A Política Nacional de Defesa sinalizou
que haverá investimentos
crescentes de Ciência e Tecnologia (C&T) em relação ao PIB, e também,
incremento da Industria de Defesa para atender ao Exército Brasileiro (EB).
Estes indicadores colocam em destaque o setor C&T no EB no momento em que a
destinação constitucional das Forças Armadas (FA) é discutida pela sociedade
nacional e faz parte de plataformas da campanha eleitoral.
O
processo de transformação do Exército vem influenciando esta sociedade a
compreender a importância do vetor militar na construção da capacidade
dissuasória do país por meio da modernização de sua doutrina, da
capacitação dos recursos humanos e da excelência na gestão. A doutrina precisa
ser condizente com a estatura político-estratégica do Brasil, a fim de tornar a
Força instrumento eficaz na imposição da vontade nacional. Para isso, não abre mão dos pressupostos de
um Serviço Militar obrigatório, da estratégia da presença, e da preservação dos
valores e tradições do Exército, cujo jargão: BRAÇO FORTE E MÃO AMIGA,
representa a abrangência da missão.
O
EB, na operacionalização de seus objetivos constantes do sistema de
planejamento (SIPLEx), busca consolidar e integrar os sistemas
existentes na Instituição; desenvolver a capacidade de enfrentamento às ameaças
cibernéticas; e assegurar eficiente gestão da informação no âmbito
da Força. Daí contar com apoio de órgãos de direção setoriais com os quais o 5º CTA se relaciona: o Departamento de Ciência e
Tecnologia (DCT), porque é subordinado ao Centro Integrado de Telemática do
Exército (CITEx) e o Comando de Operações Terrestre (COTER), por ser vinculado
ao Comando Militar do
Nordeste (CMNE).
O
CITEx é a Organização Militar
(OM) diretamente subordinada ao DCT com a missão de proporcionar a base física
e lógica para a operação dos sistemas de Informática e Comunicações de
interesse do Sistema de Comando e Controle do Exército (SC2Ex). Entenda-se por C2 como a estrutura de meios e
processos que viabilizam a difusão de ordens e a coleta de relatórios, em uma
entidade hierarquicamente organizada.
O
5º Centro de Telemática de Área é o órgão de execução, subordinado ao CITEx,
incumbido de, no âmbito do CMNE e da 7ª Região Militar / 7ª Divisão de
Exército, supervisionar, manter e operar os sistemas de Informática e
Comunicações estratégicos de interesse do SC2Ex, para multiplicar o poder de
combate da Força Terrestre nas operações militares, e reduzir a ação do inimigo,
ou das forças adversas, sobre os meios e processos de Tecnologia da Informação
(TI), de Comunicações e de Guerra Eletrônica, contrapondo-se ao bloqueio eletrônico e garantindo a liberdade de ação ao comando para coordenar
o emprego de tropas na sua área de responsabilidade.
O 5º CTA deve cooperar com o CMNE na
obtenção da eficiência operacional deste, com profissionalismo e entusiasmo que lhe
são característicos, segundo a orientação do COTER de
integrar-se a simulação de combate aos demais softwares de apoio a decisão (C2
em Cmb e SACI).
A
geração de valor para uma OM dita tecnológica ocorre por meio da cultura da inovação, do aprendizado
organizacional, do desenvolvimento de parcerias, e do pensamento sistêmico. Por
isso, o CTA tem aprendido com as
outras áreas da OM, aproveitando, inclusive, as reuniões de planejamento
estratégico para absorver o máximo de conhecimento a respeito da própria
unidade e de cada divisão/seção.
A
Revista do 5º CTA é um dos vetores eficazes para difundir conhecimento, motivo
de orgulho e oportunidade de pesquisa e divulgação de resultados para a sua
força de trabalho. A popularização das tecnologias e a digitalização de livros disponíveis em
bibliotecas digitais está levando o mundo dos livros a uma nova era, em que se
vive o surgimento da chamada quarta tela que, depois da televisão, do
computador e do celular, pertence aos tablets. O leitor terá o seu, mais
cedo que imagina!
A
proteção da propriedade intelectual, particularmente o conhecimento empregado
na produção de softwares, tem modificado o ordenamento jurídico nacional e
buscado reduzir a pirataria com significativo impacto na responsabilidade dos
comandantes que devem executar a migração de suas OM para o software livre,
conforme orientação do DCT.
Os impactos ambientais identificados
como mais relevantes no Centro vêm recebendo tratamento e monitoramento
continuado, com foco em manter-se a sustentabilidade ambiental dos seus
processos produtivos.
Atualmente, o governo e as empresas de todos os países estão-se
tornando alvos de ondas de ataques cibernéticos promovidos por criminosos que
procuram vantagens econômicas e militares. O número de ataques é tão grande que
as instituições têm dificuldade para determinar quais das novas ameaças
representam um risco maior, e para garantir que o ataque mais danoso seja
tratado em primeiro lugar.
Difundir informação nas suas áreas de
atuação, orientando-se na política de segurança da informação (POSIC),
realizando a gestão do conhecimento, é objetivo estratégico do CTA voltado para
aprendizagem, como também, proporcionar a busca e a experimentação de inovações
tecnológicas de forma a criar as bases para a gestão de TI e fornecendo os
subsídios necessários à governança de TI pelo escalão superior.
Nestes
últimos meses obteve-se o aumento das bandas da EBNet e da Internet, buscou-se
aperfeiçoar a infraestrutura de hospedagem dos sistemas corporativos do EB e
investiu-se em gestão do capital humano do Sistema de Telemática do Exército,
de forma a aumentar a satisfação e o comprometimento da força de trabalho,
ambas com expressivas mudanças nos procedimentos padrão.
A
Instrução Normativa número quatro veio a estabelecer processo formal de
trabalho na gestão dos contratos de TI dos órgãos da Administração Pública
Federal tornando a monitoração administrativa dos contratos um encargo do CMNE.
Buscou-se, assim, minimizar os riscos de descumprimento da legislação, o
desperdício de recursos, a interrupção de serviços de TI, a baixa qualidade de
serviços contratados, entre outros. O CITEx e o DCT, mediante diretrizes,
estabeleceram ações que vêm aperfeiçoando a gestão da continuidade do negócio,
a gestão de mudanças, a gerência de
incidentes, a análise de riscos de TI, seção específica para gerenciamento da
segurança da informação, a POSIC e os procedimentos de controle de acesso.
Implantou-se o planejamento estratégico organizacional, o planejamento
estratégico de TI e persegue-se a criação de um comitê diretivo de TI, com
vistas a propiciar a alocação dos recursos orçamentários conforme as reais
necessidades e prioridades das OM.
Há
um tripé de competências sobre as quais se sustenta o trabalho do 5º
CTA: operação dos sistemas; treinamentos dos usuários; e inteligência. Daí
identificarem-se as oportunidades
de melhoria como: tornar-se um provedor de serviços para C2 no padrão ITIL*; realizar o treinamento dos usuários por ensino a
distância – EAD, segundo a diretriz do ensino continuado; e organizar um núcleo
de Defesa Cibernética e um núcleo de Centro Regional de Inteligência do Sinal,
para alerta antecipado de ameaças ao CMNE. Tudo isso sem aumento de efetivos,
mas por realocação de digitadores e radiotelegrafistas, cujos regimes de
trabalho foram reduzidos.
Assim,
reorienta-se a visão de futuro no intuito de ser reconhecido pelas OM apoiadas na
área de influência da 7ªRM/7ªDE, e no âmbito dos CTA/CT, como referência na
prestação de serviços de qualidade em telemática.
A
experiência adquirida com a submissão aos prêmios de gestão permitem-nos
candidatar a integrar o polo de referência no ensino das ciências gerenciais,
objeto de estudo nos mais altos escalões da Força e partícipe do trabalho de
preparação da transformação do Exército.
Alairto Almeida Callai-Cel Com
Chefe do 5º CTA
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