terça-feira, 25 de dezembro de 2012

COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE

A instalação da Comissão Nacional da Verdade, na data de ontem, em cerimônia tornada pública pela imprensa falada e escrita, permitiu ao povo brasileiro compartilhar da emoção com o sofrimento das famílias dos desaparecidos que participaram de ações em decorrência de ideais que abraçaram. Pela presente vimos também, por razões humanitárias e de justiça, lamentar em nome das famílias daqueles que, em defesa do Estado Nacional e no cumprimento de deveres que lhes haviam sido legitimamente atribuídos, as vítimas de atentados dos quais participaram, ativa ou passivamente, alguns dos desaparecidos ontem lamentados. Cabe lembrar que aquelas famílias que pranteamos sentem a mesma imensa dor, à qual é somado o sofrimento de se verem totalmente desamparadas e ignoradas pelo Estado. O respeito aos termos legais que regem a Comissão Nacional da Verdade nos permite lembrar que o restabelecimento da História Nacional, no período indicado, deve ser completo, dando real significado a fatos históricos que têm, necessariamente, causa, meio e fim, sem qualquer outro objetivo que não seja revelar a verdade dos lados. Assim, ouvir e registrar o que ex-agentes do Estado bem como ex-militantes revelarem sobre atos em apreciação da Comissão, é imperioso. Dentro destes princípios estamos certos de que a História do nosso País poderá ser enriquecida com Verdades sem distorção de versões, para conhecimento das novas gerações a quem nos cabe legar um passado adequadamente descrito e que sirva de exemplo para o futuro. Rio de Janeiro, 17 de maio de 2012. http://clubemilitar.com.br/wp-content/uploads/2012/05/Sem-T%C3%ADtulo-21-e1337372329864-300x49.jpg

Roubar pelo povo - O Globo - 20/12

CARLOS ALBERTO SARDENBERG Intelectuais ligados ao PT estão flertando com uma nova tese para lidar com o mensalão e outros episódios do tipo: seria inevitável, e até mesmo necessário, roubar para fazer um bom governo popular. Trata-se de uma clara resposta ao peso dos fatos. Tirante os condenados, seus amigos dedicados e os xiitas, ninguém com um mínimo de tirocínio sente-se confortável com aquela história da "farsa da mídia e do Judiciário". Se, ao contrário, está provado que o dinheiro público foi roubado e que apoios políticos foram comprados, com dinheiro público, restam duas opções: ou desembarcar de um projeto heroico que virou bandidagem ou, bem, aderir à tese de que todo governo rouba, mas os de esquerda roubam menos e o fazem para incluir os pobres. Vimos duas manifestações recentes dessa suposta nova teoria. Na "Folha", Fernanda Torres, em defesa de José Dirceu, buscou inspiração em Shakespeare para especular: talvez seja impossível governar sem violar a lei. No "Valor", Renato Janine Ribeiro escreveu duas colunas para concluir: comunistas revolucionários não roubam; esquerdistas reformistas roubam quando chegam ao governo, mas "talvez" tenham de fazer isso para garantir as políticas de inclusão social. Tirante a falsa sofisticação teórica, trata-se da atualização de coisa muito velha. Sim, o leitor adivinhou: o pessoal está recuperando o "rouba mas faz", criado pelos ademaristas nos anos 50. Agora é o "rouba mas distribui". Nem é tão surpreendente assim. Ainda no período eleitoral recente, Marilena Chauí havia colocado Maluf no rol dos prefeitos paulistanos realizadores de obras, no grupo de Faria Lima, e fora da turma dos ladrões. Fica assim, pois: José Dirceu não é corrupto, nem quadrilheiro - mas participou da corrupção e da quadrilha porque, se não o fizesse, não haveria como aplicar o programa popular do PT. Como se chega a esse incrível quebra-galho teórico? Fernanda Torres oferece uma pista quando comenta que o PT se toma como o partido do povo brasileiro. Ora, segue-se, se as elites são um bando de ladrões agindo contra o povo, qual o problema de roubar "a favor do povo"? Renato Janine Ribeiro trabalha na mesma tese, acrescentando casos de governos de esquerda bem-sucedidos, e corruptos. Não fica claro se são bem-sucedidos "apesar" de corruptos ou, ao contrário, por serem corruptos. Mas é para esta ultima tese que o autor se inclina. Não faz sentido, claro. Começa que não é verdade que todo governo conservador é contra o povo e corrupto. Thatcher e Reagan, exemplos máximos da direita, não roubavam e trouxeram grande prosperidade e bem-estar a seus povos. Aqui entre nós, e para ir fundo, Castello Branco e Médici também não roubavam e suas administrações trouxeram crescimento e renda. Por outro lado, o PT não é o povo. Representa parte do povo, a majoritária nas últimas três eleições presidenciais. Mas, atenção, nunca ganhou no primeiro turno e os adversários sempre fizeram ao menos 40%. E no primeiro turno de 2010, Serra e Marina fizeram 53% dos votos. Por isso, nas democracias o governo não pode tudo, tem que respeitar a minoria e isso se faz pelo respeito às leis, que incluem a proibição de roubar. E pelo respeito à opinião pública, expressa, entre outros meios, pela imprensa livre. Por não tolerar essas limitações, os partidos autoritários, à direita e à esquerda, impõem ou tentam impor ditaduras, explícitas ou disfarçadas. Acham que, por serem a expressão legítima do povo, podem tudo. Assim, caímos de novo em velha tese: os fins justificam os meios, roubar e assassinar. Renato Janine Ribeiro diz que os regimes comunistas cometeram o pecado da extrema violência física, eliminando milhões de pessoas. Mas eram eticamente puros, sustenta: gostavam de limusines e dachas, mas não colocavam dinheiro público no bolso. (A propósito, anotem aí: isto é uma prévia para uma eventual defesa de Lula, quando começam a aparecer sinais de que o ex-presidente e sua família abusaram de mordomias mais do que se sabe). Quanto aos comunistas, dizemos nós, não eram "puros" por virtude, mas por impossibilidade. Não havia propriedade privada, de maneira que os corruptos não tinham como construir patrimônios pessoais. Roubavam dinheiro de bolso e se reservavam parte do aparelho do estado, enquanto o povo que representavam passava fome. Puros? Reparem: na China, misto de comunismo e capitalismo, os líderes e suas famílias amealharam, sim, grandes fortunas pessoais. Voltando ao nosso caso brasileiro, vamos falar francamente: ninguém precisa ser ladrão de dinheiro público para distribuir Bolsa Família e aumentar o salário mínimo. Querem tudo? Dilma consegue aprovar a MP que garante uma queda na conta de luz. O Operador Nacional do Sistema Elétrico diz que haverá mais apagões porque não há como evitá-los sem investimentos que exigiriam tarifas mais caras.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

PROFETA ATOLADO

Mário Fernandez "Tomaram, então, a Jeremias e o lançaram na cisterna de Malquias, filho do rei, que estava no átrio da guarda; desceram a Jeremias com cordas. Na cisterna não havia água, senão lama; e Jeremias se atolou na lama." (Jeremias 38:6 ARA) Nós aprendemos desde cedo que lama na Bíblia representa pecado e sujeira, assim como um profeta representa, ou tipifica, um homem de Deus. Note que ele não caiu na lama, ele foi jogado. Alguns versículos adiante seu resgatador vai buscar ajuda e deixa claro que, se ele não for socorrido, morrerá de fome. Quanta gente ao nosso redor está atolada na lama, sujeita a morrer de fome, esperando alguém que se disponha a resgatar, buscar e trazer salvação. Quantos homens e mulheres de Deus poderiam estar produzindo para o Reino, mas estão apenas atolados em sua lama pessoal. Alguns estudiosos estão afirmando que tem mais crente desviado que dentro das igrejas e não é difícil de acreditar, embora seja ruim de aceitar. São amados de Deus como eu e você, mas que, por algum motivo, foram jogados na lama, ou se atiraram nela. Tudo que eles precisam é que alguém se disponha a ajudar, com fé e persistência, para que possam ser desatolados da lama e voltar ao ofício profético. Quantos pastores afastados de ministério, quantos missionários encostados à margem do caminho. Será que eu e você não podemos realmente fazer nada? Não estou dizendo que seja simples nem muito menos que seja fácil, mas levanto o questionamento de que é necessário. Com a graça de Deus nunca estive assim, mas tenho amigos assim. Quanta tristeza lembrar como eram abençoadores e abençoados e agora simplesmente anônimos no atoleiro. O etíope que socorreu Jeremias buscou ajuda do Rei, ele não fez sozinho pois sabia não ser capaz. Há de existir quem nos ajude. Talvez você pense que esse assunto não lhe diz respeito, mas preciso te dizer que eu também pensava assim. Agora tenho um amado que deixou família, saiu da igreja, mudou de cidade, refugiado nos braços da tentação. O que fazer? Agora que me dói, despertei. Te convido a compartilhar minha dor pelos atolados. "Pai, toda alma é importante e todo perdido precisa ser salvo. Mas estes que um dia Te conheceram e agora estão atolados, precisam de um instrumento Teu para seu resgate. Ajuda-nos." _______________________________________________ http://www.ICHTUS.com.br O que é ICHTUS? ICHTUS, vem do grego "ixtus", que significa peixe. Era o símbolo dos cristãos primitivos perseguidos pelo poder romano. As letras eram as iniciais das palavras Iesus Xristos Theos Huios Sopter (Jesus Cristo, Filho de Deus, o Salvador).

terça-feira, 19 de junho de 2012

Quero tempo para mim...

Eu acho que na maioria das vezes vivemos atrás de um ideal que nem sempre espelha o que realmente desejamos para as nossas vidas, deixando-nos levar pela paranóia coletiva que só enxerga o bem material e a ostentação que desperte inveja na massa ignara. Tudo isso não passa de uma tremenda tolice que ocasiona a inquietude e obriga o indivíduo a fazer coisas que trazem arrependimentos mais tarde. Com a chegada da velhice, percebemos a perda de um tempo precioso correndo ao encontro dos ideais dos outros, esquecendo-nos das reais prioridades na vida de qualquer um, entre elas a de ser feliz com o estritamente necessário para uma existência digna e sem maiores atribulações. Para que acumularmos riquezas se a vida é curta? Cada minuto é importante nessa caminhada, ainda mais por não sabermos o que virá a seguir. Precisamos ser desprendidos de coisas supérfluas que só sevem para entulhar a vida da gente com quinquilharias. Vivamos cada segundo como se fosse o último. Afinal, pode ser que seja mesmo. Ariel via e-mail.