreenderá mudança alguma se não iniciar a reforma administrativa no primeiro dia do mandato, e começá-la pelo topo.

Cumpre ao novo governo, logo após a posse, enxugar e reduzir metodicamente os ministérios de Estado, cortar cargos comissionados, reduzir gabinetes e simplificar o organograma das secretarias setoriais. A própria presidência deverá dar o exemplo, reduzindo os quadros de gabinete. Esse momento de cortes horizontais e verticais deverá ser utilizado também para iniciar o desmonte do dispositivo bolivariano instalado nos quadros intermediários da administração pública.

O enxugamento no organograma no primeiro e segundo escalão, deve corresponder também à simplificação nos fluxogramas. A cadeia de comando deve ser desburocratizada, objetiva, técnica e destituída de ideologias.

A redução da interferência ideológica deve começar com a revisão dos contratos de consultoria e convênios suportados pelos programas e organismos multilaterais. Há muita gente produzindo papel, para inchar a máquina com mecanismos conceituais, sem qualquer aplicabilidade prática. Há uma perda de energia e de dinheiro em projetos que servem para alimentar currículos acadêmicos, sem resultados práticos que possam ser extraídos dos estudos, programas e projetos propostos.

Paripassu á revisão das assessorias, deve haver firme decisão por racionalizar o inchado sistema de controle das rotinas administrativas e execução das atividades-fim da administração.

Há em média, hoje, três órgãos de controle para cada um de execução, na administração federal. Isso configura entrave às ações estruturantes do governo e multiplicação de entraves burocráticos.

A Administração Pública, hoje, dedica-se a dar satisfações a Ministério Público, Tribunal de Contas, Controladoria Geral, Advocacia Geral da União, etc... até sobre o que planeja fazer, sem conseguir concluir qualquer tarefa em execução.

A displasia de controladorias na administração federal é proporcional à fome legiferante das agências reguladoras. A profusão de normas é maior que o apoio ao desenvolvimento das atividades reguladas - e o resultado é a paralisia. Há um enorme desperdício de recursos humanos nas atividades meio e escassez de quadros nas atividades-fim.

A inversão de valores gerada por esse fenômeno é tamanha, que os maiores salários pagos na Administração Pública destinam-se às atividades-meio - de controle orçamentário, administrativo, fiscal e legal, enquanto as atividades-fim, de execução, concentram os piores salários.

Assim, um programa de desregulamentação e desburocratização, terá profundo impacto na Administração e constituirá um choque de gestão extremamente positivo, no início de governo.

Nem é preciso, diga-se, esperar a posse. Na transição, as equipes já devem fazer a lição de casa e solicitar ao governo atual que inicie os primeiros ajustes.

A Frente da Guerra contra a criminalidade

Nesse campo, espera-se que já na transição o governo Bolsonaro diga a que veio.

Recente entrevista do governador eleito do Rio de Janeiro, dá a dica do que deve ser de cara estabelecido: ao responder um questionamento da jornalista sobre a postura policial diante de traficantes armados com fuzis, Wilson Witzel - oriundo da magistratura, informou que sua polícia irá derrubar à distância, com franco-atiradores, todo marginal que for visto portando armamento pesado...

A postura, mais que transformar as favelas cariocas em um excelente "stand de tiro" com alvos vivos para snipers, de fato irá inibir as exibições ostensivas de armamentos pelos celerados, resgatando a sensação de presença do estado nas áreas que pareciam, até agora, liberadas para o crime.

Assim, deve o governo de Bolsonaro introduzir uma postura conceitual firme, embasando as medidas de controle territorial, prevenção e repressão ao crime, visando seis alvos:

1- combate firme á corrupção, concomitantemente com a desregulamentação e maior transparência na administração;

2- combate ao crime organizado, reforçando a articulação firme entre forças de segurança, de inteligência, ministério público e judiciário (com varas especializadas e forças-tarefa);

3- forte repressão à criminalidade difusa, por meio de ações de controle territorial e presença ostensiva das forças de segurança, sem dar folga ao meliante;

4- Revogação do Estatuto do Desarmamento, estabelecendo-se uma legislação rígida quanto ao porte de armas privativas e desregulamentação efetiva do regime de registro e porte de armas para os cidadãos aptos, nos termos da lei - sem espaço para subjetividades por parte das autoridades policiais. Nesse campo, é patente que o governo deverá decretar uma janela que permita a regularização dos registros existentes (tamanho o volume de entraves hoje ocorrente nesse campo), bem como desburocratizar a renovação das autorizações obtidas no regime do famigerado estatuto;

5- Proposição de alterações imediatas na lei penal, de execução penal e de política prisional - retirando benefícios na execução das penas, resgatando a figura constitucional do crime hediondo, estabelecendo um regime disciplinar mais firme no sistema prisional;

6- Reversão da proteção dos direitos humanos para o cidadão de bem. Isso deverá se dar com uma medida de Ordem Pública, resgatando o uso dos espaços públicos, e o direito de ir e vir, para o cidadão e sua família. Também deverá ocorrer a assunção pelo governo, da proteção dos direitos civis de proteção do cidadão, proteção de sua propriedade, do seu domicílio, e implementação legal do direito à legítima defesa própria e de terceiros.

A lawfare, guerra legal, que o governo deverá enfrentar, na implementação dessas simples medidas, terá valido a pena, no sentido de constituir a primeira medida de "disciplina" sobre os organismos de controle de legalidade do Estado, tornando-os funcionais e dedicados a servir ao cidadão e à pátria, e não á ideologias de ocasião e ativismos de conveniência.