segunda-feira, 16 de novembro de 2015

NÃO DÁ PARA ENGOLIR TUDO - por Augusto Heleno Pereira em 16/11/2015


Jornalistas odeiam censura e cerceamento à liberdade de expressão, mas alguns se assustam quando chefes militares da ativa fazem colocações verdadeiras e oportunas sobre a conjuntura nacional.
Vale recordar que os profissionais das três Forças se dedicam, durante a carreira, ao estudo de problemas brasileiros e à avaliação da conjuntura internacional.
Além da Universidade Militar (quatro anos), cursam, como capitães, a Escola de Aperfeiçoamento (um ano); depois, mediante concurso, já oficiais superiores, a Escola de Comando e Estado Maior (dois anos); e, por último, durante um ano, um pós-doutorado, na área de política e estratégia.
Saem da teoria e vivem os problemas “in loco”. Residem, invariavelmente, nos lugares mais inóspitos do território nacional, particularmente na Amazônia, onde, quase sempre, só os “milicos” se fazem presentes. Conhecem o país como poucos. Pagam impostos e são obrigados a votar.
Importante notar que a incapacidade de boa parte dos governantes lhes custa caro. Por conta disso, distribuem água no Nordeste; constroem e reparam estradas e pontes; ocupam comunidades para reprimir o crime; monitoram, sozinhos, boa parte das imensas fronteiras; retomam invasões ilegais; cuidam de inúmeras comunidades indígenas abandonadas; cobrem deficiências do sistema de saúde; gerenciam catástrofes; combatem a dengue, entre outros.
Ou seja, os militares cumprem qualquer missão, além de suas tarefas constitucionais. Ainda assim, são mal remunerados e dispõem de orçamento destroçado. Por motivos óbvios, não podem se organizar em sindicatos, nem fazer greves.
Os chefes militares exigem de seus comandados dedicação integral, até em fins de semana e feriados, sem qualquer remuneração extra. Devem, portanto, mantê-los inteirados da situação.
O general de Exército Antônio Hamilton Martins Mourão construiu sua carreira pautado pela lealdade, retidão e respeito aos subordinados. Soldado exemplar, líder inconteste, nunca se permitiu mentir, blefar, caluniar ou se omitir.
Desafio que apontem qualquer inverdade nas palavras que Mourão dirigiu a outros militares, em atividade interna. Um dos slides de sua palestra informava que “a maioria dos políticos de hoje parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões que levam os eleitores a achar que aquelas são as reais necessidades da sociedade”.
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, julgou que esses são assuntos institucionais que cabiam a ele, comandante, abordar. Pediu a transferência de Mourão do Comando Militar do Sul para outra função, na secretaria de Finanças, igualmente nobre, compatível com o posto que ocupa. Assunto encerrado. Princípios de hierarquia e disciplina. Simples assim.
Fica a dica: autoridades civis, que conduzem os destinos do Brasil (aquelas que enfiarem a carapuça), se querem evitar esse tipo de desconforto, comportem-se com um mínimo de dignidade, competência e probidade, evitando tantas mentiras, escândalos e roubalheiras. Não dá para engolir tudo.
Esquerdopatas, fiquem calmos. São outros tempos. As Forças Armadas seguirão apolíticas e apartidárias, mas, pelo que levam na alma, jamais serão bolivarianas.
Os castrenses não pensam em tomar o poder, nem pretendem violar as instituições do regime democrático em que vivemos, ainda que pleno de imperfeições.
No entanto, não somos robôs descerebrados e insensíveis. Guardamos, tanto quanto vocês, o direito e o dever de espernear contra tantos desmandos e falcatruas.
Brasil, acima de tudo!

AUGUSTO HELENO PEREIRA, 68, general da reserva do Exército, é diretor de comunicação e educação corporativa do COB – Comitê Olímpico do Brasil. Foi comandante da Missão das Nações Unidas no Haiti (2004 e 2005)
original no Clube Militar: http://clubemilitar.com.br/nao-da-para-engolir-tudo-gen-augusto-heleno-pereira/ (não encontrado)

sábado, 7 de novembro de 2015

Cisco vê oportunidades no compartilhamento de infraestrutura-POR BRUNO DO AMARAL


A Cisco observa as novas estratégias de operadoras no Brasil em cenário de crise de olho em oportunidades para novas tecnologias na melhora da eficiência operacional. A companhia é fornecedora de rede e vislumbra novas possibilidades com acordos de cooperação entre as teles – até mais do que um eventual movimento de consolidação no mercado.


É o que explica o gerente de desenvolvimento de negócios para o segmento de operadoras da Cisco Brasil, Florian Hartmann. Segundo informou a este noticiário durante a conferência Cisco Live em Cancún, no México, acordos para a cobertura indoor, como o que a Claro, Oi, TIM e Vivo estão pretendendo (a proposta do termo de compromisso está no Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade), pode ser um mercado fértil para a fornecedora.


"A gente entra no indoor em dois ou três aspectos: offload, via Wi-Fi, ou femtocells e, obviamente, depois na conexão e gerenciamento, para utilizar o backbone ou a (rede) metro que vai transportar a cobertura", declara. Isso envolve a inteligência na hora de instalar as small cells no local, incluindo seus posicionamentos das antenas. Hartmann vê nessas small cells ma tendência, ainda que não em um futuro imediato, graças a compartilhamentos de infraestrutura. "Para conectar uma femto, tem que ter rede, não trabalham em Mesh, então tem que levar fibra", explica. Além disso, os próprios estabelecimentos dificultavam a instalação do backhaul se fosse para apenas uma operadora, segundo o representante da Cisco.


Por outro lado, a melhor eficiência espectral, como no caso do LTE-Advanced, que deve começar a ser implantado no Brasil em 2016, pode ajudar. "A facilidade de transportar dados fica maior, mais econômico, mais óbvio e gera mais demanda de banda", diz.


Da mesma forma, a iniciativa de RAN Sharing (compartilhamento de espectro), parcerias como a acordo tripartite que inclui Claro, Oi e Vivo na faixa de 2,5 GHz, não afeta os negócios da fornecedora. "Porque o crescimento de dados é tão significativo e alto que ele (o operador) tem que proporcionar capacidade em vez de fazer economia", avalia.


Na opinião dele, o cenário de consolidação não faria diferença para negócios para a Cisco, já que o volume de dados iria crescer e, assim, investimentos na rede core devem continuar acontecendo. Com as obrigações de haver compartilhamento de sites, há economia das operadoras no acesso, mas não há redução para o backhaul/backbone. "A própria América Móvil é exemplo: estamos com Embratel, Claro e Net, mas ainda funciona praticamente como empresas separadas", declara. "Eles estão fazendo bom trabalho, mas mostra como é difícil juntar redes."
http://convergecom.com.br/teletime/06/11/2015/cisco-ve-oportunidades-no-compartilhamento-de-infraestrutura/?noticiario=TT&__akacao=2669911&__akcnt=123c0bb0&__akvkey=c437&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=TELETIME+News+-+06%2F11%2F2015+20%3A52

Brasil prioriza setores de satélite e radiodifusão em conferência de espectro-SAMUEL POSSEBON



(Atualizado em 7/11 às 10:40) A Conferência Mundial de Radiocomunicações, da União Internacional das Telecomunicações (UIT), que acontece até o final deste mês, em Genebra, é um encontro relevante para definir algumas posições do país diante dos embates que têm caracterizado conferências similares nos último anos: a disputa entre ampliar o espaço para a banda larga móvel (IMT) em detrimento de outros serviços, que podem perder espaço no espectro. A conferência é o local que define as políticas globais de alocação de recursos de espectro. Não necessariamente os países são obrigados a seguir as determinações da UIT, mas são elas que balizam o desenvolvimento de tecnologias e a estratégia global das empresas de telecomunicações, e ter uma posição desalinhada com o restante do mundo pode ter efeitos custosos para o País no futuro.

A posição brasileira, na conferência que está em curso, será marcada sobretudo pela defesa do espectro da radiodifusão e dos serviços via satélite. Há várias disputas em pauta.

Uma delas é a destinação de faixas abaixo dos 700 MHz para o IMT. A faixa em discussão éa de 600 MHz. Nesse caso, o Brasil será totalmente contrário, por duas razões. Uma é que o espectro é importante para a radiodifusão, e a radiodifusão tem um papel muito importante no modelo brasileiro de telecomunicações. Os países que estão defendendo a destinação destas faixas para o IMT são EUA e alguns países da Ásia, que não têm a necessidade de acomodar emissoras de TV no espectro. Mas o Brasil está alinhado à Europa, que tem posição semelhante de não destinar essa faixa para a banda larga móvel. Dos vizinhos brasileiros, apenas a Colômbia defende a destinação destas faixas ao IMT, o que pode significar, no futuro, a necessidade de ajustes nas zonas de fronteiras. A expectativa é que fique previsto, em notas de rodapé, a possibilidade de uso desta faixa de 600 MHz para o IMT, o que não é uma posição ruim para o Brasil e para os radiodifusores.

Também há uma discussão em relação à destinação da faixa de 1,4/1,5 GHz (banda L) para o IMT, e nesse caso o Brasil não deve se opor, assim como os demais países.

A disputa mais acirrada deve se dar pela faixa de 3,4 GHz a 4,2 GHz. Esta é uma faixa especialmente crítica para o setor de satélite, pois é onde operam os serviços de banda C, extremamente relevantes para a transmissão via satélite dos sinais de TV, inclusive para o público final. A posição do Brasil é de aprovar a destinação da faixa de 3,4 GHz a 3,6 GHz para o IMT, mas o restante continuaria reservado à banda C satelital. É uma posição intermediária, já que o setor de satélite e de radiodifusão quer a preservação total a fim de evitar qualquer possibilidade de interferência na banda C. Basta lembrar que há anos o Brasil tem evitado colocar essa faixa em licitação justamente pelos problema de interferência constatados. O problema é que os EUA aceitam ir até a faixa de 3,8 GHz e a Europa vai até 3,7 GHz. Se estas posições prevalecerem cria-se um grande problema para as empresas de satélite (e radiodifusão) no Brasil. Alguns países do Pacífico também têm problema pois dependem muito da comunicação via satélite.

Por fim, haverá a disputa pela sinalização das futuras faixas para 5G, acima da casa dos 6 GHz. Na verdade é uma indicação das faixas que serão consideradas em um novo ciclo de conferências de radiocomunicação, não uma deliberação imediata. Nesse sentido, a posição brasileira será de tentar preservar desde já a faixa hoje utilizada para a banda Ka (faixas entre 26 GHz e 28 GHz), importante para a banda larga via satélite. Vale lembrar que as últimas licitações de satélite brasileiros tiveram grande interesse das empresas na faixa de banda Ka e o próprio Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC), a ser lançado no final de 2016, opera nesta faixa.

A delegação brasileira em Genebra conta com 27 pessoas entre executivos das operadoras de telecomunicações, operadoras de satélite, emissoras de TV e governo. Como representantes governamentais, que têm voz ativa nas discussões, há oito técnicos, da Anatel, Ministério das Comunicações e Aeronáutica.
http://convergecom.com.br/teletime/06/11/2015/brasil-prioriza-setores-de-satelite-e-radiodifusao-em-conferencia-de-espectro-da-uit/?noticiario=TT&__akacao=2669911&__akcnt=123c0bb0&__akvkey=c437&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=TELETIME%20News%20-%2006%2F11%2F2015%2020%3A52

Transformação digital é um movimento e não um conceito - Luciano Schilling

Em cinco anos, cerca de 40% das atuais empresas líderes de mercado em todos os segmentos terão desaparecido em função da chamada transformação digital. Por que? Porque hoje 75% delas ainda não se alinharam a esta tendência galopante e não definiram uma estratégia digital para seus negócios.


Não sou eu que estou dizendo. O dado é embasado em um estudo global promovido pelo Centro Global para a Transformação Digital dos Negócios, mantido pelo suíço Institute of Management Development (IMD) e pela norte-americana Cisco.


A falada transformação digital é uma realidade e não há mais tempo para se preparar para ela: é preciso adaptar-se a ela, nadar na maré em curso. Competitividade é sinônimo de sobrevivência em tempos como os da atual instabilidade econômica, e para ser competitivo é preciso aumentar produtividade, reduzir custo e gerar valor para o cliente.


A fórmula não tem nada de mágica: chegar a estes resultados pode ser bastante difícil, especialmente em meio a um cenário de crise, mas a tecnologia pode ser o agente facilitador mais acertado.
Primeiramente, o que causa ruptura nos negócios? Muitas vezes, a desconexão deles com eles mesmos. Uma empresa estratificada é uma empresa que não conversa, e a falta de ligação entre setores pode ser um problema bem grave, resultante em falta de padrão e assertividade nos processos, ausência de controle pela gestão e, na ponta, a inevitável consequência da perda de qualidade na entrega ao cliente.


Interligação, conexão, são palavras de ordens para negócios que quiserem se manter competitivos no cenário atual. A informação precisa circular e chegar às pessoas certas – todas elas. Tecnologias que permitam a interconexão da empresa são a chave para isso.


A boa notícia é que elas são abundantes. Soluções de Unified Communications permitem interconectar departamentos, filiais, canais, todo um universo com a economia que a telefonia comum não proporcionará. Dispositivos e aplicativos móveis permitem conexão e operação a partir de qualquer lugar, a qualquer tempo, além de trazerem a possibilidade do BYOD e CYOD, que podem melhorar a agilidade das comunicações e do trabalho dentro e fora do ambiente de trabalho, tudo com o bônus da segurança e controle garantidos por soluções de gerenciamento destes gadgets, como o MDM (Mobile Device Management).


Optar por uma ou por todas estas tecnologias é um passo certeiro em direção à meta da competitividade. Ser mobile ou contar com comunicações unificadas para falar mais ágil e economicamente com unidades de negócio é ser mais presente, ser mais presente é ser mais produtivo, ser mais produtivo é ser mais competitivo.


A computação em nuvem oferece outras boas alternativas. Melhorar a infraestrutura de TIC, ter espaço e desempenho suficiente para hospedar sistemas, e-mail, rodando perfeitamente, sem o ônus do alto investimento que a construção ou expansão de um data center próprio demanda é ouro em tempos como estes. Uma estratégia de cloud computing bem estruturada encorpa os negócios, trazendo mais performance, agilidade e conexão com economia e facilidade de controle da estrutura e de suas sempre possíveis evoluções.


Sem esquecer, é claro, da segurança. Tão importante quanto aderir às tecnologias que garantem transformação digital é investir em proteger toda a estrutura. A oferta de soluções para proteção e controle de dados corporativos é volumosa, cabe a cada empresa avaliar um fornecedor que consiga entender sua exata demanda e desenhar um ambiente de segurança compatível – já que contratar mais ou menos recursos do que o necessário significa não precaução ou economia, mas aumento de custo e risco.


Outro conceito bastante falado atualmente que merece atenção é a IoT, a Internet das Coisas. Pode parecer uma tendência distante da realidade das empresas, mas é notável seu avanço galopante, com cada vez mais fabricantes da indústria de TI lançando dispositivos e aplicações nesta linha, o que indica que bem mais cedo do que tarde ela estará permeando os ambientes corporativos tão normalmente quanto necessariamente.


Isto porque a IoT garante conectividade, ampliação da visibilidade e controle – questões que, como afirmado e reafirmado acima, compõem irremediavelmente o ambiente da transformação digital.

Uniffied Communications, mobilidade, cloud computing, IoT, permeados por soluções de gerenciamento e segurança, participam da construção de um ambiente de pessoas e negócios, colaboradores e clientes, necessidades e ofertas, empresa e mercado mais próximos, mais conectados.


A transformação digital é isso: um movimento e não um conceito, uma realidade mais do que uma tendência em estudo. Trata-se de olhar para o negócio de forma mais holística e buscar estruturas que tragam organicidade às operações. É inovação, e está em curso. Não há mais tempo para se preparar, já está aqui. Surfar na onda ou deixar-se arrastar – correndo o risco de afogar-se, neste segundo caso – é a única escolha em aberto.


FONTE: CorpTV
http://corptvbrasil.blogspot.com.br/2015/11/transformacao-digital-e-um-movimento-e.html

Gartner lista dez tendências tecnológicas de alto impacto para 2016 - computerworld


Consultoria aponta conceitos que afetarão os planos, os programas e as iniciativas das empresas a partir do próximo ano


O Gartner ligou sua bola de cristal e liberou previsões tecnológicas para 2016. A consultoria listou dez tendências que possuem potencial de influenciar significativamente as organizações em um horizonte de doze meses.

Fatores que denotam o impacto desses conceitos incluem a elevada possibilidade de interferência nos negócios, nos usuários finais ou na TI; a necessidade de grande investimento; ou o risco de ser tarde demais para adotá-lo. Na visão de analistas, essas tecnologias afetam os planos, os programas e as iniciativas das empresas em longo prazo.

As três primeiras apostas do Gartner abordam a fusão dos mundos físico e virtual e o surgimento da malha digital. “Enquanto as organizações se concentram nos mercados digitais, o negócio algorítmico está surgindo – e logo essas relações e interligações definirão o futuro dos negócios”, afirma.

De acordo com a consultoria, no mundo algorítmico, muitas coisas acontecem em um plano em que as pessoas não estão diretamente envolvidas. Isso é possibilitado por máquinas inteligentes, abordadas pelas três tendências seguintes.

As quatro últimas tendências apresentadas se referem à nova realidade de TI, com a arquitetura e a plataforma de tendências necessárias para apoiar os negócios digitais e algorítmico.

1. Malha de dispositivos - O termo ‘malha de dispositivos’ refere-se a um extenso conjunto de pontos utilizados para acessar aplicativos e informações ou para interagir com pessoas, redes sociais, governos e empresas. Ele inclui dispositivos móveis, wearables (tecnologias para vestir), aparelhos eletrônicos de consumo e domésticos, dispositivos automotivos e ambientais – tais como os sensores da Internet das Coisas (IoT).

"O foco está no usuário móvel, que é cercado por uma malha de dispositivos que se estende muito além dos meios tradicionais", diz David Cearley, vice-presidente do Gartner. Segundo ele, embora os dispositivos estejam cada vez mais ligados a sistemas back-end por meio de diversas redes, eles muitas vezes operam isoladamente. Como a malha evolui, esperamos que surjam modelos de conexão para expandir e aprimorar a interação cooperativa entre os dispositivos.

2. Experiência ambiente-usuário - A malha de dispositivos estabelece a base para uma nova experiência de usuário contínua e de ambiente. Locais imersivos, que fornecem realidade virtual e aumentada, possuem potencial significativo, mas são apenas um aspecto da experiência. A vivência ambiente-usuário preserva a continuidade por meio das fronteiras da malha de dispositivos, tempo e espaço. A experiência flui regularmente em um conjunto de dispositivos de deslocamento e canais de interação, misturando ambiente físico, virtual e eletrônico, ao passo que o usuário se move de um lugar para outro.

"Projetar aplicativos móveis continua sendo um importante foco estratégico para a empresa. No entanto, o projeto objetiva fornecer uma experiência que flui e explora diferentes dispositivos, incluindo sensores da Internet das Coisas e objetos comuns, como automóveis, ou mesmo fábricas. Projetar essas experiências avançadas será um grande diferencial para fabricantes independentes de software (ISVs) e empresas similares até 2018", afirma Cearley.

3. Impressão 3D - Os investimentos em impressão 3D (três dimensões) já possibilitaram o uso de uma ampla gama de materiais, incluindo ligas avançadas de níquel, fibra de carbono, vidro, tinta condutora, eletrônicos, materiais farmacêuticos e biológicos. Essas inovações estão impulsionando a demanda do usuário, e as aplicações práticas estão se expandindo para mais setores, incluindo o aeroespacial, médico, automotivo, de energia e militar. A crescente oferta de materiais conduzirá a uma taxa de crescimento anual de 64,1% em carregamentos de impressoras 3D empresariais até 2019. Esses avanços exigirão uma reformulação nos processos de linha de montagem e na cadeia de suprimentos.

"Ao longo dos próximos 20 anos, a impressão 3D terá uma expansão constante dos materiais que podem ser impressos, além do aprimoramento da velocidade com que os itens podem ser copiados e do surgimento de novos modelos para imprimir e montar peças", estima o analista.

4. Informação de tudo - Tudo na malha digital produz, utiliza e transmite informação. Esses dados vão além da informação textual, de áudio e de vídeo, incluindo informações sensoriais e contextuais. O termo ‘informação de tudo’ aborda essa afluência com estratégias e tecnologias para conectar dados de todas essas diferentes fontes.

A informação sempre existiu em toda parte, mas muitas vezes isolada, incompleta, indisponível ou ininteligível. Os avanços nas ferramentas semânticas, como bancos de dados de gráfico e outras técnicas de análise de classificação e de informação emergente, trarão significado para o dilúvio, muitas vezes caótico, de informações.

5. Aprendizagem avançada de máquina - No aprendizado avançado de máquina, as Redes Neurais Profundas (DNN) movem-se além da computação clássica e da gestão da informação, criando sistemas que podem aprender a perceber o mundo de forma autônoma.

As múltiplas fontes de dados e a complexidade da informação tornam inviáveis e não rentáveis a classificação e a análise manual. As DNNs automatizam essas tarefas e possibilitam a abordagem de desafios-chave relacionados a tendências.

As DNNs são uma forma avançada de aprendizado de máquina particularmente aplicável a conjuntos de dados grandes e complexos, e fazem equipamentos inteligentes aparentarem ser ‘inteligentes’. Elas permitem que sistemas de hardware ou baseados em software aprendam por si mesmos todos os recursos em seu ambiente, desde os menores detalhes até grandes classes abstratas de conteúdo de varredura.

Essa área está evoluindo rapidamente, e as organizações devem avaliar como aplicar essas tecnologias para obter vantagem competitiva.

6. Agentes e equipamentos autônomos - O aprendizado de máquina dá origem a um espectro de implementações de equipamentos inteligentes – incluindo robôs, veículos, Assistentes Pessoais Virtuais (APV) e assessores inteligentes –, que atuam de forma autônoma ou, pelo menos, semiautônoma. Embora os avanços em máquinas inteligentes físicas, como robôs, chamem a atenção, elas, quando baseadas em software apresentam um retorno mais rápido e impacto mais amplo.

Assistentes Pessoais Virtuais como o Google Now, o Cortana da Microsoft e o Siri da Apple estão se tornando mais inteligentes e são precursores de agentes autônomos. O surgimento da noção de assistência alimenta a experiência usuário-ambiente, no qual um agente autônomo se torna a interface com o usuário principal. Em vez de interagir com menus, formulários e botões em um smartphone, o indivíduo fala com um aplicativo, que é realmente um agente inteligente.

"Ao longo dos próximos cinco anos evoluiremos para um mundo pós-aplicativos, com agentes inteligentes fornecendo ações e interfaces dinâmicas e contextuais. Os líderes de TI devem explorar como usar equipamentos e agentes autônomos para aumentar a atividade, permitindo que as pessoas façam apenas os trabalhos que humanos podem fazer. No entanto, eles devem reconhecer que agentes e equipamentos inteligentes são um fenômeno de longo prazo, que evoluirá continuamente e expandirá seus usos nos próximos 20 anos", projeta o vice-presidente do Gartner.

7. Arquitetura de segurança adaptativa - As complexidades dos negócios digitais e a economia algorítmica, combinadas com uma ‘indústria hacker’ emergente, aumentam significativamente a superfície de ameaça às organizações. Basear-se no perímetro de defesa fundamentado em regras é pouco, especialmente pelo fato de que as empresas exploram muitos serviços baseados em nuvem e Interfaces de Programação de Aplicação (API) abertas para clientes e parceiros de integração com seus sistemas.

Os líderes de TI devem concentrar-se em detectar e responder às ameaças, assim como no bloqueio mais tradicional e em outras medidas para prevenir ataques. A autoproteção de aplicativos e a análise de comportamento de usuários e entidades ajudarão a cumprir a arquitetura de segurança adaptativa.

8. Arquitetura de sistema avançado - A malha digital e as máquinas inteligentes requerem demandas intensas de arquitetura de computação para torná-las viáveis para as organizações. Isso aciona um impulso em arquitetura neuromórfica ultraeficiente e de alta potência. Alimentada por matrizes de Portas Programáveis em Campo (FPGA) como tecnologia subjacente, ela possibilita ganhos significativos, como a execução em velocidades de mais de um teraflop com alta eficiência energética.

"Sistemas construídos em Unidades de Processamento Gráfico (GPU) e FPGAs funcionarão como cérebros humanos, particularmente adequados para serem aplicados à aprendizagem profunda e a outros algoritmos de correspondência de padrão usados pelas máquinas inteligentes. A arquitetura baseada em FPGA possibilitará uma maior distribuição de algoritmos em formatos menores, usando consideravelmente menos energia elétrica na malha de dispositivo e permitindo que as capacidades avançadas de aprendizado da máquina sejam proliferadas nos mais ínfimos pontos finais da Internet das Coisas, tais como residências, carros, relógios de pulso e até mesmo seres humanos", afirma Cearley.

9. Aplicativo de rede e arquitetura de serviço - Designs monolíticos de aplicação linear, como arquitetura de três camadas, estão dando lugar a uma abordagem integrativa de acoplamento mais informal: aplicativos e serviços de arquitetura. Ativada por serviços de aplicativos definidos por software, essa nova abordagem permite desempenho, flexibilidade e agilidade como as da web.

A arquitetura de microsserviços é um padrão emergente para a criação de aplicações distribuídas, que suportam o fornecimento ágil e a implantação escalável tanto no local quanto na cloud. Contêineres estão emergindo como uma tecnologia essencial para permitir o desenvolvimento e a arquitetura de microsserviços ágeis. Levar elementos móveis e de IoT para a arquitetura de aplicativos cria um modelo abrangente para lidar com a escalabilidade em nuvem de back-end e a experiência de malha de dispositivos de front-end.

Equipes de aplicativos devem criar arquiteturas modernas para fornecer utilitários baseados em nuvem que sejam ágeis, flexíveis e dinâmicos, com experiências de usuário também ágeis, flexíveis e dinâmicas abrangendo a malha digital.

10. Plataformas de Internet das Coisas (IoT) - As plataformas de IoT complementam o aplicativo de rede e a arquitetura de serviço. Gerenciamento, segurança, integração e outras tecnologias e padrões da plataforma são um conjunto básico de competências para elementos de criação, gestão e fixação na Internet das Coisas.

Essas plataformas constituem o trabalho que a equipe de TI faz nos bastidores, de um ponto de vista arquitetônico e tecnológico, para tornar a IoT uma realidade. A Internet das Coisas é parte da malha digital, que inclui a experiência do usuário, e o ambiente do mundo emergente e dinâmico das plataformas é o que a torna possível.


"Qualquer empresa que adote a IoT precisará desenvolver uma estratégia de plataforma, porém abordagens incompletas de provedores concorrentes dificultarão sua implementação até 2018", projeta Cearley.

Da Redação

20 de Outubro de 2015 - 16h47; http://computerworld.com.br/gartner-lista-dez-tendencias-tecnologicas-de-alto-impacto-para-2016

sábado, 31 de outubro de 2015

Cinco recursos para se tornar também um operador do futuro - Terra

Historicamente, imaginamos um executivo da área de operações, seja ele o Chief Operations Officer, Diretor ou Gerente de Operações, como um profissional sempre conectado, de alta resiliência e especialista em gestão de crises. Não é incomum que ele tenha dois, ou até três celulares e conheça todos os meios para recarregar as baterias.

A explicação vem do lado intrínseco da função, que leva o profissional a lidar com o imprevisível e com os imprevistos do dia a dia. São clientes com demandas específicas, fornecedores que não entregaram determinado material ou serviço, interrupções no serviço ocasionadas por falhas internas e externas... E os consumidores, sejam eles empresas ou pessoas, não querem, e nem deveriam, se preocupar com isto, desejando apenas a disponibilidade dos serviços contratados.

Este cenário tem se agravado. De um lado, as empresas cada vez mais oferecem serviços mais complexos e buscam maior escala, criando áreas de operações cada vez maiores, e com uma expectativa de custos menores. Na outra ponta, o poder dos clientes aumenta, seja pela própria concorrência, pela atuação de órgãos reguladores, ou simplesmente pela voz que os clientes ganharam com as mídias sociais, onde um único cliente insatisfeito pode gerar enorme dano à imagem de uma empresa.

O mantra de qualquer executivo de operações continua sendo Qualidade de Serviços e Eficiência Operacional. Mas o que está mudando é a forma e velocidade para se chegar lá, requerendo que as operações sejam cada vez mais inteligentes.

Para isto, tanto o COO quanto os demais gestores das áreas de operações precisarão assumir o papel de agente responsável pela evolução das estruturas, trabalhando de forma mais analítica e preventiva. Claro, sempre existirão crises a serem debeladas, mas o executivo do futuro será medido principalmente pela capacidade de evitar novas crises e preparar a estrutura para tratar os imprevistos de forma eficiente.

A boa notícia é que a tecnologia e o mercado também evoluíram. A seguir listamos alguns recursos que podem ajudar o COO nesta jornada:

1 – Gestão e capacitação de equipes multifacetadas
Transformar uma operação convencional em uma operação inteligente depende primordialmente da capacidade do COO de formar uma equipe multifacetada e coesa. Certamente ainda serão necessários bons “bombeiros”, mas a equipe também deve crescer em capacidade analítica e processual.

Além do trabalho de evolução de cada profissional, as melhores práticas em gestão de equipes e o apoio das áreas de RH podem auxiliar o COO a fazer a transição de forma mais eficiente.

Questões como inspirar a equipe com uma visão clara de futuro, desenvolver planos de capacitação individual e a armar bem o time, distribuindo corretamente os jogadores pelo campo, permitem que a equipe passe a apoiar o processo de mudança, em vez de evitá-lo. Ainda haverá resistências, mas capacidade de convencimento e coragem para trocar algumas peças também precisam fazer parte das habilidades de todo gestor.

E quando falamos em equipe coesa, não estamos falando apenas na capacidade de apagar os “incêndios” cotidianos. Ao mesmo tempo o time, ou parte dele, precisa estar focado no processo de melhoria constante da operação.

2 – Analytics, BI, Dashboards e afins
As ferramentas de apoio à gestão evoluíram muito nos últimos anos. Fenômenos como o armazenamento em nuvem e ascensão do Analytics, que tornaram possível a análise de grandes volumes de dados (o chamado Big Data), deram aos profissionais da área uma quantidade de informações que pode ser facilmente visualizada por meio de modernos painéis de controle.

Estas ferramentas permitem:

2.1 - Consciência situacional, ou seja, rápido entendimento do que está acontecendo agora em suas implicações;
2.2 - Entendimento do passado, tanto em termos descritivos como em diagnósticos;
2.3 - Previsão do futuro, com análises preditivas (qual será o cenário futuro) e prescritivas (como posso induzir um determinado cenário). E quando se consegue antecipar um problema, ele deixa de ser um “imprevisto”.
A tecnologia ainda está em evolução e sua aplicação requer cuidados. Mas o ponto mais crítico é ter pessoas na equipe com esta cultura e perfil, para aproveitar estes recursos. Estar continuamente transformando o grande volume de dados em informações úteis (e.g. antecipação de problemas, identificação de gargalos e possibilidades de melhorias) precisa ocorrer de forma dinâmica, o que só é viável se fizer parte da rotina da própria equipe. Equipes auxiliares de qualidade e BI devem ser apoiadoras na criação e evolução da plataforma, mas o direcionamento e consumo destas informações deve fazer parte do dia a dia da própria equipe.

3 – Processos de melhoria contínua
Existem vários modelos de referência, normas, programas de qualidade e afins. Precisamos agradecer à manufatura, que permitiu o amadurecimento destes modelos ao longo de décadas, e às várias organizações, que os evoluíram e adaptaram para outros setores. São termos como ITIL, eTOM, PDCA, Six Sigma, entre outros.

Escolha os modelos que mais estejam alinhados com o tipo de processo e serviços. Por exemplo, se você utiliza processos ITIL, há processos específicos de melhoria contínua (Continous Service Improvement) e de análise (Problem Management). Certamente há áreas na empresa, e consultorias externas, que podem apoiá-lo nisto.

Mas há um item que não pode ser terceirizado: a criação de uma cultura de melhoria contínua na equipe. No início, pode ser necessário designar alguns profissionais específicos para iniciar esta atividade, com a adoção de um processo formal, gestão das atividades, cronograma e entregáveis. O maior risco é seguir adiando o que é importante por força do que é urgente. Por isto no início pode ser necessário designar recursos específicos.

Além disto, associar metas à equipe e criar mecanismos de reporte específicos, para ganhos e produtividade e processo de melhoria contínua, ajudam a reforçar a mensagem, pois, no final, o que se deseja é que a equipe inteira participe do plano de melhoria continua.

Por vezes há possibilidades de mudanças disruptivas, com grande ganho associado, mas, em geral, os maiores ganhos são obtidos pela soma de mudanças incrementais. E este benefício somente pode ser capturado por uma equipe com esta cultura, habilidade e empowerment.

4 – Ferramentas de Automação
Com a evolução tecnológica, a cada dia surgem novas possibilidades de automação, desde processos, coleta de informações, tomada de decisões e execução de ações. Tanto do ponto de vista de viabilidade técnica como de custo.

Como as áreas operacionais trabalham estruturadas em processos, isto gera grande quantidade de tarefas repetitivas e automatizáveis. Pode-se iniciar pelas atividades mais simples, como aquisição de dados e aplicação de controles e restrições, passando então para diagnóstico e correlação e atuação remota, para enfim chegar à cognição.

De qualquer forma, avaliar sempre a complexidade, o volume e a repetição permite uma priorização mais adequada. E sem dúvida, quanto maior a capacidade de análise e o foco em melhoria contínua da equipe, mais corretamente serão identificadas as oportunidades de ganho.

Lembrando que as automações podem ser uma forma de conciliar redução de custo com qualidade de serviço ao agilizar e padronizar atividades.

5 – Ferramentas para divulgação da qualidade de serviço
De que adianta ter boa qualidade de serviço, se as pessoas só se lembram da operação quando algo falha? Gerar uma imagem positiva não é somente uma questão de autopromoção ou ego. Criar uma boa reputação é importante, tanto internamente, pois gera credibilidade, quanto perante o mercado.

É também um ponto crítico para a motivação da equipe que acreditou na visão criada pelo gestor.

Isto começa com o estabelecimento dos acordos de serviço e sua medição. Mas é fundamental que a divulgação utilize ferramentas com acesso direto às informações, de forma agradável, fácil e rápida. A transparência verdadeira será recompensada com credibilidade.

E para os usuários avançados, existem também as mídias sociais.

Por fim, se você é um executivo da área de operações, considera que sua principal função é ser um gestor de equipe, e já possui iniciativas para que sua equipe tenha os meios para trabalhar de forma mais analítica e voltada para melhoria contínua, bem-vindo ao futuro. E que ele seja brilhante!

publicado em:Terra-Tecnologia-Carreira-

http://cio.com.br/carreira/2015/08/30/cinco-recursos-para-se-tornar-tambem-um-operador-do-futuro/

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Genocídios acontecem, mas não há genocídio quando os alvos estão armados. Por Gelio Fregapani


No dia 24 de abril dizimou mais de um milhão de armênios desarmados. A palavra-chave da frase é justamente esta última: "desarmados". Os turcos escaparam de uma condenação mundial porque utilizaram a desculpa de tudo ter sido uma 'medida de guerra'. Findada a Primeira Guerra Mundial, eles não sofrerem nenhuma represália por este ato de genocídio. É como se o governo turco não houvesse conduzido absolutamente nenhuma medida de homicídio em massa contra um povo pacífico. Outros governos perceberam que o ardil funcionara. Era um precedente internacional conveniente demais para ser ignorado. Setenta e nove anos após o início daquele genocídio, o famoso Hotel Ruanda abriu as portas. Os Hutus também se safaram. Ironicamente, pelo menos uma década antes do massacre em Ruanda — gostaria de me lembrar da data exata —, a revista americana Harper's publicou um artigo em que profetizava com acurácia este genocídio, e por uma razão muito simples: os Hutus tinham metralhadoras; os Tutsis, não. O artigo foi escrito em um formato de parábola, sem se preocupar em fazer previsões especificamente políticas. Lembro-me vivamente de, ao ler aquele artigo, ter imediatamente pensado: "Se eu fosse um Tutsi, emigraria o mais rápido possível". O fato é que, em todo o século XX, não foi um bom negócio ser um civil. As chances sempre estavam contra você. Péssimas notícias para os civis. Tornou-se um lugar comum dizer que o século XX, mais do que qualquer outro século na história conhecida da humanidade, foi o século da desumanidade do homem para com o homem. Embora esta frase seja memorável, ela é um tanto enganosa. Para ser mais acurada, o certo seria modificá-la para "o século da desumanidade dos governos para com civis desarmados". No caso do genocídio, no entanto, tal prática não pode ser facilmente descartada como sendo um dano colateral imposto a um inimigo de guerra. Trata-se de extermínio deliberado. O século XX começou oficialmente do dia 1º de janeiro de 1901. Naquela época, uma grande guerra já estava em andamento; portanto, vamos começar por ela. Mais especificamente, era a guerra iniciada pelos EUA contra as Filipinas, cujos cidadãos haviam sido acometidos da ingênua noção de que a libertação da Espanha não implicava uma nova colonização pelos EUA. Os presidentes americanos William McKinley e Theodore Roosevelt enviaram 126.000 tropas para as Filipinas para ensinar àquele povo uma lição sobre a moderna geopolítica. Os EUA haviam comprado as Filipinas da Espanha por US$20 milhões em dezembro de 1898. O fato de que os filipinos haviam declarado independência seis meses antes dessa compra era irrelevante. Um negócio é um negócio. Aqueles que estavam sendo comprados não podiam dizer nada a respeito, muito menos protestar. Como foi dos Estados Unidos, é politicamente incorreto falar em genocídio, mas... Naquela época, era uma prática comum fazer a contagem de corpos dos combatentes inimigos. A estimativa oficial foi de 16.000 mortos. Algumas estimativas não-oficiais falam em aproximadamente 20.000. Para os civis, tanto naquela época quanto hoje, não há estimativas oficiais. O número mais baixo fala em 250.000 mortos. A estimativa mais alta é de um milhão. E então veio a Primeira Guerra Mundial e as comportas foram abertas — ou melhor, os banhos de sangue foram institucionalizados. 


Turquia, 1915 


O genocídio armênio de 1915 foi precedido por uma limpeza étnica parcial, a qual durou dois anos, 1895—97. Aproximadamente 200.000 armênios foram executados. Os armênios eram facilmente identificáveis. Alguns séculos antes, os invasores turcos otomanos os haviam forçado a acrescentar o "ian/yan" aos seus sobrenomes. Como os armênios estavam dispersos por todo o império, eles não possuíam o mesmo tipo de concentração geográfica que outros cristãos possuíam na Grécia e nos Bálcãs. Eles nunca organizaram uma força armada para oferecer resistência. E foi isso o que os levou à destruição. Eles não tinham como lutar e resistir. Os armênios eram invejados porque eram ricos e mais cultos do que a sociedade dominante. Eles eram os empreendedores do Império Otomano. O mesmo ocorreu na Rússia. O mesmo ressentimento existia na Rússia, embora não com a intensidade do ressentimento que existia na Turquia. As estimativas não-turcas falam em algo entre 800.000 e 1,5 milhão de armênios mortos. Embora a maioria destes homicídios tenha ocorrido com o uso de baixa tecnologia, os métodos eram extremamente eficazes. O exército capturava centenas ou milhares de civis, levava-os até áreas desertas e inóspitas, e os deixava lá até que literalmente morressem de fome. 


O nome Arnold Toynbee é bem conhecido. Já na década de 1950 ele era um dos mais eminentes historiadores do planeta. Seu estudo, compilado em 12 volumes (1934—61), sobre 26 civilizações não possui precedentes em sua amplitude. Sua obra O Tratamento dos Armênios no Império Otomano foi sua primeira grande publicação. Por que algumas organizações armênias não dão ampla divulgação e notoriedade a este documento é algo que me escapa completamente. O livro está em domínio público. A seção a seguir, que está na Parte VI, "As Deportações de 1915: Procedimento", é iluminadora. Leia-a com atenção. Trata-se do aspecto crucial de todo o genocídio. O governo confiscou as armas dos cidadãos. Um decreto foi expedido ordenando que todos os armênios fossem desarmados. Os armênios que serviam no exército foram retirados das fileiras combatentes, reagrupados em batalhões especiais de trabalho, e colocados para construir fortificações e estradas. O desarmamento da população civil ficou a cargo das autoridades locais. Um reino de terror foi instaurado em todos os centros administrativos. As autoridades exigiram a produção de uma quantidade estipulada de armas. Aqueles que não conseguissem cumprir as metas eram torturados, frequentemente com requintes satânicos; aqueles que, em vez de produzir, adquirissem armas para repassá-las ao governo — comprando de seus vizinhos muçulmanos ou adquirindo por qualquer outro meio —, eram aprisionados por conspiração contra o governo. Poucos desses eram jovens, pois a maioria dos jovens havia sido recrutada para servir o estado. A maioria era de homens mais velhos, homens de posse e líderes da comunidade armênia, e tornou-se claro que a inquisição das armas estava sendo utilizada como um disfarce para privar a comunidade de seus líderes naturais. Medidas similares haviam precedido os massacres de 1895—96, e um mau presságio se espalhou por todo o povo armênio. "Em uma certa noite de inverno", escreveu uma testemunha estrangeira desses eventos, "o governo enviou soldados para invadir as casas de absolutamente todos os armênios, agredindo as famílias e exigindo que todas as armas fossem entregues. Essa ação foi como um dobre de finados para vários corações". 


Desarmamento - Lênin desarmou os russos. Stalin cometeu genocídio contra os kulaks ucranianos durante a década de 1930. Pelos menos seis milhões de pessoas foram mortas. Como mostrou a organização Jews for the Preservation of Firearms Ownership (Judeus pela Preservação da Posse de Armas de Fogo), o modelo do Decreto do Controle de Armas de 1968 nos EUA — até mesmo as palavras e o fraseado — foi copiado da legislação de 1938 de Hitler, a qual, por sua vez, era uma revisão da lei de 1928 aprovada pela República de Weimar. Uma boa introdução a esta história politicamente incorreta da história do controle de armas pode ser vista aqui. Quando as tropas de Mao Tsé-Tung invadiam um vilarejo, elas capturavam os ricos. Em seguida, elas ofereciam a devolução das vítimas em troca de dinheiro. As vítimas eram libertadas quando o pagamento fosse efetuado. Mais tarde, o governo voltava a sequestrar essas mesmas pessoas, só que desta vez exigindo armas como resgate. Ato contínuo, assim que as armas eram entregues, as vítimas eram libertadas. Essa mudança de postura — exigir armas em vez de dinheiro — fez com que a negociação parecesse razoável para as famílias das próximas vítimas. Porém, tão logo o governo se apossou de todas as armas de uma comunidade, os aprisionamentos e as execuções em massa começaram. A ideia de que o indivíduo tem o direito à autodefesa era tão comum e difundida no século XVIII que ela foi escrita na Constituição americana: a segunda emenda. Carroll Quigley, eminente historiador e teórico da evolução das civilizações, era também um especialista na história do uso de armas pela população. Ele escreveu um livro de 1.000 páginas sobre o uso de armas como meio de defesa durante a Idade Média. Em sua obra Tragedy and Hope (1966), ele argumenta que a Revolução Americana foi bem sucedida porque os americanos possuíam armas de poder de fogo comparável àquelas em posse das tropas britânicas. Foi exatamente por isso, disse ele, que houve toda uma série de revoltas contra governos despóticos em todo o século XVIII. Tão logo as armas em posse do governo se tornaram superiores, os movimentos e manifestações em prol da redução do tamanho do estado deixaram de ter o mesmo êxito que haviam tido nos séculos anteriores. Há uma razão por que os governos são tão empenhados em desarmar seus cidadãos: eles querem manter seu monopólio da violência a todo custo. A ideia de haver cidadãos armados é apavorante para a maioria dos políticos. Afinal, para que serve um monopólio se ele não pode ser exercido? Cidadãos armados impõem um limite natural à tirania do estado.


Conclusão - Genocídios acontecem, mas não há genocídio quando os alvos estão armados.

Gelio Fregapani (enviada pelo Instituto Endireita Brasil).

Indústria de microeletrônica - Entrevista com Eugenio Staub

Sumário

Eugênio Staub, fundador e ex-presidente do IEDI, hoje Conselheiro do Instituto, concedeu entrevista à Carta IEDI sobre o setor eletroeletrônico. O IEDI vem realizando junto a seus Conselheiros e a especialistas uma série de entrevistas sobre os mais diversos setores da economia. Começou com o setor farmacêutico, tendo sido entrevistado seu Conselheiro, Carlos Sanches, na Carta IEDI nº 621. Nesta oportunidade, publicamos a entrevista com Eugênio Staub, grande conhecedor do setor eletroeletrônico, assim como grande conhecedor do desenvolvimento e das lacunas da indústria brasileira. 

Para ele, “aconteceu um retrocesso na indústria brasileira que foi seríssimo”. “No meu setor, que vamos chamar de TIC, houve um retrocesso brutal por causa da desmontagem da estrutura industrial. Até 1990 havia centenas de empresas, nacionais e multinacionais, na parte de insumos e componentes. Apenas como pequeno exemplo, as centrais telefônicas que a Ericsson e as demais forneciam eram aqui fabricadas, tudo com materiais nacionais. Com a evolução tecnológica, passou-se a usar um relé de estado sólido, o que causou uma desnacionalização dos insumos.”

“No setor de bens de consumo, que é o setor onde mais atua a Gradiente, nós tínhamos centenas de fornecedores nacionais que sumiram. Foram embora! Grandes empresas japonesas que estavam aqui foram embora porque o governo Collor mudou as regras da nacionalização e inviabilizou toda a infraestrutura. Com isso os produtos ficaram mais baratos, mais modernos, mas não há mais indústria de componentes nacionais para os setores de comunicação, informática e eletrônicos de consumo. Você não encontra empresa de componentes importante. Sumiram todas!”

Ainda segundo Eugênio Staub, com a desmontagem da indústria eletroeletrônica, o Brasil desperdiçou a oportunidade de trilhar novos rumos em seu desenvolvimento, rumos estes que permitiu a outros países um impulso único de crescimento:

“A indústria eletrônica se transformou numa indústria de montadoras finais baseada em incentivos da lei da informática e incentivos da Zona Franca de Manaus. Os produtos são montados no Brasil, mas o conteúdo do produto, a inteligência do produto é importada. Nós viramos uma indústria montadora. O mercado cresceu muito. Só na área de consumo são R$60 bilhões por ano. Há poucos anos atrás eram R$ 15 bilhões. O que houve foi uma desmontagem do segmento industrial substituído por uma indústria montadora final que trabalha com insumos importados. Isso é muito sério por 2 razões: 1) pelo fato em si; e 2) porque esse setor, na economia nacional e mundial, passou a ter muito mais relevância.”

Sobre as perspectivas de reversão desse quadro grave, acredita que o governo está despreparado e não vê saída a curto prazo. Todavia, adverte que o intenso progresso tecnológico do setor abre continuamente oportunidades de desenvolvimento: 

“Oportunidades existem, o mercado doméstico brasileiro, sem contar exportação é muito importante. Dá para viabilizar várias indústrias de componentes, de componente de estado sólido, circuitos integrados, semicondutores. Você pode viabilizar uma indústria dessas só com Carteiras de Identidade, cartões de crédito, Carteiras de Habilitação, tudo com chip para 200 milhões de brasileiros, mas não há política industrial nesse setor. Então o cenário é realmente muito ruim para a indústria nacional neste segmento. A grande oportunidade nesse setor é que a tecnologia evolui. Então se perde um bonde e se pode pegar outro.”

Frisa ainda que “do jeito que está hoje, nós vamos ser montadores daquilo que tiver incentivo fiscal para montar, a União está pagando com isenção de IPI, os Estados com isenção de ICMS para gerar empregos de montagem que no final trazem baixo investimento e baixo valor agregado. Portanto, eu estou pessimista com o nosso setor porque ninguém esta olhando para isso. E quando olhar, vai levar uns 10 anos para consertar. Vai haver o olhar, a disposição e vontade política de fazer alguma coisa em 10 anos? O Brasil é um país muito rico em pesquisadores e centros de pesquisas públicos e universidades, mas isso não esta sendo articulado. Está se jogando muito dinheiro fora fazendo pesquisa e desenvolvimento sem articulação e sem aplicação prática.”

Se cabe ou não uma política para o setor, é de opinião que sim: “Cabe uma nova política industrial para esse setor, inteligente, e não que onere produtos. Hoje o que acontece é que os sindicados dos trabalhadores tentam ampliar o emprego nas montadoras. É exigido no PPB, por exemplo, que o carregador do seu celular seja nacional. Assim, acaba criando um oligopólio que faz custar 4 vezes mais do que custa na China. A bateria que não é feita no país, é só montada, tem que ter elementos nacionais. Dessa forma, os telefones mais baratos não vale a pena nem montar no Brasil por causa dessas exigências. E para fazer uma coisa inteligente tem que ter uma visão e vontade política para conseguir implantar isso. Qual o mérito de fazer um carregador de tomada no país? Quase nenhum.” 

Finalmente, aponta como grande problema a “falta de uma visão estratégica para esse setor, o que não é uma coisa fácil”. “Um grupo de pessoas tem que se reunir para discutir o futuro desse setor, sem pressa para que em 2025 se comece a colher resultados. E esse segmento vai ficar mais importante ainda. Agora surgiu a telemedicina, que vai causar uma revolução na medicina, mas não há ainda um comprometimento público no País. Ela resolveria, em grande parte, o problema do atendimento médico no Brasil, já que muita coisa você pode fazer em casa. Equipamentos que hoje não são caros e que são usados para medir os parâmetros principais que podem ser enviados pela internet para o médico. Não precisa ficar na fila. Não é uma UTI, é um preventivo.
Publicado em 12/12/2014 no http://www.iedi.org.br/cartas/carta_iedi_n_654.html

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

AO EXÉRCITO NACIONAL - Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac


Não sei como poderei agradecer esta comovedora prova de afeto. Recebeis-me, como vosso, como filho da grande família militar, cuja maior nobreza deve ser sempre a glória, e cuja melhor riqueza deve ser sempre a virtude; e já esta honra me engrandece. Mas, para aumentar a minha dívida de gratidão, colocastes à frente desta manifestação os nomes de três dos mais ilustres generais do Exército; e escolhestes, como intérprete da vossa estima, e como paraninfo meu, um dos meus mais queridos amigos, um irmão bem amado, em cujo espírito e em cujo coração sempre encontrei, nos mais duros dias da minha vida, conselho e consolo, energia e repouso.

A vossa generosidade exagera o préstimo do meu nome e a importância do meu trabalho. Nada fiz, que merecesse tão alto prêmio. O que disse e fiz já estava no pensamento de todos os Brasileiros bons, e já tinha sido proclamado. A lei do sorteio militar, que sempre reputei benéfica para a necessidade da coesão nacional, está decretada há mais de sete anos; e já muitos homens de espírito clarividente e de leal patriotismo, estudando e anunciando os perigos que nos ameaçam, apontaram o remédio e a salvação.

Nada inventei, nada criei. Mostrei de novo, apenas, e com menos brilho, a fealdade da doença do tempo, a desnacionalização da nossa gente, a fraqueza dos governos, o desvanecimento do entusiasmo, a falta da coragem e da fé; e apenas procurei reacender a propaganda esquecida. Acredito que o valor da minha ação nasceu unicamente de uma prospera conjuntura do tempo e do lugar, — da ocasião feliz em que foram pronunciadas as minhas palavras. Cercavam-me corações em flor, espíritos em révora: o ambiente era propicio, de mocidade e de ternura; e a velha Faculdade de Direito de São Paulo ecoava ainda antigos clamores de crença e de combate: a minha revolta ressuscitou, entre aquelas paredes, a grandeza e a febre de campanhas mortas. Assim, o passada e o presente, num encontro milagroso, acolheram, agravaram, e repercutiram com eficácia o meu grito...

Não posso agradecer-vos. Mas posso, ao menos, dizer-vos como vos amo, e quanto me comove e orgulha o apreço que me mostrais.Sois os mesmos soldados, que sempre enobreceram o Brasil, desde a época difícil da fundação da pátria; sois o mesmo exército, que, em todas as crises graves da nossa história, até a proclamação da República, deu às boas causas a sua força material e a sua força moral, nessa longa série de altos serviços nacionais, que o vosso orador acaba de relembrar; quando vos falo, falo ao vosso presente, como ao vosso passado, e ainda ao vosso grande futuro.

Quando nasci, o Brasil vibrava, no apogeu da sua era épica, entre a batalha do Riachuelo e a batalha de Tuiuti. Findava o ano de 1865. Todas as energias do país estavam nos campos do sul. Meu pai, poucos meses antes, partira para a guerra. No lar atribulado e pobre, havia sustos e esperanças, lágrimas e sonhos: as cartas, que vinham do teatro da luta, traziam à família moralmente desamparada sorrisos e raios de fé; mas, entre as raras notícias, enlutava-se a casa, e apertavam-se os corações. Em toda a cidade, a mesma inquieta, cão, o mesmo sobressalto, a mesma alternativa de clamores de júbilo e queixas de desesperação.
Nessa pesada e angustiosa atmosfera moral, correram os primeiros quatro anos da minha vida... Depois, a minha meninice vivencia vossa glória.

As festas que coroaram a vitória, os hinos e as flores que recebiam os batalhões, a paz e a fortuna regozijando a cidade e todo o país, as fardas e as condecorações, os arcos de triunfo e os cortejos, as narrativas dos combates, o desempenho dos vencedores, o orgulho dos mutilados, o entusiasmo dos moços, o enternecimento dos velhos, o enlevo das mulheres, — todo esse espetáculo de heroísmo, dominando a vida nacional, e por muitos anos alimentando a altivez do povo, encheu e maravilhou toda a minha adolescência... Depois, já homem, vi que as vossas espadas, recusando a  sua força e o seu brilho à ganância dos mercadores de homens, e defendendo a miséria dos escravizados, apoiaram a dedicação dos abolicionistas, e apressaram a vitória da sagrada campanha...

Depois, encontrei-vos, de novo, na alvorada de 15 de Novembro, e vi toda a vossa bravura e toda a vossa beleza, irradiando, concentradas na figura legendária de Deodoro...

Foi assim que vos amo! Se alguma vez diminuiu a minha admiração, se de algum modo me afastei de vós, foi porque, com tristeza, vi alguns de vós, arredados do nobre terreno e da augusta missão em que sempre deveis honrar-vos e honrar o Brasil, preferirem ao rude e magnífico sacrifício da vida militar o fácil e grosseiro proveito do mando partidário e da pequena política das facções e das intrigas...

Mas o desfalecimento não durou muito. Quase todos os transviados já estão desiludidos e arrependidos. Na consciência de todos deve estar a convicção da inutilidade, e, mais ainda, do criminoso erro dessa dispersão de energias e de devotamentos.

Sei, — e é preciso que todo o país o saiba, — que um hálito saneador e criador percorre hoje todos os quartéis. O pensamento e a ação, o estudo e o exercício, a vontade e a disciplina, animando os oficiais, e deles emanando, inflamam e fortalecem os soldados; o trabalho! e a esperança, a confiança e o estímulo sucederam à inércia e ao desânimo; e, nesse ambiente de agitação fecunda e de reconstrução salvadora, não podem e nunca mais poderão medrar as murmurações, os despeitos, os descontentamentos, as mesquinhas rivalidades, as desmoralizadoras ambições, que só vivem bem nos arraiais do caudilhismo e da desordem.

Deste modo, querendo colaborar com todas as outras classes do nosso povo na grande empresa do revigoramento cívico, que todos devemos iniciar e executar, estais reatando o fio luminoso das tradições militares, que são o patrimônio da vossa classe...

É assim que vos amo! Se praticastes erros, também os praticamos nós, os civis. Se desses erros comuns nasceu o funesto divórcio, que separou durante tantos anos o elemento civil e o elemento militar, nasça agora da confissão e da reparação de todos os desvios e de todas as faltas um consórcio firme e perpétuo. E que este consórcio seja proclamado em palavras e em atos, desde já, enquanto não se organiza a indispensável generalização do serviço militar transformado em serviço nacional, — de modo que, como excelentemente acaba de dizer o vosso intérprete, “confraternizem todas as classes, desapareça para sempre o espantalho do militarismo, seja a nação o exército e o exército seja a nação”.

Já disse repetidas vezes que não mereço, nem quero pretender o papel e o título de apóstolo: o papel é superior ao meu "valor moral; e o título, dado a mim, traria consigo uma ironia, que a minha sinceridade repele.

Já disse também que não sou sociólogo, nem filósofo: não posso idear nem executar um programa de remodelação social. Sou, apenas, poeta, e poeta sincero e patriota.

Se posso ser professor, quero ser e serei exclusivamente professor de entusiasmo. E, dentro deste papel, não serei polemista, nem agitador de ruas, nem conquistador de popularidade. A minha humilde missão está cumprida: a mocidade do país agita-se, todas as classes despertam, os homens superiores estudam o problema, o movimento generaliza-se; posso agora sair da frente da batalha, e entro na massa da legião, casando o meu esforço obscuro aos esforços anônimos dos outros legionários.

Se apareci em evidência, foi porque havia em minha alma uma revolta, que me sufocava. Em minha consciência: acredito que o Brasil está atravessando hoje a mais grave de todas as crises de sua históriaOprime-me um grande medo. Não é o da miséria pública; porque, com trabalho e honestidade, alguns anos bastarão para remediar a devastação causada pela incúria ou pela improbidade. Não é também o da guerra, da invasão estrangeira, da perda da liberdade, da mutilação do território por sequestro ou conquista: tal perigo, se existe ou existir, será talvez o mais afastado c o mais improvável de quantos nos rodeiam; além disso, essa desgraça ainda seria uma fonte de grandes bens: porque, em falta de um perfeito patriotismo coletivo, consciente e coesivo, ao menos há no Brasil, feliz mente, a bravura própria,-o pundonor pessoal, um patriotismo individual; e a guerra, apesar de todos os seus males, seria uma ventura, porque seria uma formidável força de ligação nacional...

 O que me aterra é a possibilidade do desmembramento. Amedronta-me este espetáculo: este imenso território, povoado por mais de vinte e cinco milhões de homens, que não são continuamente ligados por intensas correntes de apoio e de acordo, pelo mesmo ideal, pela educação cívica, pela coesão militar; conflitos ridículos sobre fronteiras, dentro da integridade da pátria, explorados pela retórica,envenenados pelo fanatismo, originando guerras fratricidas, a desigualdade entre Estados irmãos, desirmanados pela diferença das fortunas e das prendas, — estes ricos e felizes, prosperando e brilhando, desenvolvendo o seu trabalho e a sua instrução, e aqueles pobres, sem ventura, sem pão, sem ordem, sem escolas, assolados pelos flagelos da natureza ou talados pelos desmandos da governação; e descontentamentos, e rivalidades, e indiferença, desamor, falta de unidade..

” Este é o meu terror. Porque sem unidade não há pátria. Quatrocentos anos de esperança e de tortura fizeram esta nação, dada à humanidade pela continuação de infinitas ações generosas: pelo esforço de um pequenino povo, — menos de dois milhões de almas, em uma estreita faixa de terra, — descobrindo, povoando, explorando, artilhando, defendendo mais de seis mil quilômetros desta costa; pelo ímpeto das bandeiras e pela bondade dos apostolados, desbravando as selvas, as águas e as almas; pelo sangue dos filhos e dos netos dos povoadores, derramado em prol do patrimônio; pelo suor e pelas lágrimas de uma raça mártir, arrancando do solo bruto a riqueza, a felicidade e o luxo; pelo heroísmo de sucessivas gerações, combatendo pela liberdade, pela integridade, pela justiça e pela glória...

É horrível pensar que esta esplendida construção de quatro séculos possa ser desmantelada pela inércia, pela ignorância, pela preguiça moral, pelo egoísmo! Mas, não!
Unamo-nos, nós, os das classes cultas, nós, os que temos instrução, pensa mento e consciência. Unamo-nos, trabalhemos, e venceremos,— e dentro do regime Republicano.

O descontentamento e o desânimo de algumas almas apela para a restauração da monarquia, como para uma panacéia de efeitos prodigiosos e instantâneos. Se o advento de um Messias pudesse agora levantar, rejuvenescer e felicitar em poucos minutos ou em poucos anos todo o Brasil, todos os patriotas, convencidos do supremo poder de tão divino condão, deveriam aceitar de braços abertos esse enviado do céu. Mas os milagres são impossíveis. O trabalho, que nos incumbe, é longo, demorado, difícil.

Não podemos transformar de súbito esta geração que está vivendo. Devemos trabalhar para o futuro: somente outras gerações, mais felizes, gozarão o bem que tivermos criado. Se os únicos remédios para a doença nacional são o tempo, a tenacidade e o devotamento, — porque não empregaremos, nós, os Republicanos, esta terapêutica ao alcance dos nossos meios? Façamos nós a ressurreição da glória do Brasil! Não a podemos fazer em poucos dias nem em poucos lustros, por um prodígio de taumaturgia social. Mas inevitavelmente a faremos, se, inspirados pela nossa crença e pelo nosso patriotismo, lavrarmos a alma do Brasil, como os agricultores lavram o seu campo: com o tempo e a paciência, com a vontade e a arte, dando toda a força do braço e a alegria do coração a todos os longos e sublimes trabalhos que o solo exige, — o derrote e o amanho, a aradura e o alqueive, a semeadura e a rega, — antes do dia nobre em que, coroando e abençoando o sacrifício, surge o esplendor da seara. O programa está assentado, e é simples e velho: a educação cívica, firmando-se na instrução primária, profissional e militar.

Mas não esqueçamos que do ensino devem ser dignos os professores. A educação cívica, devemos ser os primeiros a aprendei-a, meditá-la e praticá-la. Melhoremo-nos, antes de melhorar o povo. Procuremos inaugurar uma nova política, a verdadeira e “sã política, filha da moral e da razão”, nacional e não corriqueira, sincera e digna, condenando e abolindo os artifícios em que vivemos, fraudes eleitorais, fraquezas governamentais, paliativos econômicos e sofismas judiciários.

E não são os políticos os únicos responsáveis pelo descalabro. Quase todos erramos, pecamos, e ultrajamos a Pátria, civis e militares, políticos e homens de letras, professores e jornalistas, artistas e operários, quase todos os pais de família e cidadãos. Uns por maldade ou indiferença natural, outros por afetação ridícula ou tola jactância, outros por imitação, — quase todos desertamos o culto cívico. Esses ainda foram os menos culpados, porque se limitaram ao afastamento do templo: os piores foram aqueles, que, pregando as idéias subversivas e as palavras más, ousaram proclamar a negação da necessidade da Pátria... Eu mesmo, que vos falo, — porque é preciso que eu seja o primeiro a dizer o “confiteor”, — também me envergonho hoje da frívola e irônica literatura, que deixei pelos jornais, muitas vezes eivada do fermento anárquico.

Confessemo-nos todos, arrependamo-nos, e não perseveremos no pecado! A afronta da negação da Pátria, a injúria do desdém, e ainda a frivolidade e a ironia, e até a indiferença e a abstenção, no que se refere- à Pátria, são crimes igualmente graves. A Pátria é o grande “feitiço”, o inviolável “tabu”, que deve ser adorado cegamente, sem ser tocado.

Regeneremo-nos, e voltemos ao culto cívico. Amemos o Brasil, nós que o dirigimos. “E, aperfeiçoados, vamos ao encontro do povo, e aperfeiçoemo-lo. O povo possui energias e virtudes, mais fortes e mais puras do que as nossas: o que cumpre é estimulá-las, é extraí-las, como se extraem os metais da ganga nativa. Nós, que vivemos no litoral, e nas zonas mais acercadas do litoral, nestas cidades, em que fervem o trabalho e a ambição, os esplendores e os vícios, todas as belezas e as fealdades da civilização, não podemos suspeitar a vida que arde no âmago da terra brava.

Neste momento, um de vós, senhores, o coronel Rondon, está prosseguindo a sua longa peregrinação pelo bruto seio das brenhas, Com ele, vai um punhado de heróis obscuros. São, ao mesmo tempo, a bandeira e a missão, as sortidas do século XV e do século XVI, redivivas no século XX. Em cada um desses homens vibra um Fernão Dias e sorri um Anchieta. E, nos rudes sertões, tudo ó mistério, tudo é encantamento, tudo é espanto e riqueza. Nestas maravilhosas entradas de conquista e de catequese, cada passo é uma revelação e uma criação: o descobrimento de um rio, de uma serra, de um aldeamento de Índios; o achado imprevisto de um tesouro natural, a invenção de um recurso para a ciência ou para a indústria; a plantação de uma roça, de um poste telegráfico, de um núcleo de povoação civilizada, de um, rudimento de escola; a colheita de novas forças materiais e morais para o Brasil, — um mundo imenso que jazia em trevas...

Pois bem! A alma brasileira tem a mesma grandeza e os mesmos segredos dos sertões. Não a conhecemos, porque não nos conhecemos. Entremos por ela, empreendamos através dela a grande e deslumbradora viagem da Fé! Descobriremos vertigens e delícias, assombros e consolações, energias desconhecidas me piedades não adivinhadas. Encontraremos a cada passo uma vontade, uma vibração, um, impulso, uma resistência, uma coragem e uma dedicação. E todas estas forças estarão conosco. E, quando regressarmos da expedição magnífica, teremos criado a mais bela e a mais viva de todas as nações da terra.

Peço-vos, senhores, que vos levanteis. Com toda a alma, com toda a crença e com toda a esperança, saudemos o passado glorioso do Brasil, que resplandece em vossos uniformes; o presente sofredor do Brasil, que enche todos os nossos corações; e o futuro incomparável do Brasil, que viverá no orgulho dos nossos descendentes, — a Grande Pátria, que será forte para ser boa, armada para ser justa, e rica para ser generosa!

(discurso proferido no banquete oferecido pelo Exército, no edifício do Clube Militar em 6 de Novembro de 1915- Rio de Janeiro)

quinta-feira, 23 de julho de 2015

O EXÉRCITO BRASILEIRO em 2011, antes da "Transformação" por Alairto

Missão e Visão de Futuro
- Preparar a Força Terrestre para defender a Pátria, garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem.
- Participar de operações internacionais.
- Cumprir atribuições subsidiárias.
- Apoiar a política externa do País.

Visão de Futuro do Exército

Ser uma Instituição compromissada, de forma exclusiva e perene, com o Brasil, o Estado, a Constituição e a sociedade nacional, de modo a continuar merecendo confiança e apreço.
Ser um Exército reconhecido internacionalmente por seu profissionalismo, competência institucional e capacidade de dissuasão. Respeitado na comunidade global como poder militar terrestre apto a respaldar as decisões do Estado, que coopera para a paz mundial e fomenta a integração regional.
Ser constituído por pessoal altamente qualificado, motivado e coeso, que professa valores morais e éticos, que identificam, historicamente, o soldado brasileiro, e tem orgulho de servir com dignidade à Instituição e ao Brasil.

Síntese dos Deveres, Valores e da Ética do Exército
Patriotismo - amar à Pátria - História, Símbolos, Tradições e Nação - sublimando a determinação de defender seus interesses vitais com o sacrifício da própria vida.

Dever - cumprir a legislação e a regulamentação, a que estiver submetido, com autoridade, determinação, dignidade e dedicação além do dever, assumindo a responsabilidade pelas decisões que tomar.
Lealdade - cultuar a verdade, sinceridade e sadia camaradagem, mantendo-se fiel aos compromissos assumidos.
Probidade - pautar a vida, como soldado e cidadão, pela honradez, honestidade e pelo senso de justiça.
Coragem - ter a capacidade de decidir e a iniciativa de implementar a decisão, mesmo com o risco de vida ou de interesses pessoais, no intuito de cumprir o dever, assumindo a responsabilidade por sua atitude. O fluxo de informações do SIPLEx em 2011.


Fatores Críticos para o Êxito da Missão do Exército
1. Comprometimento com a missão, a visão de futuro e os valores, deveres e a Ética do Exército.

2. Coesão, alicerçada na camaradagem e no espírito de corpo, capaz de gerar sinergia para motivar e movimentar a Força na consecução de seus objetivos.
3. Liderança que motive direta ou indiretamente, particularmente pelo exemplo, o homem e as organizações militares para o cumprimento, com determinação, da missão do Exército.
4. Qualificação profissional e moral, que desenvolva a autoconfiança, autoestima e motivação dos componentes da Instituição, reforce o poder de dissuasão do Exército e, ainda, contribua para a formação de cidadãos-soldados úteis à sociedade.
5. Tecnologia moderna e desenvolvida, buscando reduzir o hiato em relação aos exércitos mais adiantados e a dependência bélica do exterior.
6. Equipamento adequado em qualidade e quantidade para conferir, no campo material, o desejado poder de dissuasão à Força Terrestre.
7. Adestramento capaz de transformar homem, tropa e comando - desde os escalões elementares - num conjunto harmônico, operativo e determinado no cumprimento de qualquer missão.
8. Integração Interforças nas operações combinadas e atividades de cunho administrativo em tempo de paz, compartilhando e otimizando recursos.
9. Excelência Gerencial, caracterizada pela contínua avaliação, inovação e melhoria da gestão, que resulte na otimização de resultados, seja do emprego de recursos, seja dos processos, produtos e serviços a cargo da Força.
10. Integração à Nação, identificando suas necessidades, interpretando seus anseios, comungando de seus ideais e participando de suas realizações, conforme nossa Missão Constitucional ou por meio de Ações Subsidiárias. 
(extraído do SIPLEx)

Drugs (da série treinando inglês) por Alairto


One could say that there is a huge necessity to make dreams true, nowadays. I'm very much inclined to believe that the social media have been occupied more and more the free time of teenagers, since the Orkut has changed by Facebook and WhatsApp.
People have felt their 15 minutes of fame each new post they have shared. New circles of friendship have been made by friends of the friends, although they knew a big piece of them are fake. False profiles are making bad influence and attract teens who desire easy money and great behavior.
I tend to think that drugs are one more kind to feel "in" and follow the correct politician or acceptable behavior, and teachers were in the past, and now are the voice of resistance who have faced this problem.
Church has avoided refusing drug users because many families were stroke by this trouble.
On my point of view, all parents suffering a lot the horrible effects of drugs inside home. The treatment is hard for all families. They spent much money at specialized medical clinics, lose friends by the prejudiced conception or had robbed their goods, change habits of lifestyle and, finally they discover that there is not the end. Each day's a new fight, like an anonymous alcoholic association.
I wonder if statistics are wrong, however the common sense said that marijuana is the door of the access to other hard drugs, unfortunately.

On the gold years we avoid to mix mango and milk because we have believed on parents and teachers. What make teens at fear? Playing Big jump? Playing Russian mountain? Getting 3D horror movies? This is the point: huge emotions and low self-regard.

sábado, 9 de maio de 2015

NA PRÁTICA: TOGAF – The Open Group Architecture Framework, por Adriano Martins Antonio



Ao entender o que é Arquitetura Corporativa, posso agora dizer como o TOGAF pode ajudar como um framework de arquitetura. Além de ter diversas ferramentas que ajudam na criação, na produção, no uso e na manutenção da arquitetura.

Já que a Arquitetura Corporativa ou Empresarial mapeia a organização desde a estratégia, com o mapeamento dos processos de negócio, ela se preocupará também em como será a automatização da execução destes processos utilizando os Sistemas de Informação e identificando a infraestrutura tecnológica disponível para a execução desses sistemas.

Como a Arquitetura Corporativa está no mais alto nível de organização, consequentemente fará ligações com outras arquiteturas. O TOGAF fará isso através do Método de Desenvolvimento de Arquitetura – ADM, de forma iterativa, marcada por fases, na qual incluem Visão da Arquitetura, Arquitetura de Negócio, Arquitetura de Sistemas de Informação, Arquitetura de Tecnologia, Oportunidades e Soluções e Planejamento da Migração, Governança da Implementação e Gestão de Mudanças na Arquitetura.

Todas estas fases são marcadas por uma fase preliminar, Fase de Princípios e Framework. O ADM é considerado o “coração” do TOGAF, compreendendo estas fases, interagindo entre si, por meio dos domínios de arquitetura, para garantir que todos os requisitos de negócio sejam devidamente atendidos.
O TOGAF é dividido em três componentes:
ADM - Architecture Development Method – Estrutura básica para a arquitetura de desenvolvimento;


Continuum Corporativo – Conjunto de arquiteturas, blocos de construção e produtos;


Resource Base – Conjunto de ferramentas e técnicas.
Este framework abrange quatro domínios de arquitetura, veja a lista abaixo:
Arquitetura de negócios – Define estratégia, governança e processos de negócios da empresa;


Arquitetura de aplicações – Fornece um modelo para o sistema de aplicações, suas interações e relações com os processos de negócios da empresa;


Arquitetura de dados – Descreve a estrutura de dados lógicos e físicos da empresa e todos os recursos de gerenciamento de dados associados;


Arquitetura de tecnologia - Descreve os recursos de softwares e hardwares que suportam a implantação de negócios, dados e serviços de aplicação (por exemplo: infraestrutura de TI, normas etc.).

O TOGAF não é prescritivo, não é uma metodologia, pois não demonstra o que uma organização precisa fazer, mas sim um conjunto específico de "visões de arquitetura", e oferece exemplos de pontos de vista que o arquiteto deve considerar.

Além disso, ele fornece as diretrizes para a escolha e o desenvolvimento destes determinados pontos de vista.

Sem contar os diversos benefícios para a Governança e para o Negócio, o TOGAF visa melhorar a rastreabilidade dos custos com a TI e busca reduzir custos com projetos, aquisição, operação, suporte e mudanças.

No domínio de projeto, auxilia em um desenho e um desenvolvimento mais rápido, trazendo uma menor complexidade e com menos risco para TI.

Gostaram? Comentem abaixo.

Até a Próxima!

Adriano Martins Antonio - É o fundador e CEO da PMG Academy. Nasceu em São Paulo, porém atualmente mora há 6 anos de Fortaleza - CE, tem "apenas" 36 anos, é corinthiano de nascença e gosta de tocar guitarra em suas horas vagas. Formado em Tecnologia da Informação com MBA Gestão de Negócios na FGV-SP, com mais de 18 anos de experiência em Governança, PMO, GSTI, certificado em PMP, Cloud, CobiT 5, ISO 27002, ISO 20000 e mais outras 18 certificações.