Em São Paulo, vi Jesus levar uma baita surra de satanás. Ficou por isso mesmo. Da CNBB, nenhuma palavra em sua defesa. Nossos bispos nem parecem cristãos. O assunto não é com eles. Será que Cristo realmente existiu? Quando lhes convém, nossos bispos permanecem quietos. Sua omissão tem sabor de concordância. Pobre, mas sempre esperta, igreja católica…
A mim me chocaram as cenas mostradas pela campeã carioca. A comissão de frente já revelava o que viria a seguir. Transformava algumas de nossas importantes figuras históricas em anãos.
Logo depois, Caxias era tratado como um carniceiro, provavelmente numa crítica à sua participação na Guerra do Paraguai. Convém relembrar, só de passagem, que naquele conflito morreram simplesmente cerca de sessenta mil brasileiros.
Pouco depois, em um dos carros, lia-se “ditadura assassina”, em alusão ao período dos presidentes militares. O alvo, obviamente, era o Exército.
Fiquei imaginando tratar-se de uma reação ao governo recém-empossado, até surgir na tela a figura da viúva de Marielle.
Caiu a minha ficha. Marielle defendia traficantes; as Forças Armadas foram mandadas a intervir no Rio em 2018, atrapalhando o milionário negócio do tráfico; e como o tráfico patrocina as escolas de samba… Eureka! Vinguemo-nos dos milicos!
E nada melhor do que um desfile de escola de samba para a vingança ser completa. É um crime perfeito. Afinal, trata-se de uma manifestação cultural. Ai de quem criticá-la. Quem não concordar terá contra si todos os intectualóides tupiniquins, toda a imprensa amestrada, todo o meio artístico, além da classe média carioca, cujos filhos dependem do fornecimento de crack, de cocaína, de maconha e de outros quetais.
Pensando bem, creio que a CNBB tem um pouco de razão…
Enquanto isso, os bombeiros continuam procurando corpos em Brumadinho. Mas deixa prá lá. Nossos heróis são outros.
Artigo: Hamilton Bonat, www.bonat.com.br
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