quinta-feira, 30 de junho de 2016

MENSAGEM QUE ENVIEI AOS PARLAMENTARES BRASILEIROS, por Gen PChagas



Sr(a) Deputado(a)

Sr(a) Senador(a)

A limpeza que se faz necessária na política brasileira é cada vez mais gritante.

O corporativismo dos corruptos de todos os naipes e colarinhos evidencia-se a todo momento de forma descarada e despudorada.

Seu alvo preferencial, e melhor testemunho do mal que impera nas entranhas do Congresso Nacional, tem sido o Deputado Jair Bolsonaro e seu crescente prestígio junto à sociedade, ávida por ser representada por uma maioria de brasileiros honestos, desassombrados e comprometidos com a verdade.

O Supremo Tribunal Federal, em uma demonstração de claudicância moral, aceitou a acusação de incitação ao crime de estupro feita a Bolsonaro por uma parlamentar reconhecidamente desequilibrada e que, efetivamente, é a criminosa deste episódio. Isto não deixa dúvidas quando à necessidade de também renovar-lhe o perfil pela alteração dos critérios de escolha dos seus ministros, em benefício da justiça e da prevalência do princípio republicano da independência dos poderes.

Agora, - não para surpresa, porque, de onde há predominância da desonestidade, não se espera que saia outra coisa – o Conselho de "Ética" da Câmara (é acintoso falar-se de ética em um lugar habitado por uma maioria que não sabe o que é isto) pretende julgá-lo por apologia à tortura, fazendo vista grossa ao crime de reverência e louvação ao terrorismo realizado pelos deputados Valmir Carlos da Assunção (PT/BA) e Glauber Braga (PSol/RJ), quando, nas mesmas condições em que Bolsonaro homenageou o Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra, lembraram os nomes de Luiz Carlos Prestes, o líder comunista que, entre outros crimes, mandou assassinar a jovem Elza Fernandes (16 anos) por "crime de traição à causa"; Carlos Marighela que, entre outras "obras", é o autor de um "mini-manual" que, até os dias de hoje, serve de base à ação criminosa e indiscriminada de terroristas ao redor do mundo; e Carlos Lamarca, o Capitão desertor e traidor que, entre outros assassinatos, matou a coronhadas o Ten PMSP Alberto Mendes Jr.

Sinto-me particularmente ofendido e justificadamente revoltado com o fato, pois, como cidadão brasileiro, tive rejeitada pelo patético Sr Dep Waldir Maranhão a representação que fiz contra os deputados acima citados junto à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, o que, salvo outro juízo e outra atitude daquela casa, pretensamente representativa do poder popular, caracteriza a aplicação da regra chula dos dois pesos e duas medidas!

Torno pública a minha contrariedade e o meu cada vez mais embasado cepticismo em relação ao caráter da imensa maioria dos atuais parlamentares, representantes, isto sim, de suas vantagens pessoais e de seu inconfessável desprezo pela honestidade, pela verdade, pela liberdade e pela supremacia do interesse nacional.

Os brasileiros estão amadurecendo e, nessa mutação, abrem os olhos para o que é direito e para o que é o seu dever e acabarão por execrar da vida pública os que fazem dela o caldo de cultura em que se desenvolve a corrupção, principal atrativo da ralé que ainda habita os esgotos do poder.

A verdadeira justiça tarda, mas não falha! Isto não é uma ameaça, é um aviso!

Gen Bda Paulo Chagas

terça-feira, 21 de junho de 2016

Por que as sinapses eletrônicas vieram para ficar (da Redação do Site Inovação Tecnológica)

Sinapses eletrônicas

Parece que os memristores, ou sinapses eletrônicas, ultrapassaram um ponto crítico além do qual nada mais segura seu desenvolvimento.

Memristores são o quarto componente eletrônico fundamental, depois dos resistores, capacitores e indutores, ou bobinas. Por muito tempo eles foram considerados o elo perdido da eletrônica, prometendo nada menos do que computadores que aprendem.

Desde que os primeiros memristores foram criados nos laboratórios da HP, em 2005, os engenheiros não têm poupado esforços para viabilizar técnica e industrialmente esses componentes eletrônicos que prometem colocar os transistores no chinelo.

Mem o quê?

Para se ter uma ideia das novas possibilidades, o primeiro memcomputador, feito com memristores, em vez de transistores, resolve em 11 dias o que os melhores computadores atuais levariam mais de 30.000 anos para fazer.

Os transistores, a base de toda a eletrônica moderna, funcionam com base em um fluxo de elétrons. Se o fluxo de elétrons for interrompido, todas as informações são perdidas.

Os memristores, por sua vez, são componentes elétricos com memória: sua resistência à passagem da corrente é dependente da evolução dinâmica do seu próprio estado interno, ou seja, das diversas correntes que o atravessam ao longo do tempo. Em outras palavras, os memristores conseguem se lembrar da quantidade de energia que estava fluindo através deles, e de manter essas informações mesmo quando a energia é desligada.
Além disso, um transístor está limitado aos códigos binários - ou ele está desligado (0) ou ligado (1). Já os memristores se lembram dos seus níveis de energia, que são vários, semelhante às sinapses do cérebro, podendo operar com qualquer número entre zero e um.

Lógica pós-binária: criado um trit, que guarda 0, 1 ou 2
É por isso que se espera que os memristores levarão a uma revolução no campo da tecnologia da informação, permitindo criar redes neurais e colocar a inteligência artificial diretamente no hardware, nos chamados "processadores imprecisos".

Entre as possibilidades para um futuro mais próximo estão o armazenamento não-volátil de dados, a computação neuromórfica, que imita o cérebro, além de circuitos analógicos de altíssima velocidade, permitindo simular eventos naturais que são muito difíceis de lidar com a computação tradicional.


Memristor ideal

Só nas últimas semanas haviam sido anunciados dois avanços importantes na área: a construção dos primeiros memristores orgânicos, e um passo crucial para sua miniaturização, com a fabricação por impressão de memristores de nanofios unidimensionais.

Agora, Peifu Cheng, da Universidade Tecnológica de Michigan, nos EUA, construiu um memristor "ideal".

Para que todo o potencial desse componente possa ser explorado, o memristor ideal deve ser simétrico. Isto significa que, se sua tensão e corrente de operação forem colocadas em um gráfico, o gráfico deve ser uniforme, sem quebras e sem picos e com o mesmo desenho nos dois quadrantes.

Cheng conseguiu essa simetria inédita usando a já bem conhecida e igualmente promissora molibdenita, ou dissulfeto de molibdênio, um semicondutor emergente que já mostrou suas habilidades de transistores quânticos até chips completos, superando o grafeno e já se aproximando da fase industrial.

O memristor ideal foi construído com folhas unidimensionais - com uma única camada atômica - de molibdenita dispersas sobre os dois lados de uma película também finíssima de prata.


Bibliografia:

Memristive Behavior and Ideal Memristor of 1T Phase MoS Nanosheets
Peifu Cheng, Kai Sun, Yun Hang Hu
Nano Letters
Vol.: 16 (1), pp 572-576
DOI: 10.1021/acs.nanolett.5b04260
Inovação Tecnológica -  12/02/2016

Do We Want Robot Warriors to Decide Who Lives or Dies? By Erico Guizzo and Evan Ackerman



Queremos mesmo que robôs guerreiros possam decidir quem vive ou quem morre? 
A inteligência artificial em robôs militares avança e o significado da guerra está sendo redefinido.

As forças armadas mais poderosas do mundo estão desenvolvendo armas inteligentes com diferentes graus de autonomia e letalidade. Por ora, a maioria delas vão ser controladas remotamente por operadores humanos. Mas é provável que, alguns dizem, inevitavelmente, que o futuro da inteligência artificial (AI) vai operar armas com total autonomia, levando a uma guerra na qual um conjunto de microchips e softwares irá decidir se deve disparar balas, lançar foguetes ou soltar bombas.

Em filmes, os robôs geralmente ganham níveis extraordinários de autonomia, mesmo sem ter consciência, aparentemente do nada, os seres humanos são pegos de surpresa. Aqui no mundo real, no entanto, e apesar do recente entusiasmo sobre os avanços na aprendizagem de máquina, o progresso na autonomia do robô tem sido gradual. Armas autóctones seriam de esperar que evoluíssem de forma semelhante.

'Os militares poderiam investir em robótica muito avançadas e automação, e ainda, manter um combatente no circuito, para o direcionamento das decisões, a prova de falhas' 
-Paul Scharre, Centro para uma Nova Segurança Americana

Abordagens dos três países para armas robóticas, introdução crescente da automação, enfatizam um papel contínuo para os seres humanos, sugerem um grande desafio na proibição de armas totalmente autônomas. A proibição destas armas (totalmente autônomas) não necessariamente se aplicam a armas que são quase autônomas. Então, os militares podem conseguir desenvolver armas robóticas que tenham um humano no ciclo da decisão, com a opção de permitir a plena autonomia na execução de uma ação crítica, pelo software. 
'Vai ser difícil colocar um acordo de controle de armas no lugar para a robótica', conclui Wendell Wallach, um especialista em ética e Tecnologia da Universidade de Yale. 
'A diferença entre um sistema de armas autônomo e não-autônomo pode ser apenas uma linha de código', disse ele em uma conferência recente.

The world’s most powerful militaries are developing intelligent weapons with varying degrees of autonomy and deadliness. For now, most will be remotely controlled by human operators. But it’s likely—some say inevitable—that future AI-powered weapons will operate with complete autonomy, leading to warfare in which a collection of microchips and software will decide whether to fire bullets, launch rockets, or drop bombs.
“Militaries could invest in very advanced robotics and automation and still keep a person in the loop for targeting decisions, as a fail-safe”Paul Scharre, Center for a New American Security
The three countries’ approaches to robotic weapons, introducing increasing automation while emphasizing a continuing role for humans, suggest a major challenge to the banning of fully autonomous weapons: A ban on fully autonomous weapons would not necessarily apply to weapons that are nearly autonomous. So militaries could conceivably develop robotic weapons that have a human in the loop, with the option of enabling full autonomy at a moment’s notice in software. “It’s going to be hard to put an arms-control agreement in place for robotics,” concludes Wendell Wallach, an expert on ethics and technology at Yale University. “The difference between an autonomous weapons system and nonautonomous may be just a difference of a line of code,” he said at a recent conference.

Veja reportagem completa:
"As artificial intelligence in military robots advances, the meaning of warfare is being redefined"
By Erico Guizzo and Evan Ackerman Posted 31 May 2016 | 17:00 GMT em:
http://spectrum.ieee.org/robotics/military-robots/do-we-want-robot-warriors-to-decide-who-lives-or-dies?
Tradução livre com auxílio do Google